Entrevistas

"FLASH INTERVIEW" A RICARDO JANOTA

Ups, mete gelo



Foto: Dani Monteiro




1. Antes de tudo, gostávamos de saber como começou a ser guarda-redes e o que o cativou na baliza?

Na realidade eu comecei como avançado, mas devido à minha falta de jeito com a pouca vontade de correr poucas vezes jogava. A minha ida para a baliza surge num torneio de Verão que se costumava realizar nos campos do Jamor, onde o guarda redes da minha equipa não pode ir. Um amigo do meu pai que já me tinha visto na brincadeira na baliza e achava que eu tinha jeito e então falou com o treinador. Como eu na frente dava pouco lá fui eu para a baliza. Até aos dias de hoje, felizmente. 
O que mais me cativou e ainda cativa é o facto de os guarda redes serem diferentes em tudo, desde a maneira de equipar até ao treino.

2. O Ricardo fez praticamente toda a formação no Benfica até que em 2006 se desvinculou com os encarnados. Sentiu alguma mágoa da forma que saiu da Luz?

Em 2006 eu era para continuar no Benfica, mas o fim da equipa B precipitou a minha saída, pois eu não tinha contrato profissional e o clube já contava no seu plantel com 5 guarda redes. Claro que me custou porque o sonho estava ali tão perto, mas tentei encarar da forma mais natural possível. Foi uma experiência extraordinária representar um clube daquela dimensão, aprendi com os melhores e muito do que sou hoje devo aquele clube e às pessoas com quem trabalhei, por isso mágoa não guardo nenhuma, só um grande orgulho e satisfação.

3. A sua estreia no futebol sénior acabou por ser no Estrela Vendas Novas, clube que militava a II Série D. Sente que ter saído do Benfica para um clube amador foi o passo certo na sua carreira ou terá sido um passo atrás? 

Quando se sai de um clube como o Benfica, quer queiramos quer não damos sempre um passo atrás, a não ser que ingressemos num clube de igual ou maior dimensão que o Benfica, o que é muito difícil. É preciso ver que em 2006 ainda não tínhamos entrado nos "anos da crise" e os clube não apostavam tanto nos jovens como hoje em dia e também a 2ªB (hoje CNS) na altura era muito mais competitiva do que é hoje . Quando saí do Benfica o meu objectivo era jogar o mais possível, para que no final da época pudesse estar presente no mundial de sub-20. O Estrela de Vendas Novas foi a equipa que mais interesse demonstrou por mim e por isso aceitei e no final da época consegui o meu objectivo.

4. Esta época regressou ao Académico de Viseu, depois de em 2014 ter trocado “Os Viriatos” pelo Oriental. Quais foram as razões do seu regresso a Viseu?

O meu regresso a Viseu deve se ao facto de o treinador (Ricardo Chéu) pelo qual eu já tinha sido treinado na minha primeira passagem pelo o clube querer contar comigo, do projecto que me apresentaram, do facto de eu gostar muito da cidade e também do carinho que os adeptos têm por mim.

5. Até hoje a sua carreira foi sempre desenrolada em Portugal. Nunca lhe surgiu a ideia de se aventurar a jogar numa liga estrangeira?

Sim, isso é uma realidade e para ser honesto gostava de experimentar uma liga estrangeira mas até hoje ainda não me surgiu uma proposta suficientemente tentadora para que pudesse ir a aventura. 

6. O Ricardo é dos poucos jogadores profissionais sem agente. Qual é a razão desta decisão?

A minha carreira é muito importante para mim, tudo aquilo que consegui foi com o meu trabalho e só entrego a minha carreira a alguém em quem confie plenamente e que me ajude. Não me interessa ter um agente só porque fica bem. Apesar de agora ser representado pela GIC.

7. Tendo uma formação notável ao serviço do Benfica e das seleções jovens portuguesas e sendo um dos bons valores da II Liga Portuguesa. Pensa que falta muito para dar o salto para I Liga?

Aí está uma pergunta que não consigo responder, a única coisa que posso dizer que no que depende de mim tenho a minha consciência tranquila, pois tenho feito de tudo para chegar à 1.ª Liga, agora também sei que é uma situação que não depende única e exclusivamente de mim. Mas volto a dizer que trabalho todos os dias para isso e sei que mais tarde ou mais cedo irei conseguir .

8. Que diferenças nota nos métodos atuais de treino de guarda-redes em comparação de quando começou a sua carreira como futebolista?

Para mim as diferenças que noto no treino tem haver com a substituição da quantidade pela qualidade, ou seja, hoje em dia já não levamos tanta "tareia" como antigamente. fazemos menos repetições mas onde nos exigem mais perfeccionismo na realização do exercício. Outra diferença tem a ver com o jogo de pés, hoje em dia o guarda redes cada vez mais faz parte do processo ofensivo da equipa o que implica ter qualidade no seu jogo de pés logo há uma maior incidência no treino sobre esse aspecto.
  
9. Apesar de uma carreira de sucesso ao serviço do Barcelona, Víctor Valdés afirmou que "não voltaria a ser guarda-redes". Como interpretou as palavras do internacional espanhol?

É opinião de um guarda redes de renome mundial que já ganhou tudo o que havia para ganhar e que temos que respeitar. Quanto a mim o que posso dizer é que cada vez tenho mais a certeza que apesar de tudo o que já passei, se nascesse novamente voltaria a ser sem dúvida guarda redes, é uma paixão.

10. O Ricardo estudou Gestão na Universidade Lusófona. Depois de pendurar as luvas pensa exercer alguma atividade na área da Gestão?

Gosto muito de tudo o que tem a ver com área de gestão e economia mas a minha grande paixão é mesmo a baliza e se tudo correr como eu quero quando pendurar as luvas irei me dedicar ao treino de Guarda Redes

Ups, mete gelo



  — com Diogo Melo.

Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/425819354293764/



1. A sua aventura no futebol começou em Vila Real ao serviço do Abambres, pouco mais tarde foi para Diogo Cão e depois assinou pelo Sporting. Como surgiu esta oportunidade de jogar nos leões?

Tudo começou com um convite do SL Benfica, quando jogava no Abambres, para ir fazer captações no estádio sintético ao lado do estádio da Luz. Após esse treino, fui abordado por um olheiro do Sporting para ir treinar a Alcochete na semana a seguir. O treino correu me de feição e acabei por assinar nesse mesmo dia um papel que me vinculava ao Sporting para a 1ª época de iniciado, sendo que como era de longe e ainda demasiado novo para integrar a Academia apenas fazia torneios por eles, e continuava a jogar na Diogo Cão perto da família. Lembro-me de na viagem para casa nem conseguir dormir com a ansiedade poder voltar a Alcochete.

2. O Diogo tinha apenas 13 anos quando se mudou para Lisboa. Foi muito difícil deixar para trás a família e os amigos de infância?

O primeiro ano no Sporting de facto foram tempos difíceis, não só porque saí de uma cidade pequena onde todos se conhecem, como a diferença de realidades era completamente diferente. Lembro-me muitas vezes de falar com o meu colega de quarto sobre a saudade que nós tínhamos dos pais e dos nossos amigos, e de chorarmos juntos. Aliás nós éramos como irmãos, um suporte um para o outro. Também tive a sorte de ter uns país fantásticos e um irmão fantástico que não falharam um fim de semana, e faziam 800 km (viagem de ida e volta) para me apoiar. Não é fácil sair de casa tão cedo, ainda por cima num mundo como o do futebol, onde a competitividade é tudo, e onde há um desgaste psicológico enorme. Se nós fazíamos um mau jogo, no jogo a seguir já estaria outro jogador com muita qualidade para jogar. Claro que, à parte desta pressão, havia momentos muito bons também. Lembro-me num jantar de natal com todos os jogadores do Sporting, e ficar ao lado do Derlei a falar de situações que lhe tinham acontecido na sua carreira. Foi um momento muito engraçado. E jogar e viver com jogadores como Bruma, Iuri, Tobias e o Mané é sempre bom de recordar. Noutro dia quando estávamos em viagem para os Açores para a Taça de Portugal, eles estavam a ir para estágio de seleção, e foi um momento que me marcou porque já não os via há muito tempo, e foi bom para falar um pouco. Fico de facto muito feliz por eles estarem a conseguir tirar frutos de todo o trabalho e sacrifício que tiveram.

3. Mais tarde, depois de passar pelo SC Braga, Boavista e até Académica, o Diogo aventurou-se por Inglaterra: West Bromwich, West Ham e Bournemouth, foram os clubes onde treinou em Inglaterra. Pode descrever esta experiência inglesa e revelar o que se passou para não continuar no Reino Unido? 

O primeiro convite surge quando estava no Boavista. Após uma exibição contra o Rio Ave, recebi um convite do West Bromwich Albion para me deslocar a Birmingham uma semana. Fui sozinho na altura, estava a nevar imenso, como nunca tinha visto. Lembro-me até de pensar no primeiro dia que não ia treinar por causa da neve, mas para surpresa minha eles tinham um campo sintético enorme coberto, Inglaterra é outro nível! Lembro-me nessa mesma semana sentar-me ao lado de jogadores como o Lukaku ao almoço. Em Inglaterra não existe afastamento praticamente nenhum entre a formação e o futebol sénior, e por isso mesmo a passagem para o futebol profissional é mais fácil lá. A semana correu me muito bem também e na altura o meu empresário falou-me do interesse do West Ham e que estes poderiam oferecer condições melhores. Acabei por rejeitar ficar mais uma semana no West Brom e desloquei-me imediatamente a Londres. O West Ham tinha umas condições excecionais, jogar em Inglaterra é o sonho de qualquer jogador. Após 1 semana em Londres, ficou decidido que voltaria no ano a seguir e assinava. Lembro-me de ligar a um grande amigo de madrugada a contar-lhe a novidade, foi um momento muito emotivo. Quando cheguei a Portugal, tardava em saber datas e conclusões do processo. Infelizmente vim a saber no futuro que não voltei a Londres, por problemas de comissões entre o Clube e agente, sendo que também rompi o contrato que me ligava a esse agente. No meu segundo ano de júnior o Bournemouth contactou-me, sendo que eu fui referenciado pelo diretor de futebol do West Ham e desloquei-me na pré-época para lá, já para integrar a equipa sénior. Foi uma boa experiência, e cheguei a realizar alguns jogos amigáveis por eles. Os custos de direitos de formação eram altíssimos (rondavam os 355.000 euros) e foi um dos fatores que proporcionaram não assinar o contrato com as condições que queria.

4. Depois do excelente trajeto de formação que realizou, porquê é que escolheu o Pampilhosa, clube que milita a CNS, para iniciar a sua carreira de sénior?

De facto não escolhi. Na altura quando cheguei de Inglaterra, os planteis já estavam todos fechados, e como não houve acordo com o clube inglês eu sabia que não podia deixar os estudos. Como me tinha candidatado para Economia em Coimbra, surgiu a possibilidade de ir treinar ao Pampilhosa. Após uma primeira semana difícil de treinos, acabei por fazer um jogo amigável e marcar 2 golos, assinando assim pelo Pampilhosa.

5. No Pampilhosa foi treinado pelo técnico Fernando Niza, o segundo treinador mais velho no ativo em Portugal. Como descreve o mister Niza e que ensinamentos recebeu deste treinador?

Mister? (risos) Se ele ouvisse isto já o estava a corrigir (risos). Ele próprio diz que é o mestre do futebol. É um treinador que joga muito com o psicológico dos jogadores, e tem que se ter um psicológico muito forte para aguentar certas situações. Lembro-me de alguns episódios muito engraçados dele. Uma altura íamos jogar contra o Mortágua, e ele gravou uma palestra antes do jogo, da equipa toda a cantar que o Pampilhosa ia ganhar, mesmo antes do jogo começar. A verdade é que nós ganhamos e o vídeo foi viral. No geral foi uma época para reforçar o meu fator psicológico, sendo que o estilo de jogo do Pampilhosa não se adequava muito às minhas características e o próprio mestre sabia disso.

6. Depois da época ao serviço do Pampilhosa mudou-se para o União Penacova. O que o cativou a mudar para uma equipa da divisão inferior à CNS?  

Surgiram algumas propostas do campeonato nacional de seniores. Certamente que o fator diferenciador, foi a conversa que tive com o meu colega Jocy e com o treinador antes da minha escolha. O Mister Cláudio, é um treinador jovem que sabe o que quer, e a verdade é que tudo que ele falou comigo nesse dia está a acontecer. Nós não trabalhamos como uma equipa de distrital, prova disso foi o que fizemos na Taça de Portugal e a personalidade que temos dentro de campo. E tenho que dizer que fiquei muito espantado com as pessoas que seguem este clube. O nosso campo está sempre cheio, e as pessoas de Penacova sentem realmente o clube, isso é algo que não se vê em todo o lado. Por muito que estejas numa divisão inferior sentes que tens que dar o teu contributo por aquelas pessoas todas que definitivamente merecem e fazem tudo para os jogadores se sentirem bem. Além disto o grupo de trabalho é fantástico e com muita qualidade, e o futebol praticado e filosofias do treinador, vão completamente ao encontro do meu futebol, prova disso é o bom início de época que estou a ter, e aquilo que tenho aprendido neste clube.

7. O Diogo como referimos anteriormente já representou grandes clubes e para além disso já foi referenciado pelo Udinese. O que acha que falta para voltar aos palcos principais do futebol?

Sinceramente não penso muito nisso. Neste momento o meu foco é desfrutar do futebol, algo que tinha perdido um pouco por alguns acontecimentos que não conseguia controlar. No futebol temos que pensar dia a dia, e neste momento é isso que eu faço. Estou feliz e sinto o meu trabalho a ser reconhecido, isso é o mais importante. O que tiver que acontecer, acontecerá certamente.

8. No passado dia 18 de Outubro, o “Gavinhos” recebeu o Rio Ave em jogo a contar para a Taça de Portugal. O Diogo foi um dos  jogadores mais influentes da equipa da casa, como se sentiu ao jogar contra uma das melhores equipas de Portugal?

Foi um momento muito especial. Jogar com um campo cheio, e no meio do jogo ouvires o teu nome a ser entoado é qualquer coisa de especial. Para mim o mais importante nem foi o destaque individual que me deram após o jogo, mas sim o gosto que me deu jogar aquele jogo. Foi bom também ver colegas antigos, como é o caso do Nélson Monte e o Rafa, que acabou por não jogar.

9. Por norma, aqueles que despontam cedo no futebol, acabam por abdicar dos estudos. Como está a ser possível conciliar uma Licenciatura com o Futebol?

Desde o primeiro momento que sai de casa para me dedicar ao futebol, que os meus pais me disseram que a prioridade seria ter boas notas, e que no dia que não as tivesse sairia do futebol. E hoje agradeço imenso terem-me incutido essa postura e atitude, pois a faculdade é algo que eu necessitava. Desde os meus 13 anos, que eu não conseguia ter um tempo para mim, ou não conseguia reunir um grupo de amigos por mais de 2 anos porque estava constantemente a mudar de cidade, ou porque o futebol me privava de imensas coisas. Quando falo com os meus colegas que viveram comigo na academia e que não seguiram o futebol, eles próprios dizem o mesmo. É muito bom saberes que te podes divertir e tens tempo para ti, e para estares com os amigos. Além disso a faculdade trouxe-me um núcleo de amigos muito unidos, e fez me pensar de maneira diferente. E como é obvio sendo estudante da Universidade Coimbra, vejo Coimbra como uma cidade muito especial para mim e que certamente irei ter muitas saudades desta cidade e destes tempos.

10. Para terminar gostaria de lhe perguntar qual o clube e o jogador que o mais marcou na sua carreira e quais as suas expectativas para o futuro.  

O clube que me marcou mais na minha carreira foi o SC Braga. Desde o primeiro momento que lá estive até ao último foi especial. Em primeiro adorava viver em Braga, uma das cidades mais jovens e bonitas de Portugal, e depois em Braga sentia-me completamente em casa. Além de ter tido treinadores que me marcaram imenso, como foi o caso do Mister José Carvalho Araújo e o Mister Ricardo Cerqueira, também consegui retirar grandes amizades de lá. Na altura que fui para o SC Braga, o clube estava a crescer imenso! Quanto ao jogador que mais me marcou, foi sem dúvida alguma o Iuri Medeiros. O Iuri tinha e tem um talento enorme, sempre pensei e tenho ainda a esperança que ele venha a vincar o estatuto de craque, pois ele sem duvida é. As expectativas para o meu futuro, passa por pensar num dia de cada vez e ver o que o futuro me reserva.





"FLASH INTERVIEW" A ANDRÉ LEÃO

Ups, mete gelo




  — com André Leão.

Ficha do jogador: Em actualização



.    1. O André é natural de Freamunde e foi lá que começou a dar os primeiros passos no mundo do futebol. Anos mais tarde viria a representar o grande rival Paços de Ferreira durante 5 épocas. Sente que essa rivalidade nunca afetou as suas escolhas?

Sim , sem dúvida, é verdade que sou de Freamunde com muito orgulho, mas como profissional que sou, sabia que o Paços de Ferreira era um clube estável e perfeito para o meu regresso a Portugal, e assim foi! 

2. A passada temporada foi a sua estreia na Liga Adelante. Como descreve a sua época, a nível pessoal, ao serviço do Valladolid?

Posso dizer que correu bem, foi pena não conseguirmos subir, mas fui dos jogadores mais utilizados.

3. O Valladolid na época anterior lutou pela promoção, ficando 5.º lugar da tabela. O que faltou para conseguirem a tão desejada ascensão à Primeira Liga?

Faltou fazermos um golo em Las Palmas! Porque empatamos 1-1 em casa e 0-0 fora , por isso ainda mais difícil é não ter subido não tendo perdido nenhum jogo.

4. Apesar de a temporada ainda estar no começo, o Valladolid já procedeu a uma troca de treinadores. Quais foram as suas primeiras impressões com o novo técnico, Miguel Ángel Portugal?

Parece me um treinador com larga experiência, que nos está a tentar devolver toda a confiança que necessitamos, espero sinceramente que consiga.

5. Quais são as principais diferenças entre a Liga Adelante e a Primeira Liga Portuguesa?

A maior diferença é a competitividade de todos os clubes, não há uma diferença tão grande de qualidade entre os primeiros e os últimos. Em termos de futebol jogado não é muito diferente. 

6. O André é colega de equipa do jovem guarda-redes Kepa Arrizabalaga, que já foi destaque na nossa rubrica jovens promessas. Confirma que o guardião espanhol tem um futuro promissor pela frente?

Sem dúvida que vai ser um guarda redes de nível mundial, está a fazer um início de época espectacular e tem condições para ser um enorme guarda redes. Para além de ser uma excelente pessoa.

7. Infelizmente os jogadores de futebol, por vezes, têm de parar de competir devido a lesões. Consegue-nos explicar como é o dia-a-dia de um jogador em recuperação de lesão, visto que já teve de ultrapassar algumas?

Eu tive de ultrapassar uma lesão muito grave num joelho, mas o nosso pensamento é voltar a fazer o que gostamos o mais rápido possível apesar da ansiedade de querer ajudar todos os dias os nossos companheiros! Sendo o apoio deles, da nossa família (principalmente família) e amigos o mais importante na nossa recuperação.

