"FLASH INTERVIEW" A RICARDO FERREIRA
"FLASH INTERVIEW" A RICARDO FERREIRA
Ups, mete gelo
— com Ricardo Ferreira.
— com Ricardo Ferreira.
1. Com que
idade o Ricardo começou a ser guarda-redes e o que o atraiu na baliza?
Quando tinha idade de
escolinha tanto treinava na frente como outras vezes na baliza, não sabia ao
certo o que queria ser, mas sem dúvida que já sentia alguma paixão pela baliza.
Entretanto por volta dos meus 10 anos participei num torneio em Espanha com equipas como Barcelona e Real Madrid e optei pela baliza até hoje. No meio da
minha formação, nos juvenis fiz um torneio em França onde joguei a médio
atrás do Nelson Oliveira.
2. Como se define
enquanto guarda-redes?
Seria mais correcto
serem os outros a avaliarem, até porque cada um vê o futebol à sua maneira.
Todos os dias entrego-me nos treinos e sempre que o meu mister especifico tenta aperfeiçoar-me em algum aspecto concreto sou o primeiro a entregar-me de
corpo e alma a esse aperfeiçoamento.
3. Concorda
que para ser guarda-redes é preciso ter uma boa dose de loucura?
Sim, de loucura, de
coragem, capacidade de sofrimento, entre outros aspectos.
4. Normalmente os
guarda-redes escolhem entre o número 1 ou 12 para usarem na camisola mas o
Ricardo só usou por duas vezes o nr. 12 nas suas épocas como profissional. Existem razões para ter escolhido o 33, 37 e
47 ao longo da sua carreira?
Sim, sempre gostei do 37 desde que vi o
Manuel Fernandes com ele no Benfica, daí ter escolhido no meu primeiro ano no
SC Braga. Na minha primeira época no Marítimo queria o 37 novamente mas estava ocupado tendo optado pelo 47, voltando nas duas épocas seguintes para o
37. Já no Portimonense optei pelo 33 pois é a junção de duas datas especiais
para mim.
5. No
seu primeiro ano de sénior partilhou o balneário com guarda-redes de renome
como o Paulo Santos e o atual guarda-redes do Estoril, Pawel Kieszek. Qual foi
a sensação ao vivenciar experiências com estes dois guardiões?
Foi bastante
enriquecedor para mim pois muitas das técnicas que hoje tenho aprendi com eles sem
dúvida. Todos eles me ajudaram muito, não esquecendo do Dani Mallo.
6. Boas exibições ao serviço da equipa B do Marítimo levaram o treinador Pedro
Martins a convoca-lo por várias vezes para equipa principal dos Leões da
Madeira. Depois de em 2 épocas realizar 15 jogos pela equipa principal do
Marítimo e 32 jogos pela equipa B, decidiu mudar-se para Portimão. Sente que
depois de jogar na equipa principal Maritimista foi o passo certo rumar ao
Portimonense que está na II Liga?
Foi sem dúvida, vim
para um local onde acreditam em mim, onde me sinto em casa e acima de tudo onde
sinto que posso fazer o meu trabalho, poder lutar pela titularidade para depois
demonstra o meu valor nos jogos.
7. Nas
divisões portuguesas surgem sempre novos talentos e diamantes por lapidar.
Consegue eleger alguns colegas da II Liga para os adeptos terem olho nesta
temporada?
Há sem dúvida muita
qualidade na Segunda Liga, acima de tudo e acima de todas as individualidades
tem de estar um grande grupo e com grande entrega, nós no Portimonense temos um
plantel muito forte e equilibrado tornando se assim difícil escolher um ou
outro pois todos juntos sim é que somos fortes.
8. Sente
que a imprensa e os adeptos tem mudado a mentalidade sobre os guarda-redes e
dado o devido respeito?
Penso que sim, mas,
contudo sinto ainda que a critica ao guarda redes é uma constante, penso que
por vezes as pessoas se esquecem que mais do que os adeptos ou quem quer que
seja, o própria guarda redes quando erra ou aborda mal um lance é o ultimo a
desejar isso para ele próprio, depois não se podem esquecer que só erra quem lá
está e muitos dos golos nascem de erros que acontecem muito antes lá na frente.
9. Qual
é a sua opinião em relação aos preços praticados em Portugal sobre os materiais
desportivos de guarda-redes?
Felizmente sou patrocinado pela HO, mas houve uma fase em que tinha de
comprar o material e realmente não é o preço mais acessível devido ao desgaste do
mesmo.
10. Por
terminar, o que acha que se pode fazer para cativar mais jovens a escolherem a
posição de guarda-redes?
Podemos muitas vezes ser as bestas, mas somos
outras tantas ou mais os bestiais e não há melhor sentimento do que esse.
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