quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ricardo Ferreira (Portimonense)

"FLASH INTERVIEW" A RICARDO FERREIRA


1. Com que idade o Ricardo começou a ser guarda-redes e o que o atraiu na baliza?


Quando tinha idade de escolinha tanto treinava na frente como outras vezes na baliza, não sabia ao certo o que queria ser, mas sem dúvida que já sentia alguma paixão pela baliza. Entretanto por volta dos meus 10 anos participei num torneio em Espanha com equipas como Barcelona e Real Madrid e optei pela baliza até hoje. No meio da minha formação, nos juvenis fiz um torneio em França onde joguei a médio atrás do Nelson Oliveira.



2. Como se define enquanto guarda-redes?


Seria mais correcto serem os outros a avaliarem, até porque cada um vê o futebol à sua maneira. Todos os dias entrego-me nos treinos e sempre que o meu mister especifico tenta aperfeiçoar-me em algum aspecto concreto sou o primeiro a entregar-me de corpo e alma a esse aperfeiçoamento.

3. Concorda que para ser guarda-redes é preciso ter uma boa dose de loucura?

Sim, de loucura, de coragem, capacidade de sofrimento, entre outros aspectos.


4. Normalmente os guarda-redes escolhem entre o número 1 ou 12 para usarem na camisola mas o Ricardo só usou por duas vezes o nr. 12 nas suas épocas como profissional.  Existem razões para ter escolhido o 33, 37 e 47 ao longo da sua carreira?



Sim, sempre gostei do 37 desde que vi o Manuel Fernandes com ele no Benfica, daí ter escolhido no meu primeiro ano no SC Braga. Na minha primeira época no Marítimo queria o 37 novamente mas estava ocupado tendo optado pelo 47, voltando nas duas épocas seguintes para o 37. Já no Portimonense optei pelo 33 pois é a junção de duas datas especiais para mim.

5. No seu primeiro ano de sénior partilhou o balneário com guarda-redes de renome como o Paulo Santos e o atual guarda-redes do Estoril, Pawel Kieszek. Qual foi a sensação ao vivenciar experiências com estes dois guardiões?

Foi bastante enriquecedor para mim pois muitas das técnicas que hoje tenho aprendi com eles sem dúvida. Todos eles me ajudaram muito, não esquecendo do Dani Mallo.

6. Boas exibições ao serviço da equipa B do Marítimo levaram o treinador Pedro Martins a convoca-lo por várias vezes para equipa principal dos Leões da Madeira. Depois de em 2 épocas realizar 15 jogos pela equipa principal do Marítimo e 32 jogos pela equipa B, decidiu mudar-se para Portimão. Sente que depois de jogar na equipa principal Maritimista foi o passo certo rumar ao Portimonense que está na II Liga?

Foi sem dúvida, vim para um local onde acreditam em mim, onde me sinto em casa e acima de tudo onde sinto que posso fazer o meu trabalho, poder lutar pela titularidade para depois demonstra o meu valor nos jogos.

7. Nas divisões portuguesas surgem sempre novos talentos e diamantes por lapidar. Consegue eleger alguns colegas da II Liga para os adeptos terem olho nesta temporada?

Há sem dúvida muita qualidade na Segunda Liga, acima de tudo e acima de todas as individualidades tem de estar um grande grupo e com grande entrega, nós no Portimonense temos um plantel muito forte e equilibrado tornando se assim difícil escolher um ou outro pois todos juntos sim é que somos fortes.

8. Sente que a imprensa e os adeptos tem mudado a mentalidade sobre os guarda-redes e dado o devido respeito?

Penso que sim, mas, contudo sinto ainda que a critica ao guarda redes é uma constante, penso que por vezes as pessoas se esquecem que mais do que os adeptos ou quem quer que seja, o própria guarda redes quando erra ou aborda mal um lance é o ultimo a desejar isso para ele próprio, depois não se podem esquecer que só erra quem lá está e muitos dos golos nascem de erros que acontecem muito antes lá na frente.

9. Qual é a sua opinião em relação aos preços praticados em Portugal sobre os materiais desportivos de guarda-redes?

Felizmente sou patrocinado pela HO, mas houve uma fase em que tinha de comprar o material e realmente não é o preço mais acessível devido ao desgaste do mesmo.



10. Por terminar, o que acha que se pode fazer para cativar mais jovens a escolherem a posição de guarda-redes?



Podemos muitas vezes ser as bestas, mas somos outras tantas ou mais os bestiais e não há melhor sentimento do que esse.

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