8. Já alguma vez pensou que profissão seguiria se não fosse futebolista profissional?

Seguramente alguma coisa ligada ao desporto ou crianças. Eu estudei desporto e tenho muito jeito para lidar com crianças e normalmente elas costumam gostar bastante de mim.

9. No Paços Ferreira foi treinado pelo técnico Rui Vitória, que atualmente orienta o Benfica. Acha que o Rui tem qualidades suficientes para singrar no clube encarnado?

Sem dúvida que tem qualidade para treinar qualquer um dos grandes. É uma pessoa que sabe levar os jogadores para o lado dele e que respeita todos os jogadores por igual, tenham eles 18 ou 30 anos. É um excelente treinador, um dos melhores com quem trabalhei.

10. Para finalizar, poderia revelar o que mais gosta e menos gosta no futebol?

O melhor é a emoção com que se vive cada jogo, o jogar e dar tudo em prol de uma equipa. O pior é a inveja que se gera, todo o jogo sujo que se vê, e o tanto exagero de negócios que existe.




"FLASH INTERVIEW" A RUI SILVA

Ups, mete gelo






1.    A maioria dos laterais de hoje em dia surgiram devido a uma adaptação. No seu caso isto também aconteceu ou é a sua posição natural?

Comecei a minha formação no Lourosa como médio centro, depois quando fui para o F. C. Porto, passado algum tempo pediram-me para jogar a lateral direito, eu aceitei, e a partir daí fixei-me nessa posição, por isso de certa forma pode-se dizer que é uma adaptação, embora já veja a posição como a minha posição natural. Contudo quer na formação do F. C. Porto quer agora no Santa Clara já joguei noutras posições. No F. C. Porto primeiramente como médio, mas também quando necessário a lateral esquerdo. Nesta época, no Santa Clara, já fiz também um jogo a lateral esquerdo. Apesar de ser lateral direito, é importante saber que os treinadores confiam em mim também noutras posições, e sentir que tento corresponder sempre com o que me é pedido. 
  
2. O Rui fez praticamente toda a formação ao serviço do FC Porto até que se desvinculou com os “dragões” e assinou pela Santa Clara. Porque é que decidiu mudar-se para os Açores?

Acima de tudo porque gosto de desafios. No final da minha formação, surgiram vários convites, alguns deles do estrangeiro, contudo eu sentia que primeiro deveria dar os primeiros passos como profissional no meu país. As pessoas do Santa Clara apresentaram-me um projecto interessante e senti que era um clube que me daria todas as condições para continuar a evoluir como jogador e num contexto competitivo muito interessante e exigente como é a 2ª Liga.

3. Como tem sido a sua adaptação aos Açores e o que gosta mais na ilha de São Miguel?

A adaptação tem sido excelente. É um sítio muito calmo, muito bonito, com uma natureza incrível, e as pessoas receberam-me muito bem. As pessoas aqui na ilha são muito calmas. Aliás, todo o ambiente é muito tranquilo.

4. Como recorda esses tempos ao serviço dos “azuis e brancos” e qual foi para si o seu melhor momento no clube?

Guardo boas memórias sem dúvida, tive a oportunidade de crescer muito como homem e jogador, e fazer grandes amizades. Contudo agora só penso no futuro, e em continuar a evoluir cada vez mais, a cada treino, a cada jogo. Se tivesse que destacar um grande momento ao serviço do F. C. Porto, elegeria sem dúvida o título de campeão nacional de juniores. Foi uma sensação fantástica.
  
5. Sendo esta sua primeira época como sénior, que diferenças tem notado entre os campeonatos de formação e a II Liga?

A maior diferença que tenho sentido entre uma competição e  outra é a intensidade de jogo.  É um futebol mais físico, com muita entrega, muita agressividade. No meu caso, é um tipo de futebol que vejo como desafiante e no qual sinto que me tenho conseguido adaptar bem.
É um campeonato muito exigente, com equipas muito experientes. 

6. Até a altura já realizou cerca de 500 minutos com sénior. Quais são as suas verdadeiras expetativas para esta temporada na Santa Clara?

Qualquer jogador o que quer é jogar e eu não sou diferente. O meu objectivo passa por fazer o máximo possível de minutos para assim poder evoluir cada vez mais como jogador e atingir outros patamares.
Quero poder dar o meu contributo à equipa, e ajudar a que o Santa Clara consiga fazer um grande campeonato.
  
7. No passado dia 15 de Agosto o Rui defrontou nos Açores o FC Porto. Quando se defronta antigos colegas de equipa existem algumas picardias ou sentimentos especiais?

Existe sempre aquela picardia saudável quando se joga contra ex-colegas. Mas o futebol é assim, um dia tanto podemos ser colegas de equipa como noutro dia adversários, faz parte.
Eu limito-me a ser profissional, a fazer o meu trabalho o melhor que posso. Mas é óbvio que há sempre um sentimento especial. Felizmente representei durante muitos anos um grande clube em Portugal, mas não pretendo ficar por aqui. Sou ambicioso e vou dar tudo para chegar o mais alto possível na minha carreira. Trabalho todos os dias para isso.
                                    
8. Tanto o Rui como o seu antigo colega do FC Porto Rúben Neves são naturais de Lourosa. Como tem visto a evolução do “novo” capitão do FC Porto?

É verdade. Somos os dois naturais de Lourosa, e ambos representamos o Lusitânia Lourosa. Fizemos muitas vezes a viagem juntos de Lourosa para o Porto.
O Ruben sempre foi um grande jogador. Eu sou mais velho que ele um ano, mas o Ruben quer no Porto quer na selecção sempre jogou num escalão acima da sua idade.
Eu já na altura sentia que o Ruben se viria a tornar um excelente jogador, mas conseguir com a idade dele o que ele está a conseguir não é para qualquer um. Estou muito feliz por ele, e espero que ele seja capitão do F. C. Porto por muitos anos. Ele sem dúvida que merece. 

9. O que tem de especial a cidade Santa Maria da Feira para todos os anos surgirem novos diamantes por lapidar naturais dessa cidade?

Se calhar a cultura e educação que temos desde pequeninos. A necessidade de vencer, o desejo de ter êxito na vida e uma cultura de trabalho e responsabilidade. 

10. Sente que ao jogar na II Liga tem oportunidades suficientes para voltar a ser chamado à seleção nacional?

Não escondo que ao optar por prosseguir a minha carreira, em Portugal na II liga, foi também em parte a pensar na selecção nacional. Sou internacional sub-17, sub-18 e na época passada cheguei a integrar os trabalhos da selecção de sub-19. Tenho consciência de que se fizer bem o meu trabalho no Santa Clara como até aqui, as opções de ser chamado aumentam. Sinto que tenho estado bem nos jogos que fiz até ao momento, e vou continuar a trabalhar para fazer cada vez mais e melhor. Depois caberá ao seleccionador nacional, fazer as suas escolhas. Sei que estão atentos ao meu trabalho, por isso o que tenho que fazer é continuar a evoluir de jogo para jogo.





"FLASH INTERVIEW" A RICARDO FERREIRA

Ups, mete gelo



1. Com que idade o Ricardo começou a ser guarda-redes e o que o atraiu na baliza?


Quando tinha idade de escolinha tanto treinava na frente como outras vezes na baliza, não sabia ao certo o que queria ser, mas sem dúvida que já sentia alguma paixão pela baliza. Entretanto por volta dos meus 10 anos participei num torneio em Espanha com equipas como Barcelona e Real Madrid e optei pela baliza até hoje. No meio da minha formação, nos juvenis fiz um torneio em França onde joguei a médio atrás do Nelson Oliveira.



2. Como se define enquanto guarda-redes?


Seria mais correcto serem os outros a avaliarem, até porque cada um vê o futebol à sua maneira. Todos os dias entrego-me nos treinos e sempre que o meu mister especifico tenta aperfeiçoar-me em algum aspecto concreto sou o primeiro a entregar-me de corpo e alma a esse aperfeiçoamento.

3. Concorda que para ser guarda-redes é preciso ter uma boa dose de loucura?

Sim, de loucura, de coragem, capacidade de sofrimento, entre outros aspectos.


4. Normalmente os guarda-redes escolhem entre o número 1 ou 12 para usarem na camisola mas o Ricardo só usou por duas vezes o nr. 12 nas suas épocas como profissional.  Existem razões para ter escolhido o 33, 37 e 47 ao longo da sua carreira?



Sim, sempre gostei do 37 desde que vi o Manuel Fernandes com ele no Benfica, daí ter escolhido no meu primeiro ano no SC Braga. Na minha primeira época no Marítimo queria o 37 novamente mas estava ocupado tendo optado pelo 47, voltando nas duas épocas seguintes para o 37. Já no Portimonense optei pelo 33 pois é a junção de duas datas especiais para mim.

5. No seu primeiro ano de sénior partilhou o balneário com guarda-redes de renome como o Paulo Santos e o atual guarda-redes do Estoril, Pawel Kieszek. Qual foi a sensação ao vivenciar experiências com estes dois guardiões?

Foi bastante enriquecedor para mim pois muitas das técnicas que hoje tenho aprendi com eles sem dúvida. Todos eles me ajudaram muito, não esquecendo do Dani Mallo.

6. Boas exibições ao serviço da equipa B do Marítimo levaram o treinador Pedro Martins a convoca-lo por várias vezes para equipa principal dos Leões da Madeira. Depois de em 2 épocas realizar 15 jogos pela equipa principal do Marítimo e 32 jogos pela equipa B, decidiu mudar-se para Portimão. Sente que depois de jogar na equipa principal Maritimista foi o passo certo rumar ao Portimonense que está na II Liga?

Foi sem dúvida, vim para um local onde acreditam em mim, onde me sinto em casa e acima de tudo onde sinto que posso fazer o meu trabalho, poder lutar pela titularidade para depois demonstra o meu valor nos jogos.

7. Nas divisões portuguesas surgem sempre novos talentos e diamantes por lapidar. Consegue eleger alguns colegas da II Liga para os adeptos terem olho nesta temporada?

Há sem dúvida muita qualidade na Segunda Liga, acima de tudo e acima de todas as individualidades tem de estar um grande grupo e com grande entrega, nós no Portimonense temos um plantel muito forte e equilibrado tornando se assim difícil escolher um ou outro pois todos juntos sim é que somos fortes.

8. Sente que a imprensa e os adeptos tem mudado a mentalidade sobre os guarda-redes e dado o devido respeito?

Penso que sim, mas, contudo sinto ainda que a critica ao guarda redes é uma constante, penso que por vezes as pessoas se esquecem que mais do que os adeptos ou quem quer que seja, o própria guarda redes quando erra ou aborda mal um lance é o ultimo a desejar isso para ele próprio, depois não se podem esquecer que só erra quem lá está e muitos dos golos nascem de erros que acontecem muito antes lá na frente.

9. Qual é a sua opinião em relação aos preços praticados em Portugal sobre os materiais desportivos de guarda-redes?

Felizmente sou patrocinado pela HO, mas houve uma fase em que tinha de comprar o material e realmente não é o preço mais acessível devido ao desgaste do mesmo.



10. Por terminar, o que acha que se pode fazer para cativar mais jovens a escolherem a posição de guarda-redes?



Podemos muitas vezes ser as bestas, mas somos outras tantas ou mais os bestiais e não há melhor sentimento do que esse.




"FLASH INTERVIEW" A RICARDO ALVES


1. Como se define enquanto futebolista?

As minhas características como jogador são a qualidade de passe, a leitura de jogo, gostar de assumir o jogo, não sendo um jogador rápido tenho que ser inteligente e pensar mais rápido que o adversário. Penso que essas são as minhas principais armas.

2. A transição de júnior para sénior é complicada e o Ricardo conseguiu atuar com alguma regularidade (II Liga 2012/13 – Belenenses – 18 jogos), no entanto na época seguinte não foi utilizado no clube de Belém, tendo sido emprestado ao Portimonense. Como explica esta situação?

A minha transição a sénior a meu ver foi muito boa, tive a felicidade de "apanhar" um bom treinador e uma boa pessoa no Belenenses, Michel Van der Gaag, o que me ajudou bastante a crescer em todos os sentidos, o trabalho todos os dias deu sucesso e tive a oportunidade de jogar num Mundial U20 na Turquia. No ano a seguir as coisas não correram tão bem, mas fez-me crescer muito enquanto pessoa e mudar a minha maneira de ser, porque no mundo do futebol não há amigos e quando pensas que há podes dar-te mal com isso. Não digo que são todas as pessoas, que não são, mas é um mundo cruel e irreal. Todavia aprendemos com isto, sinto que a ida para Portimonense foi um passo muito atrás na carreira em que correu tudo mal.

3. Em janeiro deste ano esteve à experiência na Polónia mais propriamente no Korona Kielce mas acabou por não assinar contrato com os polacos. O que falhou nesta experiência?

Na Polónia não sei o que correu mal, a adaptação foi muito difícil, os treinos correram bem e tudo isso, mas a língua e as pessoas dificultaram tudo. Foi uma boa experiência não me arrependo de nada.

4. Depois da experiência polaca o Ricardo rumou à Roménia, onde representou o Rapid Bucuresti. Sendo ainda muito jovem, não teve receio de abandonar Portugal?

Não tenho receio de nada, a Roménia não é o que todos pensam, gostei muito de estar lá, encontrei pessoas fantásticas como o caso de João Coimbra e Sapunaru que foram muito importantes na minha adaptação.

5. Neste momento o seu clube é o Olimpija Ljubljana. O que o cativou a embarcar nesta aventura na Eslovénia?

Nós jogadores não podemos olhar para trás, temos sempre de ir atrás dos nossos sonhos, e penso que aqui tenho tudo aquilo que preciso para chegar ao sucesso. A Eslovénia está muito bem situada na Europa, e isso pode ajudar na minha visibilidade. 

6. Como é o dia-a-dia de um português na Eslovénia? Sente que teve uma adaptação fácil?

A adaptação foi boa, mais rápida do que eu pensava, uma língua difícil mas as pessoas são muito acolhedoras e Ljubljana é uma cidade fantástica. A minha mulher está comigo sempre, e ela adora passear, descobrir novos lugares, e aqui tens tudo isso, um lugar muito calmo, uma cidade muito bonita e quando tenho folgas consigo ir com ela conhecer os sítios Ljubljana e outras cidades daqui. 

7. O Ricardo ainda só fez 170 minutos ao serviço do Olimpija Ljubljana mas já conta com dois golos e duas assistências. Sente que esta pode ser a sua época de afirmação no futebol profissional?

As coisas aqui estão a correr bem tanto para mim e como para o clube o que é muito importante e toda a gente sai a ganhar com isso. Eu trabalho todos os dias para um dia chegar onde eu quero e aqui tem-se proporcionado isso. Estou a gostar muito de estar aqui. Temos um plantel com muita qualidade, e uma estrutura que dão todas as garantias para o sucesso.

8. Consegue eleger um ou dois jogadores da PrvaLiga que mereçam destaque?

Aqui há jogadores com muita qualidade, e nosso plantei então, não nos podemos queixar. Mas há jogadores que se sobressaem claro, como por exemplo Rok Kronaveter , Lucas Ontivero e Darijan Matic.

9. Relativamente a Portugal, como tem visto o inicio desta nova edição da Liga Portuguesa?

Portugal está com um campeonato interessante, cada ano que passa há mais jogadores com qualidade e de nome no país, o que é muito importante e que mostra que realmente a liga portuguesa tem algum valor.

10. Para finalizar, em tom de curiosidade, gostaríamos de saber qual é o clube que apoia em Portugal.


Tenho dois clubes em Portugal que são o Lusitânia de Lourosa e FC Porto, mas o Porto sem dúvida que é o Melhor Clube do Mundo.




"FLASH INTERVIEW" A ZEQUINHA

Ups, mete gelo


1. Como e quando surgiu a alcunha de Zequinha?

A alcunha Zequinha vem através do meu pai que é muito conhecido em Setúbal por Zeca. Desde de pequeno começaram a chamar-me por Zequinha e ficou ate hoje.

2. O Zequinha fez praticamente toda a formação no Vitória FC, onde saiu em 2004 mas voltou passado 9 anos. Como e porquê é que se procedeu esta troca repentina dos sadinos para o Arouca FC?


Sim, acabou por ser uma troca repentina que nem eu mesmo esperava mas o futebol é assim mesmo hoje estamos em um lado e amanhã estamos em outro. O mais importante é dar continuidade à carreira sendo profissional, tentar sempre ajudar e fazer a diferença na equipa. E o Arouca é um clube ambicioso, bem organizado e deu-me a oportunidade de dar a continuidade à minha vida profissional.

3. Durante a sua formação no Bonfim chegou a marcar cerca de 430 golos e desde logo despertou o interesse de vários grandes, sendo-lhe atribuído o rótulo de jovem promessa do futebol português. Quando assinou pelo FC Porto começou a sentir alguma pressão?

É óbvio que sim pois era um jovem de 16 anos habituado a uma realidade diferente. A direção do F.C. do Porto depositava muita confiança em mim. O facto de não ter sido bem-sucedido no F.C. do Porto foi derivado à minha imaturidade na altura mas foi um clube onde aprendi muito também.

4. Que diferenças notou no Vitória FC desde que o abandonou em 2004 até ao dia da mudança para os Arouquenses?

É claro que tem diferenças pois já se passaram alguns anos mas o que lembro com alegria daquela época é que o Vitória era conhecido por ter o estádio sempre bem composto e infelizmente hoje em dia não é assim mas espero que um dia volte a ver as bancadas cheia de adeptos e apoiantes.

5. Daqui a sensivelmente 3 semanas o Arouca irá ser recebido no Estádio do Bonfim pelo Vitória FC. Caso jogue, acha que vai ser um jogo especial para si? Como espera viver este momento?

É óbvio que vai ser um jogo especial pois o Vitória foi um clube onde cresci e comecei a ser reconhecido. Também é verdade que vai ser um misto de emoções mas nós como profissionais temos que estar preparados para estas coisas. Respeito muito o Vitória mas agora estou no Arouca e vou tentar representar esse clube da melhor maneira possível.

6. O Zequinha foi jogador da equipa B do FC Porto. Como vê o regresso das equipas B dos três grandes? O quão importante são para o futebol português?

O facto de novamente apostarem nas equipas B agrada-me muito e é bom para os jogadores da formação pois jogam a um nível mais alto onde ganham maturidade e experiência e com isso tudo chegam facilmente à Primeira Liga. Com a ideia das equipas B cada vez mais vemos jovens portugueses a jogar na Primeira Liga e isso é importante para evolução do nosso futebol.

7. Tendo representado duas equipas gregas, o Larissa e Panthrakikos, pensa um dia mais tarde voltar a jogar numa liga estrangeira? Em que liga, por exemplo, gostava de atuar?

Em primeiro lugar quero fazer um bom trabalho no Arouca onde tenho contrato de dois anos mas não descarto a possibilidade de um dia voltar ao estrangeiro. A liga não é importante desde que seja uma situação benéfica para mim e para a minha família.

8. Como descreve essa aventura ao serviço dos dois clubes gregos?

Quando recebi a proposta de ir para o estrangeiro hesitei muito pois não queria sair do meu País mas quando cheguei à Grécia fui muito bem recebido e a experiência foi muito boa por isso foi muito positivo pois fez-me crescer enquanto jogador e como pessoa.

9. O Zequinha protagonizou um caso insólito no Mundial de sub-20, em 2007, que lhe valeu um castigo de seis jogos da FIFA e o afastamento da seleção, por ter retirado o cartão vermelho da mão do árbitro no jogo com o Chile. Hoje arrepende-se dessa atitude?

Arrependo-me pelo facto de ter prejudicado a minha vida profissional, é claro que se pudesse voltar no tempo não faria novamente pois foi uma acto irrefletido onde queria ajudar os meus colegas e a equipa mas acabei por me prejudicar. Mas a vida segue e os erros fazem-nos crescer.


10. Sendo um dos reforços do Arouca para esta nova época quer aproveitar para deixar uma mensagem para todos os adeptos do clube?



Estou muito feliz em fazer parte deste grupo de trabalho e desta equipa que me acolheu tão bem. E que nossos adeptos nos venham apoiar ao estádio porque vão ter muitos motivos de orgulho em serem Arouquenses pois este é um clube que está a crescer muito.




"FLASH INTERVIEW" A AVTO

Ups, mete gelo


1. O Avto começou a dar os primeiros passos no futebol no Dinamo Tbilisi na Geórgia. Como descreve o clube georgiano e esses seus primeiros anos de formação?

Comecei a jogar aos 6 anos, estive no Dinamo Tbilisi durante 10 anos, foi muito importante para mim. Todos os anos fazíamos 2 pré-épocas fora do país, graças a isso conheci várias culturas. É um clube muito bom, a nossa equipa era a melhor, ganhávamos tudo na Geórgia.



2. Em 2008 deixou a Geórgia e assinou contrato com o Esp. Lagos. Como é que um georgiano vem parar a Portugal? Explique-nos como surgiu esta oportunidade.

Tinha 16 anos quando vim para Portugal, aconteceu porque meu pai já estava aqui e acabei por decidir também vir. Eu não queria sair da Geórgia porque tinha tudo lá, família, amigos, etc, mas também tinha a noção que em Portugal podia ter outro tipo de oportunidades como no futebol e nas outras coisas da vida.



3. Desde que chegou a Portugal a sua ascensão no mundo do futebol foi rápida. Sente que teve uma fácil adaptação ao nosso país e considera-se uma pessoa ambiciosa?


Acho que adaptação foi fácil para mim, em Lagos fui bem recebido, consegui fazer muitos amigos que me ajudaram a sentir-me bem em Portugal.


4. O que é que mais e menos gosta de Portugal?

Como é óbvio tem coisas muito boas como em todo o lado, falando no geral acho que é um país muito tranquilo e com pessoas simpáticas. Gosto muito do Algarve, principalmente de Lagos. E claro, gosto da comida portuguesa.



5. Em 2009 trocou Portugal pelos nossos vizinhos espanhóis. Como descreve a experiência ao serviço do Getafe e o que o fez voltar a terras lusas?

Tive a oportunidade de fazer testes no Getafe, felizmente correu bem e fiquei no clube. No último ano de júnior, na transição para sénior, não pude ficar porque não tinha passaporte europeu, o passaporte georgiano não facilitava as coisas em Espanha e por isso regressei a Portugal.

6. No futebol quem são os seus ídolos/inspirações?


O meu ídolo é o Alexis Sánchez, mas não é o único que me inspira pois eu gosto muito de aprender e ver os outros jogar.

7. Quando soube que ia ser chamado à seleção principal da Geórgia explique-nos como foi informado, como reagiu e a quem foi a primeira pessoa que contou a grande novidade?


A chamada à seleção foi no mesmo dia do meu aniversário, não há palavras para descrever o que senti naquele momento. As primeiras pessoas a quem contei foram aos meus pais e à minha família.

8. A 15 de Outubro de 2013 fez a sua estreia internacional ao serviço da equipa A da Geórgia contra a poderosa seleção da Espanha. Antes dos 70 minutos (altura em que entrou em campo), quando o treinador disse-lhe que iria entrar, o que lhe passou na cabeça?

Eu acho que não estava a pensar em muitas coisas, só tinha um pensamento que estava a viver um sonho. De resto entrei tranquilo e concentrado para fazer o meu trabalho.


9. Na época passada o Gil Vicente não conseguiu a manutenção e consequentemente desceu de divisão. Como se vive uma descida de campeonato?

Foi muito triste o Gil Vicente ter descido, e posso ser sincero ao dizer que ainda hoje me custa a acreditar… custa muito!

10. Imagine que passaram 5 anos e já tem 28 anos. Onde se imagina a jogar? Que objetivos espera já ter cumprido? 

Daqui a 5 anos imagino-me num clube de bom nível Europeu tal como Mundial.





FLASH INTERVIEW" A GUEDES


Ups, mete gelo


1. Depois de 20 anos com o símbolo do Penafiel ao peito, como foi trocar os Durienses pelo Rio Ave? 


- Já o tinha feito uma vez, mas é sempre um momento difícil, uma vez que tenho muita história no FC Penafiel, mas como tenho outros objectivos isso ajuda a facilitar as coisas.

2. Durante estes anos todos ao serviço do clube da sua naturalidade, qual foi o momento que o mais marcou?


            - Recentemente foi o jogo na Madeira, onde marquei 2 golos, vencemos e garantiu a subida à 1ª Liga que o Penafiel procurava há algum tempo.

3. A época passada apesar da despromoção do Penafiel, o Hélder Guedes foi um dos destaques do clube ao marcar 10 golos em 35 jogos oficiais. Muitos adeptos de futebol apontam que esta vai ser a sua temporada de afirmação, sente que pode ser uma das revelações da Liga NOS? 


            - Sim, porque estou num Clube com outros objectivos e os nossos níveis de ambição aumentam.

4. O facto do seu pai, José Guedes, também ter sido avançado durante a sua carreira influenciou a sua escolha no posicionamento no campo?


            - Não. Quando somos crianças, a maior parte dos rapazes quer ser profissional e quer jogar como avançado para marcar golos. Penso que eu fazia parte dessa maioria e tudo se foi desenrolando de uma forma muito positiva. Acho que foi isso.

5. O Hélder estreou-se nos campeonatos séniores no dia 17 de Dezembro de 2005 frente ao FC Porto. Que sonhos conseguiu cumprir e que objetivos ainda estão por realizar desde a sua estreia na Primeira Liga?


            - Sim, posso dizer que foi uma estreia magnífica a nível individual, num grande estádio e contra uma belíssima equipa.
Foi um dos meus grandes objectivos… jogar na 1ª Liga. Outro era representar a selecção, onde até joguei um campeonato do mundo, prova máxima de selecção que atingi. Outro objectivo ainda era subir à 1ª Liga com o FC Penafiel. Agora o objectivo é conseguir ajudar o Rio Ave FC a atingir os nossos objectivos.

6. Ao assinar pelo Rio Ave, certamente, teria algumas expectativas. Agora, que já passaram alguns meses, consegue afirmar se os Vilacondenses estão a corresponder às suas ambições?


            - Penso que está a exceder as expectativas e ambições. Nunca imaginava que o Rio Ave FC estivesse a um nível tão superior como está.

7. Uma pergunta que é inevitável de fazer: Como é ter um colega como o Ukra no balneário?


            - É óptimo. Não só pelo que todas as outras pessoas conhecem dele, pelas suas brincadeiras, mas também pela sua qualidade profissional.

8. Como qualquer jogador deve gostar de jogar com o estádio cheio de adeptos. O que acha que falta a Portugal para os estádios começarem a terem mais pessoas?


            - Sim, esse é um aspecto negativo que o nosso futebol tem mostrado infelizmente. Penso que o grande problema é a situação económica do nosso país, que não ajuda em nada o futebol e tudo o resto na sociedade.

9. Até agora optou sempre por jogar nas ligas de Portugal, nunca teve curiosidade em aventurar-se no estrangeiro?


            - Sim, é um aspecto que tenho andado a pensar… Quem sabe daqui a algum tempo. Mas para já a minha concentração está focada no Rio Ave FC.

10. Para finalizar, gostávamos de perguntar se existe alguma pergunta que nunca lhe fizeram mas gostava de responder?


            -Não… penso que ainda não!

Ups, mete gelo


  
— com  Pedro Rocha.


Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/409347695940930/

1. Quando começou a dar os primeiros passos no futebol era extremo direito. Como se deu a sua adaptação a terrenos mais defensivos? E dessas posições, lateral ou extremo, onde prefere jogar?

A minha adaptação deu-se num famoso jogo para a Taça de Portugal contra o Benfica ao serviço do Varzim, onde fui adaptado pelo treinador Diamantino Miranda, o jogo correu muito bem pois vencemos por 2-1. A partir desse momento passei a jogar a defesa direito. Gostava de jogar a extremo pois é uma posição onde há mais liberdade ofensiva e estamos mais próximos de marcar golos, apesar disso neste momento gosto mais de jogar a lateral, pois além de tocar mais vezes na bola, o lateral está quase sempre de frente para o jogo sendo mais fácil encontrar colegas livres ou progredir.


2. O seu clube de formação, o Varzim, subiu à 2.ª Liga tendo feito uma campanha notável e marcando todo o país pelo apoio incondicional dos seus adeptos. Como se sente ao saber que o Varzim voltou aos campeonatos profissionais? E em França conseguiu acompanhar a promoção?

Penso que o Varzim é um clube que faz falta aos campeonatos profissionais, obviamente como ex-atleta do clube acompanho os resultados e fiquei bastante feliz pela promoção.

3. Ao fim de 4 épocas em França decidiu voltar a jogar na nossa Liga Portuguesa. O que o fez regressar a Portugal?

Depois de quatro anos fora do país, decidi em conjunto com a minha família que queríamos regressar a Portugal e em seguida surgiu a proposta do Rio Ave, que possui uma estrutura e organização excelentes e continua a evoluir no sentido de dar todas as condições aos jogadores, penso que os resultados das últimas épocas mostram o quanto o clube cresceu e cimentou a sua posição na liga. Sinto que estou num clube ambicioso e em crescimento.


4. Em que aspetos pensa que evoluiu com esta aventura no estrangeiro?


A experiência no estrangeiro, fez-me crescer a todos os níveis, tendo contacto com outra cultura e outra maneira de trabalhar, fez-me evoluir muito a nível pessoal mais propriamente no seio familiar onde tivemos algumas dificuldade no início, dado que era outra língua, outros hábitos e não tínhamos amizades fazendo com que passássemos muito tempo juntos o que por si também se tornou benéfico. No entanto, posso agora dizer que fizemos algumas amizades que perduram!

5. Quando esteve ao serviço do Lorient foi colega do jovem em ascensão Raphäel Guerreiro. Sente que o esquerdino luso-francês tem um futuro promissor pela frente?

Fui colega do Raphäel e que ele tem um enorme potencial é um facto, já tinha previsto antecipadamente a sua estreia pela seleção A e continuo a dizer que ele vai chegar a um clube de topo, agora resta saber quando. Penso que para a posição de defesa esquerdo a seleção está bem servida.

6. Acha que o futebol português evoluiu desde que o Pedrinho trocou a Liga Portuguesa pela Liga Francesa?

Penso que sim e, veja-se nos últimos anos as finais da Liga Europa tiveram muitas presenças de clubes portugueses, mostra que se tem trabalhado bem em Portugal, então se tivermos em conta os orçamentos dos clubes portugueses eu diria que aqui se fazem autênticos milagres.

7. Quando partiu para a França estava a tirar um curso na Universidade de Coimbra. Podia revelar quais são os seus objetivos académicos e se já conseguiu acabar o curso?

Infelizmente ainda não consegui terminar o meu curso devido a esta interrupção, penso terminar nos próximos anos, ainda não sei o que vou fazer quando terminar a carreira de futebolista, mas certo é querer terminar o curso antes disso, mesmo que não exerça.



8. No dia 21de fevereiro voltará ao estádio Cidade de Coimbra EFAPEL. Anseia por este regresso a Coimbra?


Claro que sim, vivi anos fantásticos em Coimbra, é um clube místico que deixa saudades. Estive em Coimbra há bem pouco tempo (jogo amigável) e anseio por voltar, agora já com os adeptos da briosa nas bancadas pois sempre fui muito acarinhado.

9. Neste momento qual é o seu maior desejo como futebolista?

Neste momento estou focado em ajudar o Rio Ave a ganhar jogos e atingir os seus objetivos, nunca fui jogador de colocar os interesses pessoais à frente dos coletivos.

10. Por último, gostávamos de saber como surgiu a alcunha “Pedrinho” e porque é que a tem mantido?

A alcunha Pedrinho surgiu nas camadas jovens do Varzim, quando entrei para a formação era muito baixinho e haviam outros miúdos com o mesmo nome que eu... Assim para diferenciar fiquei Pedrinho, a partir daí foi difícil de "descolar" e como já era conhecido por esse nome resolvi manter.





"FLASH INTERVIEW" A FABINHO


Ups, mete gelo


  
— com Fábio Carvalho.


Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/407277949481238/

1. O Fabinho tem 20 anos e já representou a equipa sénior do Feirense mais de 60 vezes, fazendo 14 golos. Sente que teve uma fácil adaptação ao futebol sénior?

A adaptação nunca é fácil, são dois mundos diferentes, o futebol sénior tem outra exigência. Na minha primeira época como sénior não joguei um minuto na primeira volta do campeonato, comecei a jogar no primeiro jogo da segunda volta e a partir daí joguei regularmente, fazendo 4 golos. Na segunda época foi mais fácil, já estava habituado à exigência deste futebol e acabei por fazer mais de 40 jogos e marcar 10 golos.


2. O Fabinho é considerado uma das pérolas do clube de Santa Maria da Feira e certamente já foi comparado com o antigo jogador do Feirense, Rafa Silva. Sendo consideravelmente mais alto que o jogador do Braga, acha que partilha algumas características?


Sim, essa comparação já foi feita mas somos jogadores com características diferentes e ocupamos zonas diferentes do campo. Mas ele é um exemplo não só para mim mas para todos os jovens.

3. O Feirense é uma equipa muito jovem desde jogadores a técnicos. A média de idades dos jogadores é 23,61 e por exemplo a idade do treinador é 34 anos. Como é que a equipa técnica e direção prepara-vos para os maiores desafios?

Somos jovens mas queremos fazer as coisas bem e estamos muito motivados, tanto os jogadores como a equipa técnica. A motivação não falta no nosso grupo, somos todos ambiciosos e queremos melhorar a cada treino para conseguirmos os nossos objetivos.

  
4. Como avalia a formação, desde as condições para formar às apostas nos jovens, no Feirense?

O Feirense tem todas as condições para formar jovens de grande valor, tem um complexo de treinos que poucas equipas no nosso país possuem. E os resultados estão à vista, todos os anos o Feirense fica com jovens da sua formação e isso é de realçar.

5. A época passada o Feirense ficou a apenas 5 pontos do lugar de promoção. Este ano assumem-se como candidatos ao título?

O ano passado tivemos perto e foi uma pena não conseguirmos a subida porque fizemos uma grande recuperação. Queremos fazer sempre melhor e o objetivo é entrar em todos os jogos com o objetivo de vencer, as contas fazem se no fim.
  
6. Como descreve a sua estreia ao serviço da seleção portuguesa sub20?

É uma coisa difícil de explicar, era um sonho que tinha, como qualquer jogador, e quando vesti aquela camisola foi o concretizar desse sonho. Foi dos dias mais felizes da minha vida.

7. Certamente devido à sua evolução tem tido mais contacto com a imprensa. Acha que já se habitou às questões dos jornalistas?

Sim já estou habituado a isso, ao início foi um pouco estranho mas agora já me sinto à vontade.

8. Representar um clube a nível profissional da nossa “terra” é um privilégio que poucos jogadores tem. Como descreve o que é para si vestir a camisola do Feirense?

É uma enorme alegria mas também uma responsabilidade, passei muitos anos na formação do Feirense e agora represento o clube no escalão de sénior e isso é privilégio que eu tenho e que sempre trabalhei para o conseguir.

9. Um dia provavelmente tem que rumar a um novo desafio e deixar a sua terra Natal. Sente-se preparado e conhece as dificuldades que pode encontrar?

Acho que estou preparado, ouço os mais velhos e as suas histórias e sei que às vezes não é fácil. Mas como jogador espero sempre melhorar e quando tiver de sair do Feirense vou estar preparado para uma nova aventura na minha vida

10. Por fim, sendo o Fabinho um seguidor do “Ups, mete gelo” pode explicar porque aceitou dar esta entrevista e pode dizer uma breve opinião da nossa página?

Aceitei porque sigo e gosto do trabalho do "Ups, mete gelo", para além de jogar também gosto de ver e acompanhar o futebol e esta página é uma das que mais gosto porque traz bons momentos de futebol e é sempre muito atualizada.

Ups, mete gelo


  

1. Pode revelar como e onde foi a sua formação como jogador?

Fiz a minha formação no West Bromwich Albion FC. Foi um ótimo lugar para aprender futebol, sob o olhar de alguns dos melhores treinadores de Inglaterra. No meu país joguei contra alguns dos melhores jogadores jovens ingleses e em alguns dos maiores estádios de Inglaterra, foi um momento espectacular para mim e tornou-me o jogador e a pessoa que sou hoje.

2. Como surgiu a oportunidade de jogar em Portugal? Já conhecia o futebol português antes de assinar pelo Santa Clara?

Depois da minha formação no WBA fui jogar nos Estados Unidos da América. Lá tive um treinador português, Joe Barroso, e ele recomendou-me Portugal. Disse-me que seria um país perfeito para eu aprender mais e para jogar num nível altíssimo. Para ser sincero, não conhecia muito bem o futebol português, só mesmo os clubes grandes – Benfica, Porto e Sporting -, mas sabia que seria um campeonato muito competitivo e que tem história em formar jogadores de qualidade. Obviamente que a parte mais difícil desta aventura era o facto que nem uma palavra portuguesa sabia falar! Mas com muito trabalho, muito ajuda de uma professora e dos meus colegas consegui aprender a língua portuguesa, isso tornou a minha vida aqui muito mais fácil!


3. O Matt chegou a ser ligado pela imprensa a vários clubes ingleses, como o Southampton da Premier League. O que o cativou a permanecer em Portugal?

Sabia que era interessa dos clubes na Inglaterra mas ate agora não recebi uma proposta que me atraiu para voltar para a Inglaterra. Estou muito feliz aqui em Portugal  mas nunca vou fechar a porta da Inglaterra porque seria uma óptima pais para jogar. Espero que um dia no futuro vou ter o oportunidade para voltar o meu pais mas não vala a pena pensar neste momento porque nunca se sabe o que vai acontecer em futebol.

4. Na sua quarta época em terras lusas venceu o prémio de melhor guarda-redes da II Liga Portuguesa. O quanto este prémio foi importante para si?

Foi muito importante para mim e deu reconhecimento a uma grande época que a minha equipa e eu tivermos. Foi um ano sensacional e a subida foi totalmente merecida. 

5. Nos EUA formou-se em Gestão de Empresas, na Sacred Heart University enquanto jogava no Sacred Heart Pioneers e ainda foi distinguido como Atleta Universitário do Ano da Conferência do Nordeste (2009), e formado com a distinção demagna cum laude. Como resume estes anos na América do Norte?

Foram os melhores anos da minha vida sem dúvida. No campo, nós conseguimos fazer história com os resultados pela universidade e para mim pessoalmente foi o sítio onde mais cresci com jogador e pessoa. Além disso formei-me em Gestão, o que pode ser útil para o meu futuro. Resumidamente, foram anos muito felizes para mim e tenho muitos amigos para a vida de lá. Gostava de voltar no futuro.

6. Depois de terminar a sua carreira pensa em seguir o curso que tirou nos EUA?

A minha vida é o futebol! Se eu pudesse encontrar um equilíbrio entre os dois no futuro  seria fantástico. Mas depois quando pendurar as chutarias gostava de voltar os EUA para ser um treinador do futebol universitário. É um desporto que está a crescer muito rápido e gostava de ajudar nisso.

7. De onde surgiu o gosto pelo ténis?

Sempre gostei do Ténis. Mas não é só ténis! Sou um fanático dos desportos! Gosto muito do Basebol, Futebol Americano, Snooker, Criquete....Todos! A minha mulher muitos vezes fica chateada comigo porque estou sempre ver desportos! Mas ele sabe que faz parte da pessoa que sou! Eu gosto de aprender muito com os outros desportos, acho que pode ajudar-me a ser um melhor guarda-redes.

8. Consegue definir o que é ser guarda-redes em poucas palavras?

Ser guarda-redes é o homem que ninguém vê durante 89 minutos. Mas pode ser no minuto 90 que ele vai ser o herói ou o vilão. Ele tem de ser preparado mentalmente para um das duas!

9. Qual é o melhor guarda-redes a atuar em Portugal?

Além de mim, obviamente, gosto muito do Cássio. Acho que é um guarda redes muito consistente, que é uma das coisas mais importante na minha opinião.
Este ano estou muito ansioso para ver o Casillas na baliza do FC Porto.

10. O Matt é um dos recentes reforços do Tondela, quer aproveitar para deixar uma mensagem aos adeptos do campeão da II Liga Portuguesa?


Só para dizer que estou muito confiante na nossa equipa e com certeza vamos conseguir o nosso objectivo da manutenção. Mas vamos precisar do apoio de todos os adeptos durante a época. Vamos ter momentos felizes e momentos menos felizes mas é o apoio dos adeptos nesses momentos mais difíceis que pode fazer a diferença. Unidos somos mais fortes!




"FLASH INTERVIEW" A PAWEL KIESZEK


Ups, mete gelo


  

1. Ser guarda-redes sempre foi o seu sonho?

Sempre! Em criança já sabia que queria ser um guarda-redes.
Tinha um grande prazer quando a bola não entrava dentro da baliza.

2. Para si o que faz de um atleta um bom guarda-redes?

Existem muitos factores. Um bom guarda-redes tem de sofrer poucos golos mas é demasiado geral.  

3. Correram rumores que neste defeso o Kieszek seria transferido para outro clube, nomeadamente para o PSV. O que o convenceu a ficar no Estoril?

É fácil... Pessoalmente não recebi qualquer oferta.

4. O plantel do Estoril conta com mais 2 guarda-redes para além de sim, o Rúben, de 20 anos, e o Georgemy, de 19 anos. Como é trabalhar com dois guarda-redes que estão a dar os primeiros passos na carreira como sénior? Sente uma pressão acrescida?

A verdade que esses jogadores têm na frente pelo menos 15 anos na sua carreira. Primeira vez estou nessa situação. Estou muito mais velho, os anos passaram rápido. Eu preciso dar um bom exemplo para colegas mais jovens. Eles têm aprender o máximo possível e omais rápido possível.
Pressão? Não importa quem é o meu concorrente para jogar... eu tenho de fazer o meu trabalho sempre no nível mais alto.

5. É habitual ver os guarda-redes com o dorsal 1 ou 12 mas o Kieszek costuma optar pelo número 31. Existe alguma razão na escolha deste número?

Tudo começou na Grécia, quando eu estava emprestado.  O número 1 estava ocupado e 12 também, então o roupeiro sugeriu-me o 31 e eu aceitei a sugestão. Mas sempre quando é possível a minha primeira escolha recai para o número 1.

6. Quando chegou a Portugal era um jovem de 24 anos. Que ambições e expectativas tinha na altura?

Tinha 23 anos e não tinha planos  concretos....apenas sonhos. Queria dar o meu máximo e ver o que ia acontecer. Eu estava noutra parte da Europa, era uma aventura e não tinha nada a perder, mas sim tudo a ganhar.

7. O Kieszek está a viver em Portugal desde 2007. Foi uma fácil adaptação? Do que mais gosta e menos gosta no nosso país?

Eu sou uma pessoa aberta e não tenho problema com adaptação. Facilmente apoixonei-me por Portugal. Uma prova... Estou aqui até hoje.  Além disso, tive muito sorte, em Braga trabalhei com um grande treinador, Jorge Maria Vital é um homem a quem eu devo muito.
O que eu mais gosto? Amo cozinha Portuguesa.
O que eu não gosto? Não vou dizer...Vivo em vossa casa, em Portugal e tenho de respeitar seus defeitos.

8. O Kieszek teve a oportunidade de ser colega de uma das grandes referências da baliza do FC Porto, o Hélton. Como descreve este guarda-redes brasileiro como colega?

Um grande jogador, sempre com o sorriso. Ele não era o meu amigo de coração mas eu tinha um bom relação com ele.

9. A época passada não correu como esperado para Estoril e a maior parte dos adeptos canarinhos estão ansiosos pela nova temporada. Quais são as expectativas para esta temporada e como descreve a pré-época?

Agora o principal objetivo da equipa é manutenção.
Pré-época? Nada especial... Muito, muito trabalho, como sempre. Primeiras jornadas (SLB, Moreirense, FCP, Braga) vão verificar o nosso trabalho.

* entrevista realizada no dia 10 de Agosto

10. Artur Boruc já tem 35 anos e pode estar prestes a abandonar a seleção polaca. O Kieszek ainda sonha com a estreia na seleção do seu país?

Tenho fé mas a razão diz que será difícil...
Tenho que me concentrar em jogar bem no meu clube e depois veremos o que futuro traz!

Ups, mete gelo

  

1. Começou a dar os primeiros passos no futebol como médio. Qual foi a razão para mais tarde ter mudado para posições mais avançadas no terreno?



Um dos motivos mais importantes foi o facto de ser bastante alto e finalizar bem com os dois pés. Houve um jogo em que o avançado se lesionou e eu fui obrigado a subir no terreno e marquei o meu primeiro hat-trick .

2. Há alguma qualidade que fazem o Ricardo Almeida diferenciar-se dos outros avançados? Por exemplo, como explica a sua facilidade de jogar com os dois pés?

Não, apenas desde pequeno pegava na bola e rematava com o direito e enquanto não fizesse um remate com o pé esquerdo que tivesse a mesma qualidade não parava de treinar e hoje em dia sinto me bem a jogar com os dois pés.

3. A época passada estreou-se pela equipa principal do Moreirense. Sente que esta época pode ser a sua afirmação na equipa orientada por Miguel Leal?

Foi um momento único, este ano vou trabalhar ainda mais para puder voltar a jogar nos grandes palcos portugueses, mas sei que isso não depende só de mim.

4. Ao longo da sua formação qual foi o elogio que o mais emocionou?


Não foi bem um elogio, foi mais uma comparação, disseram-me que era muito parecido ao Jackson (antigo avançado do FC Porto), pela forma de finalizar e de lutar contra os defesas centrais.

5. Há duas épocas, o Ricardo conseguiu uma marca impressionante ao marcar 69 golos e nesta época marcou 32 golos. Qual é a sensação de ter feito este número elevado de golos numa única temporada?

Um avançado vive de golos, e como é lógico um avançado que na segunda divisão nacional de juniores marca 32 golos é sempre bom e é um orgulho, mas há que realçar a ajuda do plantel.

6. O Ricardo ainda é muito jovem e como qualquer jovem tem sonhos e ambições. Qual é o seu maior sonho?

Eu tenho vários sonhos na vida como qualquer jovem, mas o meu principal sonho é puder chegar a seleção nacional A, muitas vezes sonho com isso e penso que não é impossível apesar de não ser fácil.

7. Com que jogador de futebol se identifica mais?

O jogador com quem me identifico mais é o Radamel Falcao, pois o atual avançado do Chelsea tem um espírito de sacrifício extraordinário, trabalha sempre no limite, tenta sempre ajudar os colegas e chega à hora de finalizar e não perdoa.

8. Neste momento quem é que acha que é o melhor ponta-de-lança português no activo?

Existem vários pontas de lança portugueses com grande qualidade, mas existe um que não tem o protagonismo que merece, pois tem feito muitos golos e tem grande facilidade de finalização, falo de Marco Paixão, um ponta de lança puro.

9. Desde o fim de carreira de Pauleta, a seleção portuguesa ficou com um ponto mais fraco que foi a falta de soluções para a posição de ponta de lança. Acha que pode ser o futuro ponta de lança que a seleção precisa?

Isso é uma pergunta em que não há uma resposta concreta, é um sonho para mim chegar à seleção nacional, trabalho cada dia no máximo, mas tenho que estar tranquilo e viver cada momento.

10. Fez em junho a estreia pela seleção de sub-18 e já leva 1 golo nesse mesmo escalão. Qual foi a sensação de marcar um golo ao serviço da seleção nacional?


É um grande orgulho para mim representar a seleção nacional  é um momento único, confesso que na altura nem sabia o que fazer, mas para mim cantar o hino nacional e representar uma nação é uma oportunidade única. e sem dúvida que nunca vou esquecer.

Ups, mete gelo

  


— com João Gomes.

Ficha do Jogador: 
https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/398882626987437/

1. Ser guarda-redes sempre foi o seu sonho?


Sim, é um sonho de criança, desde que entrei no mundo do futebol.

2. Qual a melhor recordação que retém da sua formação?


Tenho várias recordações, a maior parte delas muito boas mas a melhor delas todas foi ter representado a seleção nacional de Portugal.

3. Não é habitual ver um jogador que não pertença a uma equipa dos três grandes portugueses numa seleção de escalão júnior. Como descreve a sua experiência ao nível da seleção portuguesa?


Foi espetacular, o 1º jogo que fiz estava ansioso nesse dia e com algum nervosismo, mas correu muito bem, ganhámos até esse jogo. Os treinadores puseram-me à vontade e disseram-me para usufruir daquele momento e foi isso que fiz, nunca-me vou esquecer desta experiência.


4. Esta é a sua época de preparação para a transição para sénior. Quais são as suas expectativas e objetivos para a nova temporada? 


Sim, tenho as melhores expetativas e espero alcançar os meus objetivos e os da equipa em si. Ainda sou júnior de 2.º ano e espero jogar alguns jogos do campeonato de juniores, mas no entanto um dos meus objetivos para esta época é aprender o máximo possível com a equipa sénior, e poder ter minutos de jogo pela equipa principal da Académica.

5. Na época passada foi distinguido na Gala do Desporto Diário As Beiras com o Prémio Atleta Formação Masculino. Qual foi a sensação de receber este prémio?


Foi maravilhoso, é sinal de que o meu trabalho foi reconhecido durante o ano, é um privilégio ter recebido esse prémio. Este prémio é um prémio de satisfação para mim, mas espero poder ganhar muito mais prémios no futuro e vou trabalhar para isso.

6. Que estratégias utiliza para lidar com a pressão nestes momentos iniciais da sua carreira desportiva profissional?

Por vezes não é fácil, não tenho nenhuma estratégia em si, mas tento ser o mais correto possível, ouvir as pessoas que me ensinam e quem tem mais experiência que eu. E por final, trabalhar o melhor possível para poder chegar longe.


7. Quem são as suas fontes de inspiração?

Gianluigi Buffon e Manuel Neuer.



8. Pode descrever em poucas palavras os guarda-redes da seleção nacional? 

Rui Patrício – Boa estrutura física e ágil.
Beto – Ágil e rápido.
Anthony Lopes – Destemido e ágil.



9. Como vê a entrada de Iker Casillas no FC Porto?

Vejo com bons olhos, é sinal que em Portugal cada vez existe mais qualidade.Também é sinal que o campeonato português está tornar-se cada vez mais um campeonato competitivo e visto com bons olhos perante o Mundo.

10. Quando é confrontado numa grande penalidade tem alguma técnica para o ajudar? Ou algum lado preferencial?

Concentro-me e vou pelo meu instinto. Não há muito mais a dizer.





Ups, mete gelo


  



1. Como foram os primeiros anos da sua carreira, ao serviço do Vasco? 

Eu subi para o profissional em definitivo com 20 anos, foi num momento conturbado pelas eleições que o Vasco teve. Mas mesmo assim tive o prazer de jogar com grandes jogadores e aprender muito com eles (Edmundo, Pedrinho e Odvan). No segundo ano com Dorival foi onde tive mais oportunidades e logo depois me transferi para o futebol português.  

2.  Com quem gostou mais de jogar como companheiro de equipa? 

 Certeza que foi o Alan Kardec. É um jogador inteligente, se posiciona como poucos. Nós nos entendíamos dentro de campo, só no olhar já sabíamos o que o outro iria fazer.
  
3. Qual é o seu ídolo ou referência no mundo do Futebol?

O Pirlo é uma referência para mim. 

4. Quais são as principais diferenças entre o futebol brasileiro e o português? 

O futebol brasileiro é mais lento, o gramado é mais alto, é muito técnico o que faz sobressair mais a habilidade de um jogador, aqui em Portugal o gramado é mais baixo, o que faz a bola correr mais e é um futebol que priorizam muito a parte tática.

5. Quando decidiu rumar à Liga Portuguesa, quais eram as expectativas que tinha em mente? 

A realização de um sonho que era jogar na Europa e também pegar experiência.

6. Quais são as principais diferenças entre o Vasco e o Marítimo?

O Vasco é muito grande, é um clube com milhões de torcedores, já o Marítimo é um clube bem organizado, com excelente estrutura e que tem se projetado par ser grande daqui alguns anos.
  
7. Esta época na jornada 18 foi o herói do jogo ao marcar um golo solitário frente ao FC Porto. Como foi viver este jogo? 

Um jogo que todos querem jogar pela grandeza que é o clube do Porto, e fui muito feliz em poder ter ajudado minha equipe com um belo gol. Mas o que mais me marcou nesse jogo, foi a entrega de cada jogador do Marítimo dentro de campo, todos correram muito, foram uns verdadeiros guerreiros.

8. Qual o melhor onze de sempre, na sua opinião?
  
Taffarel; Cafú, Nesta, Maldini, Roberto Carlos; Pirlo, Xavi, Zidane; Messi, Cristiano Ronaldo, Ronaldo.

9. Como avalia a organização da Copa do Mundo 2014 no Brasil?
  
Foi excelente. Acho que surpreendeu todos os brasileiros e turistas que lá estiveram.

10. O que acha que faltou à seleção do seu país para ir mais além na Copa do Mundo 2014?
  
Faltou concentração, jogadores não estavam bem na parte emocional.

*Entrevista realizada no dia 24 de Fevereiro





"FLASH INTERVIEW" A CARLOS CANEDO


Ups, mete gelo




— com Carlos Canedo

Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/393293257546374/?type=1&theater

1. Quais considera serem as suas principais características dentro de campo?

- Bem, considero-me um líder dentro do campo, um jogador agressivo, veloz. E a cima de tudo com grande espírito de entrega e de sacrifício. Nunca viro a cara à luta e para mim o jogo só acaba quando a árbitro apita, até lá, acredito que possa acontecer sempre algo de novo no jogo.

2. Como descreve a sua época ao serviço do Fulham?

- Não gosto de abordar muito esse assunto, pois foi uma face complicada na minha carreira. O Estrela da Amadora tinha acabado, foram 8 anos a representar essas cores e nessa altura, quando o clube acabou, estive para desistir do futebol. Mas entretanto apareceu uma pessoa na minha vida, o Mister Nuno Ferreira, que actualmente será o treinador do futebol feminino do CAC, que já me conhecia por ser observador do Sport Lisboa e Benfica e na altura abordou-me para assinar pelo Benfica.
Após isso, o Mister Nuno ligou-me para representar o Tenente Valdez já com a promessa de poder ingressar a Inglaterra, ainda não se sabia era o clube. Ao fim de 6 meses de falarmos e convivermos esse mesmo tempo no clube, surgiu a oportunidade de ir para Inglaterra para o Fulham. Foi difícil, pois ainda era muito novo e fui sozinho, sem família ou amigos para que me pode-se sentir em casa e de certa forma me aconselharem e ser um apoio incondicional nessa face. Sem dúvida que foi uma experiência marcante na minha carreira/vida. Não a posso considerar positiva, porque de certo modo falhei com quem apostou em mim. 

3. Teve a oportunidade de treinar ao lado de Ludovic Giuly, no MDA Chasselay. Como é que surgiu esta oportunidade e como a descreve?

- Sim tive a oportunidade de treinar ao lado de uma estrela do Futebol, que já representou grandes clubes a nível mundial, como por exemplo o Barcelona, Mónaco entre outros.
Esta oportunidade surgiu, por intermédio de um familiar da minha mulher que é empresário industrial em França. Contactei-o ainda faltava um mês para acabar o campeonato na Pró-Nacional e enviei-lhe os meus dados, sempre o básico, o C.V e um vídeo. 
Então ele foi ao MDA, mostrou os meus dados e as pessoas ficaram interessadas e foi dai que surgiu a oportunidade de voar até França e ficar um mês a experiência. Senti naquela altura que iria ser a minha última oportunidade de poder vingar no mundo da bola, mas há leis que nós não podemos controlar.
Foi indiscutivelmente uma oportunidade única, boa, incrível e bastante positiva. Desde o primeiro treino, o treinador Tosic e o director desportivo, pai do Ludovic Giuly, mostraram interesse em ficarem comigo no clube para a próxima época, mas nunca esquecendo que se avizinhava um processo de negociações complicado. Não sou nem serei o primeiro nem ultimo nesta situação, ao ser preso pelos direitos de formação. Tirando tudo isso, deixei uma porta aberta e quiçá no futuro próximo, já sendo um jogador livre desses direitos voltar.

4. Quais foram as maiores dificuldades que já enfrentou durante o início da sua carreira futebolística?

- Não me posso queixar muito a esse ponto, sempre fui bem acompanhado pelos meus pais. Comecei com 7 anos no Sporting Clube de Portugal, ainda treinávamos no Sporting da Torre na altura. Cheguei até Infantil, onde já treinávamos no Pina-Manique e ai, já foi mais complicado, pois não me consegui afirmar e acabei nessa altura por ser dispensado. 
Ao longo da minha carreira tive a oportunidade de conhecer vários jogadores e várias histórias, comparadas com a minha, posso afirmar ser sempre bem acompanhado a nível familiar.
A maior dificuldade que senti foi este ano, pois por vezes damos grandes tiros no escuro, fiz durante 6 meses 4 vezes por semana 120km para me deslocar a Torres Vedras. Foi extremamente cansativo, desgastante e doloroso, mas nunca falhei um treino e não há ninguém que me possa apontar o dedo.
Esta situação assim foi por falta de apoio por parte de quem dizia me querer ajudar, nada haver com o clube. A esses, Coutada, só tenho a agradecer, já que entrei neste assunto, queria individualizar a claque dos Zebras da Coutada por todo o carinho e apoio prestada a mim desde o início. Eles sim são a força deste clube.
Desde que voltei de França, sensivelmente há 1 mês, procurei clube, tendo algumas sondagens, mas nada daquilo que eu ambicionava para esta época.
Um agradecimento a todas as pessoas que me tentaram ajudar ao longo deste período em que me sentia as cegas.

5. Enquanto não conseguiu arranjar clube, como se preparava a nível físico para não perder a forma?

- Sou um atleta que amo a 100% aquilo que faço, portanto para mim o treino não é só dentro das 4 linhas, passa também por uma preparação física fora delas.
Faço todos os dias ginásio, e de vez em quando a famosa "peladinha", com os amigos.

6. Acabou de assinar pelo Águias de Moradal, quais são os principais objetivos a nível pessoal e coletivo para a próxima época?

- É verdade, acabei de assinar pelo Águias de Moradal, estou muito feliz, pois era o meu objectivo estar no CNS este ano e consegui-o, mas quero frisar que não foi sozinho. Aqui não posso mesmo esquecer de agradecer ao meu companheiro João Oliveira, David Masside, Wilson Teixeira e não menos ou mais importante que os outros Sandro Geovetti pela orientação que me deu e pelo tempo que perdeu com a minha situação.
Os objectivos a nível pessoal é poder ajudar o clube, seja dentro ou fora de campo, é poder-me afirmar no Campeonato Nacional de Séniores.
Já a nível colectivo, é praticamente o mesmo. deixarmos o Águias de Moradal nesta divisão.

7. O que acha que falta para dar o “salto” para um campeonato superior?

- Isso é uma questão relativamente difícil, porque não basta querer ou ter qualidade, isso infelizmente já não é tudo.
Mas tirando isso, falta-me estar neste campeonato, onde actualmente irei jogar, fazer uma época regular e depois esperar que a sorte me brinde com um campeonato superior, seja em Portugal ou noutro país.

8. O Carlos tem agente? Qual é a sua opinião sobre este tema?

- Preferia não responder a esta questão. Peço desculpa. Mas, penso que um bom agente, que faça um bom trabalho e que ande neste ramo pelo gosto de ajudar e não ganhar dinheiro faz sempre falta. É tudo!

9. Foi treinado no Bobadelense por Wilson Teixeira, cara bem conhecida da televisão portuguesa. O que nos pode contar sobre este jovem treinador?

- Sim, treinei no AD. Bobadelense sobre as ordens do Wilson Teixeira, nessa altura treinador do clube. Temos uma relação muito mais que Treinador - Jogador. Somos amigos e não me posso esquecer que foi ele que me lançou novamente para o futebol.
É um treinador que é vítima da fama que ganhou num programa televisivo, onde só se baseiam nos aspectos maus e se esquecem de valorizar os aspectos bons que cada um de nós tem.
É um treinador que já merece oportunidade de vingar neste mundo e se esquecerem o rótulo de Wilson Teixera - Casa dos Segredos e olharem para o Wilson Teixeira pelas muitas qualidades que tem como treinador.

10. Sendo a mais recente contratação do Águias de Moradal, quer deixar alguma mensagem para todos os apoiantes e elementos do clube?

- Sim, posso deixar uma mensagem, nada de mais, pois como disse sou a mais recente contratação do clube. Não conheço a realidade do mesmo, mas para estar nesta divisão é porque merece e sem dúvida que os seus adeptos tem a sua quota-parte nesta subida de divisão.
Espero que continuem a apoiar a equipa e nada mais.
Da minha parte prometo trabalho e dedicação ao clube, venho para ajudar.

- Agradeço ao UPS, METE GELO, pela oportunidade de me dar a conhecer a minha realidade e também pela disponibilidade que tiveram em me ajudar na divulgação do meu trabalho.
Obrigado!




"FLASH INTERVIEW" A NUNO HIDALGO


Ups, mete gelo



— com Nuno Hidalgo


Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/391674554374911/?type=1


1. A baliza é a sua praia mas o seu amor é o futebol de 11 ou futebol de praia?

O meu amor é ter a possibilidade e a honra de defender dois emblemas de grande respeito e renome, como é o caso do Braga na praia e do Benfica e Castelo Branco na relva, poder desfrutar desses momentos e ser feliz a jogar e a defender.

2. Como é que consegue conciliar estas duas modalidades?

Com muita dificuldade, muitas conversas com ambos os dirigentes dos dois clubes, com muita organização e conversa. Mas, o campeonato na relva é durante o ano, e o campeonato de futebol praia é mais no verão e no tempo que estou de férias, por isso é mais fácil.

3. Todos os bons jogadores de futebol 11 dariam bons jogadores de futebol de praia? E o contrário?

Penso que não, porque ambas as modalidades têm parecenças, mas ambas as modalidades exigem certas competências técnicas, físico e psicológicas, que só se adquirem com muito treino. Tal como as ações dos jogadores também são um pouco diferentes.

4. O que é que um guarda-redes de futebol de praia tem de ter que um guarda-redes de futebol de 11 não tem?

Penso que o mais importante é ter um belo lançamento. No futebol 11 não se usa tanto o lançamento longo com as mãos, mas no futebol praia o lançamento longo do guarda-redes é extremamente importante.

5. Em relação ao futebol de 11, o que acha que falta para dar o salto para palcos maiores?

Eu gostava muito de dar o salto para os palcos profissionais, estou a espera da minha oportunidade. Se ainda não chegou, então tenho de trabalhar ainda mais para que chegue e para estar preparado para quando chegar.

6.  Fora dos relvados e da areia, como é o Nuno Hidalgo?

Sou uma pessoa simples, humilde, descontraída, que gosta de estar com a família, com a namorada, com os amigos, de ir ao cinema, de passear, de ir jantar fora, gosto das coisas boas da vida.

7. Até agora qual foi o momento mais marcante em cada uma das duas modalidades?

No futebol praia foi sem dúvida a 1 vez que vesti a camisola da seleção oficialmente. No futebol de 11 foi quando no Benfica e Castelo Branco estivemos a um passo de subir de divisão. No final foi muito triste, mas os momentos que vivi antes do playoff, durante a fase de subida foram espetaculares. Viver aqueles momentos, ver a cidade a apoiar-nos, os estádios cheios, foram momentos inesquecíveis

8. Como é ter um colega de baliza com mais 16 anos que o Nuno? O quanto Hélder Cruz tem sido importante para o seu desenvolvimento?

É sensacional. A experiência e os conselhos que ele nos transmite só servem para aprendermos a sermos melhores guarda-redes e pessoas. E mais, ele também nos ensina que independentemente da idade, o gostar de treinar, e a aplicação nos treinos tem que estar lá sempre.

9. Para si quem é o melhor guarda-redes português da atualidade?

Para mim os melhores são Rui Patrício e Beto.

10. 
O que pensa do guarda-redes típico português?

Penso que é extremamente eficaz e eficiente, e que já merecia mais oportunidades em grandes clubes da Europa.




"FLASH INTERVIEW" A WILSON TEIXEIRA



Ups, mete gelo



— com Wilson Teixeira

Ficha do Treinador:  https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/389794004562966/



1. O Wilson é uma celebridade bem conhecida da televisão portuguesa, foi concorrente do programa televisivo “A Casa dos Segredos”. Dentro dos relvados considera-se um treinador sem segredos? Pode desvendar como é o Wilson como treinador?

Olá, e antes de mais obrigado pela oportunidade.
A pergunta é interessante e não deixa de ser uma verdade. Verdade que não nego que participei num dos programas televisivos mais vistos da televisão portuguesa, onde me tornei uma pessoa conhecida do grande público.
Mas o Wilson jogador de “A Casa dos Segredos”, é um Wilson bem diferente do dia-a-dia e quem me conhece real e pessoalmente, sabe bem disso.
No programa, muitas vezes fruto do jogo, temos de encarnar um personagem, faz parte do jogo e é o que nos mantém vivos no jogo.
Como treinador sou um treinador com muitos segredos, porque normalmente não deixo passar para o exterior muita coisa do que faço no seio das minhas equipas. Só quem tem a possibilidade de trabalhar comigo, sabe. Uma das qualidades que um treinador de futebol por vezes também tem de ter é a de ser um bom ator. Por vezes, nos momentos em que temos vontade de ter determinadas ações, temos de ter a capacidade de ter uma postura e ações diferentes daquela que estamos a sentir por dentro.
Não gosto muito de falar sobre mim enquanto treinador, porque acho que os treinadores de futebol se vêm pelos resultados, pela identidade das suas equipas e pela qualidade do seu trabalho diário nos treinos.
Quem me quiser conhecer como treinador, tem de ir ao terreno acompanhar e aí sim podem ver como é. Estar a falar de mim é algo que não me parece bem.

2. Onde e como surgiu o sonho de ser treinador?

Mais a sério, surgiu em Sacavém. No Sport Grupo Sacavenense. A convite do mister Nuno Lopes, atual treinador do Santa Iria, que me deu a oportunidade de integrar a sua equipa técnica nos juniores do clube, depois de eu ter visto que a minha carreira de jogador teria de ser encurtada devido a um problema físico.

3. Acha que a sua passagem pela Casa dos Segredos trouxe consequências positivas ou negativas para a sua carreira como treinador ou em nada influenciou?

Positivas e negativas. Uma das mais positivas foi que abriu-me as portas para a possibilidade de conhecer e partilhar momentos com pessoas do mundo do futebol, que nunca pensei vir a conhecer. Que me fizeram acreditar que é possível, e deixar de encarar este sonho um dia chegar ao topo do futebol português, como uma utopia.
A parte negativa é que hoje em dia tenho um rótulo complicado que é fruto da irracionalidade e estupidez das pessoas que não sabem separar as águas e perceber que existe uma grande diferença entre o papel de alguém que esteve a jogar num programa de entretenimento televisivo, e um jovem profissional, trabalhador e lutador, que há 10 anos se dedica a 200% a uma atividade e a um sonho que é o de ser treinador de futebol ao mais alto nível.

4.  Quais são as maiores dificuldades que um treinador de ligas amadoras é confrontado?

A falta de assiduidade e pontualidade nos treinos. Os horários que somos obrigados a treinar. A falta de equipamentos desportivos adequados. Chegar a um treino, ter 25 ou 26 jogadores e só ter 3 ou 4 bolas para treinar porque o clube não tem dinheiro para mais. Enfim, as dificuldades são tantas que teria de ficar aqui a enumerar linhas sem fim nesta resposta, mas penso mesmo que o que é mais frustrante para um treinador de futebol amador numa liga amadora é aquele momento em que tentamos ser metódicos e organizados, fazemos um planeamento de um treino para 24 ou 25 jogadores e depois aparecem-nos no treino, 12 ou 13. Isso é altamente desmotivador.

5. O Wilson ainda é muito jovem, e como qualquer jovem tem sonhos. Quais são as suas maiores ambições?

Neste momento tenho 28 anos de idade. Quem me conhece sabe que tenho como objetivo chegar aos campeonatos profissionais até aos 35 anos de idade, como treinador de futebol.
Se até lá não conseguir, então procurarei seguir outro caminho. Mas esse é o meu sonho e a minha ambição. Quero ter um dia a possibilidade de treinar o clube do meu coração e ser campeão lá. Acredito que poderei lá chegar e tudo farei para o conseguir. Tenho de trabalhar muito, evoluir muito, mas sei que é possível. Porque na vida não há impossíveis. Basta acreditarmos em nós e termos quem também acredite!

6.
 Foi tornado público que o Wilson vai integrar um novo projeto no Moura Atlético Clube. O que o cativou para integrar este projeto? Quais os seus objetivos?

Os meus objetivos estão delineados há algum tempo na minha cabeça, que é evoluir ao máximo e aprender ao máximo cada dia, para estar preparado sempre para mais altos desafios. Como sabem, no mundo do futebol as coisas só acontecem quando se proporciona que aconteçam. Surgiu esta oportunidade e decidi agarrá-la com unhas e dentes. Agradeço ao meu representante, Sandro Giovetti e ao presidente Jacob por me darem esta oportunidade de trabalhar ao lado do mister Nuno Guia, profissional cujas qualidade de trabalho e a experiência são grandes e com quem tenho a certeza de que vou aprender muito. O objetivo, claro está, será ganhar o máximo de jogos possível e se possível, dar o meu modesto contributo para essas vitórias. Sou apenas mais um para ajudar e disposto a trabalhar.
O clube é bom, as pessoas são sérias, profissionais, ambiciosas e competentes.
As condições de trabalho são de um nível muito elevado.
Portanto, tem tudo para dar certo.
Agora é trabalhar para isso. 

7. O que é que menos gosta no futebol?

A falsidade, a hipocrisia, o cinismo, a cobardia, a falta de palavra, a falta de carater e o desrespeito que existe entre muitas classes dentro deste mundo.
Tenho muita dificuldade em lidar com pessoas que na nossa frente nos elogiam e dão “palmadinhas nas costas” e depois nas nossas costas nos “rasgam” de alto a baixo.

8. Sendo adepto do Sporting, como vê a entrada de Jorge Jesus no comando técnico leonino?

Penso que o Sporting fez uma aposta forte e positiva em Jorge Jesus. É um treinador experiente e com carisma. É sportinguista e vai treinar o clube com uma grande paixão, pois também ele está a realizar um sonho. Vejo este ingresso no Sporting com bons olhos e acredito que poderá ser uma mais-valia para valorizar os ativos que temos nos nossos quadros.

9. Como descreve o presidente Bruno de Carvalho?

Para mim, é difícil falar de Bruno de Carvalho de um modo imparcial, porque para além de presidente do meu clube, tenho de vê-lo como um amigo.
É um homem muito humilde, trabalhador, sério, competente, muito forte a negociar, muito rigoroso e criterioso.
É uma pessoa que tem uma paixão tremenda por aquilo que faz.
Têm por vezes o coração ao pé da boca e diz tudo o que lhe vai na alma, o que faz com que por vezes não seja compreendido por muitos.
Mas quem for minimamente inteligente consegue ir ao fundo da questão e compreender o porquê de determinadas coisas que acontecem.
Não me lembro de ter no meu clube um presidente com tanta força, determinação, vontade de vencer, ambição, raça e garra.
Acredito que poderá ficar na história do clube como um dos melhores presidentes de sempre e calar as bocas de muitos dos seus atuais críticos que só sabem criticar, mas que nunca conseguiram fazer melhor.
Advogo que na vida, só devíamos ter a capacidade de criticar, quando conseguíssemos fazer melhor.

10. E o futebol português, como é que o descreve?  

O futebol português é um futebol cheio de talentos e de jogadores com qualidade. Temos em Portugal a atuar alguns dos maiores talentos do nosso globo. Por isso, defendo que deveríamos ter uma estrutura organizativa bem melhor. Esse é o grande problema do futebol português atualmente: a estrutura.
Temos muita gente que não interessa na frente de alguns clubes e da grande maioria dos órgãos federativos. Muitas pessoas que só estão no futebol para se servirem do futebol e não para servirem o futebol.
Disse há pouco tempo que como no próprio treino, no futebol há o fundamental e o complementar.
O Fundamental é haver bola, jogadores, balizas e árbitros (e estes dois últimos no tempo que eu jogava na rua até eram substituídos por pedras ou pela lei do "sabes bem que é falta...").
O Complementar é tudo o resto (treinadores, agentes, empresários, dirigentes, media, adeptos, etc...) que não deixando de serem todos eles importantes para um jogo melhor, são apenas complementares ao próprio jogo.
Acho que não se deveria dar tanto protagonismo aos dirigentes desportivos e devíamos dar mais valores as verdadeiras estrelas do jogo, que são os jogadores e de preferência, os bons jogadores.





"FLASH INTERVIEW" A RICARDO MALAFAIA



Ups, mete gelo



— com Ricardo Malafaia

Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/388328744709492/?type=1


1. Antes de mais, quem é o Ricardo Malafaia?

Tenho 33 anos e resido na Maia. Jogo a médio centro, sinto que tenho muita qualidade de passe, visão de jogo, também sou agressivo e apaixonado pela bola.

2. Sempre jogou a médio ou na sua formação tentou outras posições?

Sim, sempre joguei a médio centro. 

3. O Ricardo teve uma passagem pelo Boavista, numa altura em que o clube estava no atual Campeonato Nacional de Séniores. Como era o ambiente vivido naquela equipa e naquela altura?

Era um ambiente espectacular, é um grande clube e sempre sentiram que iam voltar para onde mereciam, a Primeira Liga.

4. Entre 2007 e 2009, o Ricardo passou pelo Varzim. Ainda acompanha a equipa sabendo que esta está perto da subida de divisão? * 

Sim, acompanho sempre! Tenho muitos amigos lá e tenho a
a certeza que o Varzim vai subir com todo o mérito. 
Parabéns ao Varzim e as pessoas que sempre acreditaram. *

5. Fez praticamente a maioria da sua carreira no Maia. Gostava de terminar a sua carreira nos relvados do Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho?

Sim, adorava. Mas quanto a isso só o futuro vai dizer.

6. Já traçou os objetivos para a próxima época?

Claro que sim, espero continuar a fazer o que mais jogo, jogar futebol. Vamos esperar para ver como corre.

7. Existem recentemente rumores sobre tentativas do Penafiel e do Académico de Viseu o contratar depois das saídas de André Fontes e André Sousa, respetivamente. Gostaria de representar alguma destas equipas? *

São duas belíssimas equipas, mas agora não posso adiantar nada. Com o tempo novas novidades terão. *

8. Ao longo de toda a sua carreira já recebeu alguma proposta muito vantajosa para si que tenha rejeitado e hoje possa contar?

Tive uma proposta para representar um clube no Chipre mas depois de muito pensar, decidi ficar pelo nosso país.

9. Existe alguma coisa que se arrependa de ter feito como jogador?

Com 17 anos podia ter regressado ao FC Porto mas não o fiz, quando somos jovens pensamos que tudo é fácil.

10. Aos 33 anos, o Ricardo já passou por muitas experiências no futebol. Quer deixar alguma mensagem ou conselho para os jovens que querem tornar se futebolistas? 

Espero que ouçam os conselhos dos mais velhos e que não se iludam com os vícios extra-futebol. A vida profissional como futebolista é muito curta! 





* A entrevista foi realizada no dia 10 de Junho 2015, neste momento o jogador já representa outro clube, o Leixões. E o Varzim já garantiu a subida de divisão.





"FLASH INTERVIEW" A RODOLFO FORTINO



Ups, mete gelo


— com Rodolfo Fortino


1. O que é para si o futsal? 

O futsal é a minha vida, tudo  o que tenho hoje conquistei jogando futsal, bens materiais e amigos de todos os lugares e países, não vivo sem futsal.

2. Nasceu no Brasil mas já vive há longos anos em Itália, tendo adquirido nacionalidade italiana. Como classifica estes anos todos ligados à Itália? 

Tive a oportunidade de vir jogar para Itália em 2007 e estou até hoje aqui,  a Itália e a seleção italiana fazem parte da minha vida, da minha história no futsal sinto-me um italiano em todos os efeitos, é a minha segunda pele passei anos belíssimos em times de ponta que sempre tinha como objetivos ganhar títulos.

3. Que diferenças tem o futsal europeu em comparação com o americano? 

Para mim o futsal europeu preza muito mais pelo jogo tático em manter a posse de bola, já no americano é muito mais velocidade e jogo de ataque sempre buscando o golo a todo custo.

4. Até agora qual foi o momento mais marcante da sua carreira? 

Tenho muitos momentos marcantes na minha carreira mas o que me marcou mais sem dúvidas foi a conquista do título europeu na Bélgica aonde passámos por momentos muito difíceis mas com a força do grupo conseguimos reverter tudo e conquistar um título muito importante que todo jogador de futsal sonha conquistar.

5. Aos 32 anos, quais são os objetivos que lhe faltam cumprir? 

Todo jogador tem que ter objetivos na sua vida e eu não sou diferente sou muito competitivo gosto sempre de ganhar títulos, de disputar jogos e campeonatos ao mais alto nível.

6. Está há vários anos ligado à modalidade, o que acha do futsal atual e o que perspetiva para o futuro da modalidade? 

O futsal atual ficou muito mais difícil a nível  tático devido aos estudos e aos profissionais que para mim estão preparando-se melhor,  penso que no futuro vai ser ainda mais difícil, vejo muitos jogos de equipas de qualidade inferior em relação à equipa adversária mas que por motivos táticos e estratégicos de jogar o adversário que com menos técnica consegue igualar o jogo e até vencer o jogo.

7. O que conhece do futsal português? Acha que em Portugal pratica-se futsal ao mais alto nível?

Não conheço muito o futsal português sei que tem duas grandes equipas que todos os anos fazem grandes investimentos pra se manter no topo do futsal português , pelo o que ouvir falar , o nível é alto e com jogos muito difíceis de se jogar .

8. O que o fez escolher o futsal e não o futebol de 11?

Não foi bem uma escolha, eu sempre joguei futsal tive sim algumas oportunidades de jogar futebol onze mas não daria para praticar os dois ao mesmo tempo, pois tinha que estudar, acabei por optar pelo futsal, já que jogava mais vezes e era muito mais fácil de jogar pois tinha um campo de futsal muito perto de casa.

9. Todos os bons jogadores de futebol dariam um bom jogador de futsal? E o contrário?

Para mim nem todo o jogador que é bom no futebol daria um bom jogador de futsal devido à velocidade de jogo e encurtamento do campo. Penso que seria muito mais fácil um jogador de futsal jogar futebol onze, pois para jogares futsal ao mais alto nível deves ter velocidade de raciocínio rápido e se você conseguir levar isso para dentro do futebol as coisas tornaram-se muito mais fáceis, por isso penso que um jogador de futsal pode sim ter mais facilidades em jogar futebol onze do que ao contrário.

10. O que é que o jogador de futsal tem de ter a mais que um jogador de futebol de 11?

Para mim o raciocínio rápido devido ao tamanho do campo de futsal no futebol muitas vezes o jogador tem um pouco mais de tempo para decidir o que vai fazer ou decisão deve tomar, no futsal esse tempo é muito mais curto por isso se torna mais difícil e tu deves estar muito mais bem preparado.




"FLASH INTERVIEW" A PEDRO NUNO


Ups, mete gelo



1. Ao longo da sua formação mostrou uma veia goleadora fenomenal. Num jogou pela Naval o Pedro Nuno marcou 10 golos ao Touring, tem a noção de quantos golos fez nessa época?

Já foi há algum tempo mas acho que fiz 140/150 golos nessa época.

2. O Benfica tem uma das melhores academias de Portugal, o que retirou da sua passagem pelos encarnados?

Retirei muita coisa boa, o Benfica tem na minha opinião a melhor academia do país e uma das melhores a nível internacional. A minha passagem lá ajudou-me muito a evoluir e aprendi muita coisa que me fez crescer e amadurecer mais rapidamente.

3. Sentiu alguma mágoa da forma que saiu do SL Benfica?

Sim, claro que sim. Mas penso que tomei a melhor decisão de vir para a Académica e felizmente as coisas correram bem.

4. O que passou pela sua cabeça no momento que sabia que ia entrar contra o Sporting e fazer a sua estreia no campeonato?

Passou muito coisa, é uma sensação única, de um sonho tornado realidade e sem dúvida alguma que fiquei bastante feliz e muito orgulhoso.

5. Estreou-se a marcar aos eternos rivais da Académica, o Vitória de Guimarães, logo na sua primeira época na Primeira Liga. O que sentiu ao marcar este golo?

Senti uma explosão de alegria enorme e vai ficar para sempre marcado na minha memória por ter sido o meu primeiro golo na Liga.

6. Agora que chegou à fase sénior, quais são os seus objetivos pessoais para a próxima época?

Tenho o objetivo de me afirmar e jogar o mais possível para fazer uma boa época e ajudar a Académica.

7. Sendo da Figueira da Foz deve ser bastante conhecido pelos adeptos nas ruas de Coimbra. Tem sido muito consultado pelos adeptos da Briosa? Já lhe surgiu algum caso caricato?

Sim, há sempre algumas pessoas que me abordam mas não tive nenhum episódio caricato até agora.

8. Como gosta de ocupar o seu tempo livre?

Gosto de estar com a minha família e com os meus amigos.

9. O Pedro é uma pessoa bastante ativa nas redes sociais, nomeadamente no Facebook. Considera que as redes sociais têm uma importância acrescida na promoção do futebol?

Penso que sim, é uma forma também de mostrarmos um pouco do nosso trabalho.

10. O Pedro, recentemente, esteve associado a uma campanha de solidariedade. O que significa para si trabalhar em ações solidárias?


É bom poder ajudar os outros e pessoas que passam necessidades e eu sempre que posso tento contribuir.





"FLASH INTERVIEW" A VITINHA


Ups, mete gelo



1. O quanto importante foi o clube Maria da Fonte para você ser o que é hoje?

O Maria da Fonte foi muito importante pois deu-me a possibilidade de fazer uns bons 6 meses na antiga 2 divisão B, e naquela altura a segunda B  apresentava um bom nível, mas queria destacar também a importância do Torcatense um ano antes na mesma divisão e que me deu a possibilidade de chegar à Selecção Nacional sub 20, um factor muito importante para a transferência para o CFR Cluj no ano seguinte! Por isso, Maria da Fonte e Torcatense foram as equipas que me acolheram quando eu mais precisava.

2.  Quando assinou pelo CFR Cluj era muito jovem. Foi fácil aceitar o projeto do clube romeno? Quais foram as principais dificuldades que enfrentou?

Para lhe ser sincero, foi complicado e fácil ao mesmo tempo, complicado pois pela primeira vez ia sair de casa dos meus pais, era um menino dos pais, e foi difícil aquele momento, aquele sentimento em que sentia que agora tudo ia mudar.
fácil ao mesmo tempo pois não poderia esperar a vida toda por uma oportunidade destas vinda de Portugal, e ainda por cima estavam bastantes portugueses no Cluj, o que facilitou muito a decisão
Sobre as dificuldades  tenho a queixar do frio, é incrível de frio no Inverno.. Era demais mesmo!

3. Na Roménia teve oportunidade de representar vários clubes. Qual foi o que o mais marcou pela positiva e pela negativa na Liga Romena?

É difícil escolher um clube  que me tenha marcado, pois cada um no seu tempo foi importante para mim... Mas vou escolher o CS Otopeni o que mais me marcou. O porquê? Quando cheguei ao CFR Cluj passado 6 meses fui emprestado para ter mais oportunidades para jogar e fui para o Otopeni. Ai tive uma época muito boa na Segunda Liga em que conseguimos subir à Primeira Liga e quase tudo correu bem pois no primeiro jogo da segunda volta sofri uma rotura dos ligamentos cruzados que me afastou 6 meses! E passado esses 6 meses dessa época  tinha fechado o mercado de transferências, então voltei ao CFR Cluj, mas estava a treinar e a recuperar com a segunda equipa do clube. Em Janeiro, o CS Otopeni quis que eu voltasse e agora para actuar na Primeira Liga!  Passado 1 ano e meio estava sem jogar há 5 meses e novamente o CS Otopeni me deu a mão.. Por isso escolho o Cs Otopeni. 
Mas não posso esquecer o CFR Cluj que me chamou para Roménia, o Unirea Alba Lulia de onde conheci a minha esposa e com a qual temos uma filha, o Concordia Chiajna por me ter dado a oportunidade de mais uma vez jogar na Primeira Liga e foi ai que transferir-me para o Ludogorets.
Pela negativa não tenho nenhum sinceramente. Futebol é isto, aproveitar as coisas boas e aprender com as más. Seria injusto da minha parte falar de algum na parte negativa pois como disse cada um ajudou-me à sua maneira e teve a sua importância na minha carreira.

4. O futebol na Europa do Leste é marcado, sobretudo, pelos adeptos empolgantes e ruidosos. Qual é a sensação de jogar com o apoio desses adeptos?

Sinceramente o futebol no Leste é muito mais vivido que aquilo que eu pensava. Vai sempre muita gente ver os jogos mas claro que ha sempre algumas equipas que não tem muitos adeptos mas no geral foi uma surpresa muito boa, o que até dá mais motivação para jogar e seguir em frente

5. Na Bulgária presenciou um momento bastante triste. Antes do jogo contra o Bero para a Taça da Bulgária estagiaram em Stara Zagora mas infelizmente foram mal recebidos e até agredidos e insultados por um grupo de adeptos. Como é que um profissional vive um momento triste como este?

Tudo aconteceu quando fomos treinar no dia antes ao jogo, estavam lá os adeptos da casa à nossa espera, fomos insultados mas não reagimos até ao momento em que eles entraram em campo, mas atenção isto foi um episódio diferente, não podemos condenar os adeptos da casa  por causa disso pois em todo lado existem adeptos mais fervorosos do que deviam mas ao mesmo tempo são eles que trazem a paixão ao jogo. O que quero dizer é que por isto ter acontecido as pessoas que não pensem que destes lados é assim. Não! Foi apenas uma situação anormal que aconteceu

6. Aconteceu mais algum momento caricato para além deste que referimos?

Não, apenas este incidente. Nada mais que merece destaque ou algo parecido.

7. O seu colega de defesa, Cosmin Moti, foi o herói dos play-offs da Champions League ao calçar as luvas e defender dois penaltis. Como é que viveram este momento no clube?

O Moti , que lhe posso dizer... A melhor explicação que lhe posso dar é com esta frase: estas coisas não se explicam, VIVEM-se! Foi demais, uma coisa que acontece uma vez em 300 anos! Por causa desse acontecimento, há pouco tempo foi inaugurada uma bancada nova no nosso estádio com o nome "Moti",  para ver a dimensão que esse momento teve! Não  palavras, acredite.

8. Quais as principais diferenças entre o futebol búlgaro e o português?

Sobre as diferenças do futebol português e o futebol búlgaro, acho que não devo ser eu a falar sobre elas pois eu em Portugal joguei 1 ano e meio na Segunda Divisão B e vim para a Roménia, ou seja não posso falar sobre o futebol português pois não joguei na principal Liga Portuguesa e seria injusto da minha parte fazer comparações em coisas que não sei. Mas posso falar do campeonato da Bulgária, um campeonato de certa maneira dividido em 2, pois as equipas que costuma andar nos primeiros 5-6 lugares tem diferença de qualidade comparadas com as equipas da metade da tabela para baixo. Mas as equipas que lutam pelo titulo é uma competição bastante grande e vivida com muita euforia por parte dos adeptos. Mais uma vez foi uma surpresa bastante agradável o campeonato búlgaro!

9. Tem a intenção de regressar a Portugal?

Regressar a Portugal... Esta pergunta hoje em dia tenho uma resposta diferente que tinha há alguns anos atrás. Há alguns anos atrás diria que era o meu desejo um dia jogar na Primeira Liga Portuguesa. E ainda continua a ser mas  é algo que não me tira o sono e com a qual consigo lidar tranquilamente, pois não voltava atrás em nada que escolhi até hoje e voltaria a assinar pelo Cluj, porque sei que as portas que me abriram à vinda para cá e estou agradecido ás pessoas do Leste, sobretudo no modo como me receberam em todos os clubes que joguei.

10. Até hoje, qual foi o melhor momento vivido enquanto jogador?


Felizmente tive bastantes momentos para recordar e que me marcaram! Conquista do campeonato da Bulgária, da taça da Bulgária, da supertaça, da supertaca da Roménia mas.... A minha chamada à Selecção Nacional Sub 20 quando jogava pelo GDU Torcatense marcou-me, marcou-me porque sou natural de lá, de São Torcato, e ser chamado à Selecção Nacional Sub 20 quando jogava pelo clube da minha terra é algo que me orgulho e que significa muito para mim e será das primeiras coisas que contarei aos meus filhos e ao meus netos se Deus quiser.

Para finalizar porque nunca é tarde demais, queria agradecer a uma pessoa que foi importantíssima na minha carreira e que nunca a tinha mencionado até hoje em entrevistas, a pessoa a qual eu estou grato por me ter recuperado da grave lesão que eu tive no CS Otopeni, quando sofri a rotura dos ligamentos, e que depois disso nunca mais senti sequer algum incomodo. Digo isto porque sei casos, até de jogadores próximos de mim, que depois de uma lesão igual nunca mais conseguiram ser o que eram antes da lesão. E essa pessoa é o Sr Rodolfo Moura, um Homem fantástico, na sua profissão o melhor dos melhores e a sua carreira fala por si!




"FLASH INTERVIEW" A CARLOS CAMPOS


Ups, mete gelo



— com Carlos Campos.


Ficha do jogador: 
https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/365050317037335/?type=1


1. Para os adeptos que ainda não acompanham o seu percurso, como se analisa como jogador?

Gosto mais que sejam os outros a dizê-lo. Sou um jogador polivalente, posso jogar na posição 6 e 8, normalmente são as posições que ocupo com mais regularidade mas também já desempenhei a posição de central. Na minha opinião sou um jogador agressivo, determinado, não dou um lance como perdido e também gosto de jogar com alguma qualidade de passe.

2.  O Carlos fez toda a sua formação no Paços de Ferreira mas nos seus primeiros anos como sénior foi emprestado e acabou por não ter nenhuma oportunidade na equipa principal dos castores. Sentiu alguma mágoa da forma como saiu do Paços de Ferreira? 

Fui muito feliz no Paços de Ferreira, joguei 12 anos ao serviço dos castores e estive 14 anos ligado ao clube, sai de consciência tranquila e isso é o mais importante!


3. Desde que saiu da capital do móvel, em que aspetos pensa que cresceu?

Sem dúvida que o aspecto que mais cresci foi mentalmente!

4. Nos últimos 4 anos representou clubes das ligas inferiores portuguesas. Acha que existe potencial no CNS?

Existe muita qualidade no CNS e muito sinceramente  grande diferença do CNS para os campeonatos profissionais é uma questão de ritmo e de trabalho, onde muitas ou quase todas as equipas do CNS não tem condições como tem os clubes profissionais e isso faz muita diferença!

5. Na jornada 14, o Sobrado derrotou o Sporting de Espinho garantindo a manutenção. Qual foi a sensação de marcar um dos dois golos da vitória?

Foi um misto de sensações um momento fantástico onde não há palavras para descrever o que senti! Mas o mais importante foi termos conseguido a manutenção que era o nosso objectivo desde o início da época  e isso sem dúvida era o mais importante e obviamente que fiquei muito feliz por ter marcado mas sem os meus colegas não seria possível conseguir esse feito!

6. Acha que esta temporada foi a sua época de afirmação?

Penso que foi uma época positiva onde consegui/conseguimos o mais importante que era a manutenção, um feito histórico para o clube visto que foi a primeira vez actuar nos nacionais!

7. O que acha que falta para dar o “salto” para um campeonato superior?

Penso que falta uma oportunidade como a muitos jogadores que jogam nesta divisão!

8. Até agora representou sempre clubes portugueses. Nunca pensou em aventurar-se pelo estrangeiro?

Claro que pensei mas como referi em cima também ainda não tive uma oportunidade para fazê-lo!

9. Nestes anos como futebolista qual foi o treinador e jogador que o mais marcaram?

Tive 2 treinadores que me marcaram muito, o mister Ulisses Morais porque foi o treinador que me deu a oportunidade com 17 anos de trabalhar com a equipa principal do Paços de Ferreira e fico muito grato por isso! E o mister Artur Jorge que foi meu treinador no Tirsense, um treinador que me ensinou muito e que me ajudou muito a evoluir como jogador e para mim foi um orgulho ser treinado por ele! Jogadores tive alguns mas penso que estaria a ser injusto se referi-se nomes e de uma forma ou de outra todos me ajudaram. 

10. Já lhe fizeram alguma pergunta que o tenha colocado sem resposta? 


Penso que não ou se já fizeram não me lembro!





"FLASH INTERVIEW" A CLÁUDIO RAMOS



Ups, mete gelo




— com Cláudio Ramos.

Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/358336254375408/

1. O que o levou a escolher a posição de guarda-redes?       

Quando comecei a jogar futebol era dos mais altos do meu grupo de amigos e acabei “empurrado” para a baliza. Depois as coisas foram acontecendo naturalmente.

2.  É verdade que para ser guarda-redes é preciso ter uma boa dose de loucura?

Pode-se dizer que sim, pois quem se atira para o chão por gosto e vai com a cabeça onde os outros vão com os pés, precisa sempre de alguma loucura.

3. Acha que hoje em dia os jovens têm as condições ideais (treino, prospeção, acompanhamento específico, etc) para se formarem como guarda-redes?

Sim, acho que a posição de guarda-redes está a evoluir cada vez mais e a receber a devida importância, e isso implica uma melhoria nas condições de treino, novas metodologias de treino e o aparecimento de academias para guarda-redes. Por exemplo, em miúdo quando comecei a jogar não havia sequer treinador de guarda-redes e agora todas as equipas têm. Atualmente em Portugal já se proporcionam todas as condições necessárias para se formarem excelentes guarda-redes.  


4.  Durante esta época foi distinguido com vários prémios de Melhor Jovem da Segunda Liga do mês. Qual é o segredo para uma época de tanto sucesso?


No futebol, como em tudo na vida, nada se consegue sem trabalho, dedicação e empenho, estes foram três fatores que sempre me acompanharam ao longo da época. Tive uma equipa técnica que sempre acreditou em mim e uma grande equipa à minha frente, que sempre me apoiou. Sem eles nenhum dos prémios teria sido possível.

5. Após quatro épocas ao serviço do Tondela, qual é o sentimento que sente ao vencer a Segunda Liga Portuguesa?

Após quatro épocas ao serviço do Tondela, o carinho que se sente pelo clube e pelos adeptos é muito grande, por isso, conseguir ser campeão com um clube que se gosta e que sempre acreditou em nós tem ainda mais significado. Além disso, deixa-me com um sentimento de dever cumprido pois conseguimos alcançar os objetivos a que nos propusemos e dar alegria às nossas famílias e aos nossos adeptos.

6.  A quem dedica esta promoção?


Em primeiro lugar queria dedicar este título a toda a minha família e namorada, que foram as pessoas que sempre me apoiaram, principalmente nos maus momentos. Dedico também a todos os meus amigos que sempre acreditaram em mim e que tiveram em todos os momentos uma palavra amiga. Não podia ainda deixar de agradecer a todos os adeptos do Clube Desportivo Tondela, por todo o apoio que foram transmitindo ao longo da época, em especial nesta recta final, em que muitos se deslocaram muitos quilómetros para nos apoiarem.  

7. Sente que o Tondela tem as condições necessárias para representar a Primeira Liga Portuguesa?

Sem dúvida. Demonstrámos esta época que o Tondela tem todas as condições para se afirmar e consolidar um lugar na primeira liga portuguesa. Prova disso é a organização e a ambição de um clube que em três épocas nos escalões profissionais consegue ser campeão.

8. Com a chegada à Primeira Liga cumpre certamente um sonho. Quais os principais objetivos a nível pessoal para a próxima época?

Foi sem dúvida o concretizar de um sonho, mas neste momento ainda estou a desfrutar dele e ainda não tive tempo para pensar no que vai acontecer no futuro.

9. Qual é, para si, o melhor guarda-redes a atuar em Portugal?

O Júlio César por ter sido campeão e por toda a sua carreira, tendo até sido eleito o melhor guarda-redes do mundo quando estava no Inter.

10. Cada vez o futebol moderno exige que os guarda-redes sejam autênticas "girafas", acha que a sua baixa estatura o pode prejudicar nos novos desafios que vai defrontar?

Muito sinceramente acho que não. Cada guarda-redes tem as suas características e eu tenho as minhas e não acho que a altura seja um entrave para os desafios que se seguem.

Por último, queria agradecer à “Ups, mete gelo” a oportunidade de realizar esta entrevista e o facto de quererem saber um pouco mais sobre mim.
Desejo a continuação de um bom trabalho.

Cláudio Ramos 




"FLASH INTERVIEW" A LEANDRO QUINHENTAS



Ups, mete gelo





1. Como e quando cresceu o “bichinho” pelo futebol?

O bichinho do futebol começou desde muito cedo, jogava na rua com o meu padrinho e aos fins-de-semana ia ver os jogos do meu primo.

2. Como se descreve enquanto futebolista?

Sou um ponta de lança fixo, sou alto, marco muitos golos de cabeça e sou esquerdino, tenho um pé canhão como se costuma dizer.

3. Quem são as suas referências no futebol?

As minhas referências são o Ronaldo porque nasci na Madeira, o Quaresma, Nani e Fábio Paím, porque todos eles tem algo que eu também tenho, nasceram a jogar na rua e chegaram onde eu quero chegar.

4. De onde surgiu a alcunha Quinhentas?

A alcunha Quinhentas veio da parte do meu avô paterno porque ele ia sempre ao café, ao final do mês, destrocar quinhentos contos na altura e ficou assim conhecido, isso passou a ser a alcunha da minha família toda.

5. Quais foram as maiores dificuldades que já enfrentou durante o início da sua carreira futebolística?

A maior dificuldade é quando fico no banco sabendo que se for titular sou capaz de fazer a diferença e quando me metem nos últimos minutos pedem para eu desequilibrar, não acho isso justo.

6. Acha que o futebol português tem as condições básicas para a formação dos jovens portugueses? Como vê a aposta nos jovens em Portugal?

Os portugueses são bem visto no estrangeiro e mal aproveitados em Portugal, preferem ir buscar jogadores estrangeiros para o clube começar a ser falado lá fora.

7. Este é o seu último ano como o júnior. Que ambições tem para o futuro da sua carreira?

Sempre tive clubes interessados em mim, agora que estou numa fase de transição para sénior, vou-me impor e tentar chegar o mais longe possível para ajudar a minha família.

8. Com quem gostarias de jogar na mesma equipa? E quem é que gostava que fosse seu treinador?

Gostava de jogar na seleção ao pé do Ronaldo, Quaresma e Nani porque sei que eles me iam assistir bem e ia fazer golos, gostava que o treinador fosse o Jorge Jesus porque sei que ele me ia evoluir ao máximo.

9. A quem é que lhe dava imenso prazer marcar um golo?

Eu respeito todas as equipas e a melhor forma de eu respeitar o adversário é jogar todos os jogos da mesma forma, com garra e ambição de ganhar.

10. Existe alguma pergunta que nunca lhe fizeram e gostava de responder?

Nunca me perguntaram porquê é que ambiciono chegar longe... Eu quero chegar longe porque a minha avó sempre acreditou em mim e ela dizia-me que um dia me ia ver a jogar na televisão, infelizmente ela morreu cedo demais e não chegou a ver, mas eu sinto que devo isso a ela e sei que sou capaz de chegar a concretizar isso.




"FLASH INTERVIEW" A ANTÓNIO XAVIER



Ups, mete gelo






1. Nasceu em Guimarães e fez praticamente toda a sua formação no Vitória de Guimarães. Mas na época 2012/13 representou o rival, Braga B. Foi fácil aceitar o projeto do clube bracarense? E foi bem recebido? 

Sim é verdade, passei 11 anos da minha formação no VSC, sai um pouco magoado com a antiga direção porque creio que não me trataram da maneira que merecia, confesso que tive que pensar antes da aceitar a proposta do Braga, mas na altura pensei que poderia ser o melhor para a minha carreira e decidi aceitar, e sim fui muito bem recebido em Braga, fiz lá muitos amigos!
  
2.  Em que aspetos pensa que evoluiu desde que deixou de ser júnior?

Penso que evolui muito desde aí, principalmente em termos mentais tornei-me mais maduro, e tornei-me mais rápido também!

3. Sendo extremo sente-se mais à vontade no lado esquerdo do corredor ou no lado direito?

Sou o que chamam um extremo à antiga, sou um jogador de linha logo desde aí sinto-me mais confortável do lado esquerdo, mas hoje em dia também me sinto a vontade do lado direito do campo! 

4. Antes de mais queria felicita-lo pela sua equipa ter alcançado a final da Taça da Liga.  Acredita que o Marítimo tem argumentos para causar uma surpresa ao Benfica e vencer a Taça da Liga?

Muito obrigado, sem dúvida foi um feito que alcançamos com muito sacrifício e muito trabalho da nossa parte, e mau seria de nós se não fossemos com a ambição de vencer, poderemos causar muitas dificuldades ao Benfica, e as finais são para se ganhar!

5. O Marítimo tem de fazer viagens para Portugal continental, normalmente, de duas em duas semanas. Acha que estas viagens prejudicam os jogadores do Marítimo? 

É verdade, nós semana sim semana não temos de viajar, mas acabas por te habituar a essa rotina, confesso que no início é um pouco estranho, mas tudo é planeado de forma a que haja menos desgaste possível!


6. Para além das viagens desgastantes de avião, existem mais dificuldades de jogar no arquipélago da Madeira em relação a Portugal Continental?

Não fora as viagens, acredita que é só aspetos positivos de jogar nesta linda Ilha

7. Antes de entrar em jogo costuma ter algum “ritual”?

Não sou de muitas superstições, apenas gosto de ouvir música para me concentrar, e rezo antes de entrar em campo!

8. Com quem gostaria de jogar na mesma equipa? 

Fora os do outro mundo, Ronaldo e Messi, sou particularmente admirador de Gaitán e Di Maria, que são aqueles com que me identifico mais dentro das devidas escalas claro (risos) mas qualquer um desses seria um sonho!

9. Fora dos relvados o que mais gosta de fazer?

Sou muito dorminhoco, não troco a minha sesta por nada (risos), mas para além disso gosto de ver uns bons filmes, umas séries e de me armar em treinador a jogar FM!

10. Há alguma pergunta que nunca lhe fizeram e que gostava de responder?

Não , acho que já tive de responder a tudo (risos).




"FLASH INTERVIEW" A FERNANDO AGUIAR



Ups, mete gelo




1. Como e quando é que descobriu que queria ser futebolista profissional?

Foi a jogar na rua com os meus amigos que comecei a tomar gosto, depois via os Campeonatos do Mundo e tinha mais vontade de ser Jogador da bola.

2.  Como surgiu a sua alcunha de “Robocop”?

Quando jogava em Aveiro, ao serviço do Beira-Mar tinha o joelho ligado e um jornalista do Record começou a chamar Robocop, e a partir dai ficou o nome Robocop.

3. Em quase 20 anos de carreira, lembra-se de algum episódio caricato ou engraçado que nos possa contar?

Sim foi em Aveiro, um dia estava a treinar e quando cheguei ao balneário tinha as meias cortadas, fiquei bastante irritado e mandei a balança de pesar contra a parede e para o chuveiro mas ninguém disse nada, ficou tudo em silêncio. Quando ia para casa recebi uma chamada do Elísio (guarda redes), em voz baixinho, ele disse me: "Fernando, fui eu, peço desculpa". Achei engraçado da maneira como ele pediu desculpa.  

4. O Fernando Aguiar nasceu em Portugal mas optou pela seleção canadiana. Existe alguma razão nesta opção?


Nunca pensei que ia chegar ao mais alto nível na Liga Portuguesa por essa razão optei pelo Canadá, que eu considero um grande país onde recebeu a minha família e gosto muito do Canadá.

5. A sua primeira internacionalização foi contra Portugal. Como foi defrontar o país onde nasceu?


Gostei imenso porque tinha colegas da minha equipa do Marítimo a jogar por Portugal e queria mostrar que era capaz de jogar ao mais alto nível.

6. Como foi “parar” ao Landskrona da Suécia?


O Benfica disse me para esperar pelo novo treinador mas como eu não podia esperar muito mais decidi assinar pelo o Landskrona que ofereceu-me um bom contrato.

7. Aos 41 anos interrompeu a sua reforma para vestir a camisola do Pedrouços Atlético Clube. O que o convenceu a voltar aos relvados?


Eu ainda estava em forma e fui convidado pelo Maia para treinar com eles mas como o Maia nunca mais decidiu optei pelo Pedrouços. Recebi um telefonema do Pedrouços e achei que queria experimentar jogar nos distrais.  


8. Logo na segunda partida ao serviço do Pedrouços marcou um hat trick. Como resume a sua experiência na Honra dos Distritais do Porto?


Foi bom e mau, gostei de experimentar os Distritais e correu  muito bem mas os adeptos das outras equipas são terríveis mesmo marcando um hat trick eles ainda mandavam  bocas como eu não jogava nada. 

9. Como descreve o futebol português?


Quando havia dinheiro acho que o futebol Português era muito bom mas hoje em dia as coisas estão complicadas e há muito menos qualidade no nosso futebol e nota se mais nas equipas pequenas e não no Benfica e Porto.

10. O que menos gosta no futebol?


O futebol é como a Politica, quem sabe estar e quem puxa mais o saco tem sempre trabalho, claro que há pessoas competentes no meio disto tudo mas na realidade funciona igual a politica.





"FLASH INTERVIEW" A JOÃO NOVAIS




Ups, mete gelo





1. Para os adeptos que ainda não acompanham o seu trabalho, como se caracteriza como futebolista?

Defino-me como um médio trabalhador que gosta de ajudar a equipa tanto a atacar como a defender. Sempre que posso gosto de rematar à baliza. Este ano já consegui fazer três golos, o que me deixa muito satisfeito.

2. O João tem alguma alcunha no “mundo do futebol”?

Não. Sou o João Novais.

3. O seu pai Abílio Novais também foi futebolista profissional, o João até já passou pelo Porto e pelo Leixões, seu atual clube, tal como ele. De que forma o seu pai influenciou a sua vida no futebol?

É natural que tenha influenciado. Desde bebé que vou a estádios de futebol e é natural que o bichinho tenha surgido. Também como é natural, o meu pai tem acompanhado a minha carreira de perto e posso dizer que é um dos meus maiores críticos. Dá-me conselhos muito importantes que me têm ajudado muito a crescer como jogador.

4. O que pode retirar da sua passagem pelo FC Porto durante a sua formação?

Retiro coisas importantes de todos os clubes que representei. Representar o FC Porto, como grande clube que é, é sempre um orgulho para qualquer jogador. Estive lá três anos e foram tempos muito bons. Não posso, no entanto, esquecer o Coimbrões, onde comecei a jogar, e o Leixões, onde conclui a minha formação e onde me tornei sénior. De resto, é no Leixões que tenho jogado mais épocas e estou muito satisfeito por representar este clube histórico de Portugal. O Leixões também é um clube muito grande, apesar de estar arredado dos grandes palcos. Mas, por tudo o que envolve o clube, merece estar na principal divisão do futebol português.

5. No Padroense foi colega de vários jogadores que neste momento estão a dar nas vistas em diferentes ligas, por exemplo o Tozé, o Fábio Martins, o Lupeta, o Gazela, o Tiago Ferreira, entre outros. Como descreve este grupo e a época que passou ao serviço deste clube?

Era um grupo muito bom, de grandes jogadores e grandes companheiros. Não estranho nada que alguns deles estejam a dar nas vistas, porque a equipa tinha muita qualidade. Realço que estávamos no Padroense, mas a ligação real era ao FC Porto, que, na altura tinha um protocolo com o Padroense.

6. Como vê a aposta dos jovens portugueses em Portugal?

Nos últimos anos têm-se intensificado a aposta nos jovens portugueses, o que é bom. Mas acho que isso só se acentuou porque os clubes têm dificuldades financeiras para ir contratar ao estrangeiro. Há tantos bons jogadores em Portugal que não percebo por que se insistia tanto nos estrangeiros. Parece que agora toda a gente acordou para esse facto, o que é bom.

7. Como caracteriza o futebol na II divisão?

Na Segunda Liga, o futebol é muito competitivo, talvez mais físico e mais exigente. As equipas são muito equilibradas, o último poder ganhar ao primeiro e o campeonato é sempre discutido até à última. Para os jovens, acho que é uma plataforma boa para se entrar no mundo do futebol profissional.

8. O Leixões recebeu e venceu o Oliveirense por quatro bolas a uma, jogo a contar para a jornada 36 do Campeonato. O João fez um golo de levantar todos os adeptos do Estádio do Mar, como se sentiu ao ver o seu golo em todas as páginas desportivas?

Naturalmente feliz. Marcar golos é sempre o resultado do trabalho efetuado em campo, mas quando se marca golos tão bonitos é óbvio que um jogador fica satisfeito. Já marquei outros de grande beleza, mas este à Oliveirense terá sido um dos melhores.

9. Ultimamente tem sido apontado ao Vitória de Guimarães, gostava de representar o clube minhoto?

Neste momento, o meu clube é o Leixões e a minha única preocupação é ajudar o clube a atingir os seus objetivos. O futuro está em aberto e logo se verá o que acontece.

10. Aos 21 anos, qual é o seu maior sonho como futebolista?

São os sonhos normais de todos os jogadores: chegar à seleção, jogar na Liga dos Campeões, jogar um Europeu ou um Mundial. Sei que são sonhos difíceis de concretizar, mas trabalho sempre para que me aconteça o melhor e sonhar não custa.





"FLASH INTERVIEW" A HUGO MIGUEL


Ups, mete gelo





1.  Como começou a sua ligação ao mundo da arbitragem?

Começou desde miúdo por influência do meu pai (ex-árbitro) acompanhando-o em muitos e muitos jogos. Sempre gostei do ambiente que se vivia no futebol e entre as equipas de arbitragem. Depois de ter jogado futsal, na transição de júnior para sénior, decidi tirar o curso e experimentar entrar em campo na pele de árbitro.

2.  Qual tem sido o seu percurso de arbitragem até hoje?

Felizmente sempre em ascensão. Desde os distritais, passando pelos escalões nacionais (antigas 3.ª Divisão e 2.ª B) até chegar ao futebol profissional. Mesmo aí após alguns anos consegui atingir o estatuto de Internacional.

3.  Ainda se lembra do primeiro jogo como árbitro?

Claro, um jogo de Iniciados em 1996 entre as equipas do SL Olivais e do Hockey CP, disputado no campo Branca Lucas, na altura ainda pelado.


4. Como avalia a arbitragem em Portugal?

Avalio pela positiva obviamente. Comparativamente com o que se passa nas outras Ligas profissionais europeias, os nossos árbitros não ficam nada aquém em termos de consistência e fiabilidade nas decisões. E isso comprova-se pelas constantes chamadas para grandes competições, nomeadamente campeonatos do mundo em que os nossos principais árbitros têm estado presentes.


5. E o futebol português, como o avalia?

De igual forma. Se em 2012 Pedro Proença foi distinguido como melhor árbitro do mundo, temos tido nos últimos anos prémios de que todos os portugueses se devem orgulhar. Cristiano Ronaldo é o melhor jogador do Mundo, José Mourinho o melhor Treinador e Jorge Mendes melhor Agente. Estes são logicamente as personalidades que mais se destacam, mas diz bem da qualidade que os protagonistas portugueses podem alcançar. O árbitro, o treinador, o jogador e o empresário português são respeitados em todo o lado, é quase como se se tratasse de um produto certificado.


6. Como é em termos gerais a preparação de um árbitro durante a semana?

Em termos físicos a semana tipo começa com treino de recuperação, no dia seguinte um treino com intensidade mais forte e um dia de descanso a meio da semana. Depois à medida que se aproxima o próximo jogo reservamos dois treinos para introduzir velocidade de resistência e de reação. Em termos técnicos temos a preocupação de manter a atualização sobre as leis do jogo, paralelamente com a visualização dos nossos jogos e das equipas que iremos arbitrar no jogo seguinte.


7. Os árbitros de baliza tem sido alvo de muita polémica. O que nos pode dizer sobre este assunto?

Já tive oportunidade de fazer de árbitro de baliza em jogos do Pedro Proença, Jorge Sousa, Artur Soares Dias e Duarte Gomes e digo sem sombra de dúvida que podem ser uma mais-valia. Sobretudo porque a presença de mais um árbitro sempre fixo naquela zona do terreno dissuade os jogadores de cometerem certo tipo de infrações. Há estudos que comprovam isto, mas relembro que na Fase Final do euro 2012, só houve uma grande penalidade e foi no jogo de abertura entre a Polónia e a Grécia.


8. Acha que a imprensa é a maior inimiga dos árbitros?

Não concordo. Como em tudo na vida há o lado bom e o menos bom das coisas. Há jornalistas que merecem o maior respeito e que tratam a arbitragem de forma bastante correta e há outros que estão mais interessados em alimentar polémicas.


9. É a favor da introdução de novas tecnologias para auxílio da arbitragem?

Sim sou claramente a favor. Mas isto sem qualquer desresponsabilização da nossa função enquanto juízes. Tecnologia na linha de golo é bem-vinda, porque há lances humanamente impossíveis de visualizar em campo.


10. O que menos gosta no futebol?

Dos programas pós-jogo, com escalpelização e repetições de lances em slow motion e com análises de facciosos comentadores avençados por clubes. Pessoas que nunca jogaram futebol, que não têm qualquer conhecimento do jogo e que são leigos em matérias de arbitragem, mas que funcionam como fazedores de opinião.



"FLASH INTERVIEW" A CHRISTOPHER OUALEMBO


Ups, mete gelo



   — com Oualembo.

1. Que primeiras impressões está a tirar da Liga Portuguesa?  

Eu penso que a Liga Portuguesa tem um bom nível. Futebol rápido e com uso de muita técnica. Estão muito bons jogadores aqui e a oportunidade de jogar contra Benfica, Porto e Sporting é muito importante para os jogadores desta liga.

2. Antes de assinar pela Académica de Coimbra, já conhecia a história do clube?

Sim, eu ouvi a história do clube muitas vezes porque o meu grande amigo Jonathan Bru (Oliveirense) que jogou na Académica há alguns anos atrás me contou. A Académica merece muito respeito.

3. Para os adeptos que ainda não acompanham o seu trabalho, como se caracteriza como jogador?  

Não me consigo descrever. Acho que essa pergunta que cabe mais ao meu treinador e aos adeptos responder.

4. Nos tempos livres o que mais gosta de fazer? 

Estar com a minha família, tocar música e comer gelados enquanto vejo filmes.

5. Tem algum ídolo no futebol?

Georges Weah.

6. Sabendo que pode jogar tanto a lateral direito como a lateral esquerdo, qual dos dois lados prefere?

Sim, posso jogar em ambos os lados, mas eu prefiro o lado direito porque é onde faço melhores cruzamentos.

7. Já passou por vários campeonatos, como o francês, italiano, espanhol e polaco. Quais são as principais diferenças e dificuldades que está a encontrar em Portugal em comparação com os outros países?

Eu penso que o povo português é muito conservador. Não é fácil entrar na vida deles. Por isso tens que ser esperto e muito cuidadoso com o estilo de vida deles e estar com eles sendo tu mesmo. Mas são pessoas muito agradáveis, em geral.

8. A Académica teve um começo atribulado mas com José Viterbo no comando a equipa ganhou um novo rumo. O que é que o treinador José Viterbo acrescentou na equipa?

Ele fez uma coisa muito boa quando tomou conta da equipa: ele limpou a nossa mente. Toda a gente sentiu luz, esquecendo-se dos problemas e erros da “antiga equipa”. Desde esse momento, a equipa renasceu.

9. Quando jogava no Lechia defrontou o Barcelona num jogo de preparação. E nesse jogo teve de marcar o Neymar, como é ter um jogador destes pela frente? O que se pensa no momento?

Foi uma experiência muito boa para perceber qual era o meu nível, se consigo jogar com ou contra este tipo de jogadores ou não. Depois do jogo, eu estava muito contente e o Alex Song chamou-me para o balneário deles. E eu encontrei-me outra vez com Neymar que me disse "“Good game mano. Respect.”

10. Qual foi a sensação de ficar em 3º lugar na CAN15 ao serviço pela sua seleção, RD Congo?

Inacreditável. Uma preparação muito longa, grandes treinos e em condições muito difíceis. Mas fizemos tudo muito bem e ficamos em 3º lugar. Todos os habitantes do meu país estavam muito contentes e quando voltamos a Kinshasa, eles receberam-nos como presidentes. Sinceramente, eu desejo que cada jogador de futebol viva um dia desses na sua carreira.



Ups, mete gelo



1. Como e quando surgiu o gosto pelo futebol?

Durante a 1ª classe. Não ligava pevide à bola até surgir uma conversa assustadora sob o tema ‘Qual o teu clube?’. Não conhecia nenhum, e fiquei a esconder-me num canto enquanto ouvia os coleguinhas: “Sporting” soou-me esquisito; “FCPorto” achei feio; “Benfica” parecia música. Ben-fica. Fica Bem. Nem fazia ideia de que cor era o equipamento quanto mais nomes dos jogadores. Nesse dia chego a casa depois da escola e pergunto ao meu pai “O que é o Benfica?”. Ele desbobina-me histórias: as Taças dos Campeões, o Eusébio, o Simões, as finais perdidas, o Nené, o Chalana, o maior estádio, a águia, et pluribus unum, o primeiro clube a eleger democraticamente os seus presidentes (em pleno fascismo), o Eriksson, o número de sócios, etc etc etc. Contágio imediato. Costumo dizer que tenho 37 anos e sou benfiquista há 31.

2. Onde e com quem costuma ver um jogo de futebol?

Sozinho, em casa ou no café, a sofrer por dentro. Ou no estádio, com amigos, a vibrar que nem um louco, como deve ser.

3.   Até agora quais foram os estádios que o fascinaram? E qual gostava de conhecer?

O único estádio que me fascina é a Catedral. Não me importava de conhecer o Stadium of Light, do Sunderland, porque tem um nome catita.

4. Qual foi a situação mais cómica que já assistiu num jogo de futebol?

O frango, perdão, peru do Artur frente ao Sporting no jogo da 1ª volta da presente Liga. Na altura não me deu lá muita vontade de rir. Mas recordo que pela primeira vez num dérbi, os adeptos dos dois rivais reagiram exactamente da mesma forma, mandaram as mãos à cabeça e gritaram: “O quê?!”.

5. Se pedissem para definir o que é o futebol, como o descrevia? 

Numa mistura de um ex-futebolista com um filósofo, nomeadamente Lineker com Camus: “11 contra 11 disputando uma bola e no fim ganha a Alemanha” meets “Tudo o que aprendi sobre a vida devo-o ao futebol”.

6. Se fosse presidente da FPF por um dia, o que mudava?

Instituía um dogma nos regulamentos segundo o qual fosse doravante expressamente proibido voltar a contratar Carlos Queiroz, sob pena de prisão.

7. Consegue descrever cada presidente dos três grandes portugueses em poucas palavras?

Luís Filipe Vieira: resiliente, sério, empreendedor.
Bruno de Carvalho: um homem apaixonado. Infelizmente, por si próprio.
Pinto da Costa: só falo na presença do meu advogado.

8. Como adepto do Benfica, gostava que o clube encarnado renovasse com o Jorge Jesus?

Gostava, porque tenho memória. E lembro-me muito bem de como era o SLB antes de JJ. Todavia, o Benfica não se esgota em Jesus. Há um par de treinadores nacionais, e a trabalhar em Portugal, que não me importaria nada de ver à frente do Glorioso.

9. Já colaborou várias vezes com o Jornal A’bola. Como apresentador gostava de participar num programa de futebol?

Sim, num programa de comentário onde se pudesse juntar civismo, humor e simplicidade de análise. Futebol é paixão, não ciência. Relativizar é preciso.

10. O que menos gosta no futebol?

Violência por claques, dirigentes corruptos, árbitros incompetentes.




FLASH INTERVIEW" A HENRI ANTCHOUET



Ups, mete gelo



— com Henri Antchouet.

Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/335649946644039/?type=1&theater

1. De onde surgiu o sonho de ser futebolista? 


Nunca foi um sonho ser futebolista. Aconteceu por acaso, fui jogar com um amigo meu na rua e gostei. No dia a seguir fui tentar a minha sorte no FC 105. O meu treino nesse clube correu bem e  depois disso foi tudo muito rápido até que cheguei à selecção.


2. Quais foram as principais dificuldades que teve no seu início de carreira no Gabão?


Uma grande dificuldade foi não ter equipamentos para poder treinar.


3. Como é que surgiu a oportunidade de jogar em Portugal? Nessa altura já conhecia o futebol português?


Foi o meu agente senhor Campos que me convidou a vir jogar a Portugal porque ele pensava que eu tinha futuro no futebol. Nessa altura não conhecia quase nada do futebol, só alguns nomes, como o Eusébio e Figo.


4. Representou vários clubes portugueses (Leixões, Belenenses, Estoril, entre outros) em diferentes alturas. É em Portugal que se sente em “casa”?


 É verdade que tive uma grande sorte em poder representar vários clubes portugueses e também tive a sorte de ser muito bem recebido em todos os clubes que passei. 

Matosinhos será sempre a minha casa, porque foi em Matosinhos que formei a minha cultura portuguesa, foi lá que aprendi a falar português. Matosinhos para mim foi onde a minha nova vida começou como homem e como jogador. Esta cidade é muito linda e sou muito feliz nela.

5. O Leixões continua até ao momento a primeira equipa a qualificar-se para a Taça UEFA estando na terceira divisão do seu país, tendo sido graças à Taça de Portugal em 2002, onde acabaria por perder a final contra o Sporting, no entanto este já estaria qualificado para a Liga dos Campeões. Como é que isto foi possível?


Éramos um grupo muito unido. O presidente Zé Manuel e o treinador Carvalhal foram 2 personalidades que levaram ao sucesso o Leixões nessa temporada. Neste grupo haviam jovens jogadores e jogadores com muita experiência no futebol português e isso complementava-nos como grupo. Foram anos de muitas emoções. 


6. Esteve 3 épocas ao serviço do Churchill Brothers, clube indiano. Como caracteriza o futebol e os adeptos da Índia?


O campeonato indiano tem jogadores jovens com muito potencial mas está muito atrasado na formação do jovem. A Índia está a fazer um esforço para elevar o nível do campeonato. 

Daqui a 10 anos, a Índia vai poder fazer negócios tal como a China, apesar do caminho estar atrasado pelos dirigentes indianos. 
Os adeptos indianos são grandes fãs de futebol, em Goa, Kalkotta e Punne, os estádios estão sempre cheios. 

7. Teve a oportunidade de jogar em imensos campeonatos. Qual foi a liga que o mais marcou pela positiva e a que o marcou pela negativa?


Sem dúvida o campeonato espanhol, para mim marcou muito pela maneira que dirigentes, adeptos e jornalistas vivem o futebol, também pelo profissionalismo que se vive no dia a dia.


8. Ao longo da sua carreira marcou imensos golos. Qual é o golo que certamente nunca esquecerá?


O meu último golo dos três golos que marquei ao Panathinaikos no dia 25 de Maio de 2007. Foi o meu primeiro hattrick.


9. Em 20 anos de carreira como futebolista profissional qual é o momento mais marcante que vivenciou?


O final da Taça de Portugal contra o Sporting, nunca vou esquecer a festa dos adeptos nas bancadas. Foi um dia especial.


10. Já pensou no que vai fazer depois de terminar a carreira como futebolista?


Tenho 35 anos e já tenho o primeiro nível de treinador mas neste momento estou concentrado em ser o melhor marcador do campeonato, agora já não tenho o Nuno Gomes e o Jardel a “chatearem-me”, depois vou pensar nisso.





"FLASH INTERVIEW" A MÁRIO FELGUEIRAS



Ups, mete gelo



— com Mário Felgueiras.

Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/333284806880553/?type=1&theater

1. O que melhor e pior recorda durante os anos de formação no Sporting?


Recordo praticamente tudo, como se tivesse sido ontem. Foram anos fantásticos, nos quais evolui acima de tudo como homem. O facto de ter sido campeão de juniores no ultimo ano, foi o culminar de três anos fantásticos. Obviamente que não poderei esquecer os meus primeiros treinos com a equipa principal, em que privei com grandes jogadores.


2. Qual foi a sensação de ganhar o Campeonato da Europa Sub-17 em 2003? Ainda espera um dia chegar à seleção A? 


Foi uma sensação única e que até hoje não experienciei igual. Também ajudou ter sido realizado em Portugal, o que tornou tudo mais caseiro e mais fervoroso. Tinha família e amigos presentes sempre no estádio e tudo isso nos ajudou. Tive também a felicidade de ter na equipa jogadores, que mais tarde vieram a provar a enorme qualidade e que ainda hoje continuam nos grandes palcos. A seleção principal, sinceramente, não é um assunto que me perturbe ou que viva obcecado. Já sonhei muito com isso, no entanto, a meu ver já houve momentos em que poderia ter sido chamado e não fui, como tal baseio-me neste momento em trabalhar bem nos clubes em que passo e deixar sempre a melhor imagem possível e o que tiver de ser, será. Por vezes temos de ceder para conseguirmos bem estar e trabalharmos com prazer.


3. Na época 2009/2010 sofreu uma pesadíssima derrota, 8-1 foi o resultado entre Benfica e o Vitória de Setúbal, seu clube na altura. Como é que um guarda-redes vive os dias seguintes a uma pesada derrota como essa?


Bem, recordo-me que no final do jogo, na chegada ao estádio do Bonfim, o mister Azenha deu-nos alguns dias de folga para podermos repousar a cabeça e pensarmos o que fizemos de errado. Mal cheguei a casa, peguei no carro e dirigi-me para o Porto ao encontro da minha namorada na altura, e hoje minha esposa. Foram dois dias em que não saí de casa com receio do que as pessoas poderiam dizer, mas com a idade vamos aprendendo e sabemos como lidar com estas situações. Tudo passa, menos a saúde. Por isso, há que olhar em frente e melhores dias virão.


4. Muitos o consideram um especialista na defesa de penaltis, qual o seu segredo?


Não acredito que exista um segredo. É talvez uma questão de crença e de trabalho. Penso que talvez seja o ponto alto de um guarda redes, ou melhor dizendo, o momento no jogo em que se pode comparar a um golo de um avançado. Podemos analisar inclusive os lados para os quais os nosso adversários podem bater o penalty, mas o factor sorte também de estar do nosso lado. Depois, é aproveitar o momento.


5. Teve a oportunidade de treinar ao lado de guarda-redes como o Nelson, Ricardo, Quim, Eduardo, Artur Moraes, Tiago, entre outros. O quanto foi importante para si ter guarda-redes mais experientes como colegas?


Desde que comecei a jogar futebol, aprendi com todos os meus colegas, o que devia ou não fazer. Tento sempre aprender em tudo e adquirir experiências que poderão ser-me úteis no futuro. Todos os guarda-redes com quem trabalhei, ensinaram-me algo, direta ou indiretamente. 


6. Qual foi o avançado que mais lhe deu "dores de cabeça"?


Falcão. Foi um jogador que me pareceu acima de tudo muito humilde e trabalhador para o estatuto que já adquiria. Depois como jogador e capacidades técnicas, um jogador fantástico e com espírito de equipa. Sempre disponível para ajudar a equipa e com arte de finalizar.


7. O Cluj tem ultrapassado uma grave crise financeira. Como viveu essa situação?


Foram dois anos e meios que nunca esquecerei. Infelizmente nestes últimos seis meses, o clube caiu numa situação muito delicada e sem solução à vista. Como tal, chegou também o momento de deixar o clube apesar de toda a tristeza e mágoa que me acompanhou nesta despedida. Reconheço que me custa muito perceber como chegou o CFR Cluj a esta situação mas a verdade é que são situações em que os jogadores pouco ou nada podem fazer.


8. Para si qual é o melhor guarda-redes de todos os tempos?


Desde pequeno cresci a ver o Oliver Kahn e o crescimento do Buffon. Estilos diferentes mas penso que foram aqueles que sempre idolatrei. Não posso também deixar de referenciar, o grande Vítor Baía, com um estilo e aliado com qualidades que até hoje não encontrei nenhum guarda redes. 


9. Acha que Neuer merecia ganhar a Bola de Ouro? 


Penso que Neuer foi de longe o melhor guarda-redes e continuará a ser nos próximos anos mas por mais que me custe dize-lo, para um guarda redes ganhar a Bola de ouro será muito complicado. O “clímax” do futebol é o golo, por isso os jogadores de campo estarão sempre mais próximos de conseguir ganhar a Bola de ouro.


10. Acha que depois deste Mundial, onde os guarda-redes foram a principal figura, finalmente começam a ser vistos com a devida importância? 


Hoje em dia, o futebol é praticamente bem trabalhado em todas as partes do mundo e isso reflete se nos guarda-redes. Temos vindo a inovar nos treinos específicos e nas condições de treino. Fico contente por isso porque afinal fazemos parte da equipa e sem nós ninguém ganharia um jogo ;) De certeza que num futuro próximo as técnicas de guarda redes serão melhoradas e os guarda redes automaticamente tornar-se-ão mais eficazes e eficientes.





  "FLASH INTERVIEW" A JOÃO TRAQUINA 


Ups, mete gelo






— com João Traquina.
Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/332094250332942/?type=1&theater


1. Fez praticamente toda a formação como futebolista na Académica de Coimbra. Na transição de júnior para sénior foi emprestado ao Tourizense, e nas 3 épocas seguintes foi novamente emprestado ao Tourizense e também ao Estoril. Sente-se revoltado por na altura não muitas oportunidades na equipa principal da Briosa?

Revoltado não. É verdade que a Académica de Coimbra é o principal clube da minha formação e, não só por isso, a Briosa ocupa um lugar especial no meu coração, tendo isso em conta e olhando para o que foi o meu percurso até aqui é natural que surja um sentimento de frustração e alguma tristeza por não ter conseguido vingar num clube que representa muito para mim.

2.  Relativamente à última pergunta, quais foram as principais dificuldades que teve ao ser consecutivamente emprestado?

Não tive dificuldades de maior durante os períodos em que tive cedido por empréstimo a clubes como o Tourizense e Estoril, felizmente para mim, tive em ambos, a oportunidade de trabalhar com excelentes profissionais sempre com ambientes muito bons, proporcionando-me a possibilidade de evoluir futebolísticamente. A única dificuldade que tive, por assim dizer, foi a passagem para o futebol sénior. É de facto o principal fator a que um jovem jogador tem de se adaptar rapidamente para ter sucesso.

3. Em várias épocas jogou na CNS, um jogador neste patamar consegue ter rendimento suficiente para viver só do futebol?

Acredito que à alguns anos atrás seria perfeitamente concebível viver do futebol no terceiro escalão do nosso país, atualmente, é extremamente difícil na minha opinião. Não é novidade para ninguém que a crise que atravessa o nosso país afetou, e de que maneira, a maioria dos clubes em Portugal.

4. Quais são as expectativas coletivas e individuais para este fim de época? Acha que o Sporting Clube da Covilhã tem argumentos para subir à Primeira Liga Portuguesa?

Obviamente que as expectativas, relativamente à subida, são bastante altas. Apesar de nós acreditarmos sempre que era possível, ninguém apontava o SC Covilhã à subida, agora nesta reta final encontramos-nos na luta, e com toda a legitimidade, acreditamos que é possível alcançar esse feito. Individualmente o meu único pensamento de momento é fazer de tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a equipa e o clube a alcançar os objetivos.

5. Como caracteriza o seu treinador Francisco Chaló?

O técnico Francisco Chaló, na minha opinião, é um treinador muito competente e profissional, um aficionado pelo treino com bons métodos de trabalho, persistente, exigente, acessível e compreensivo, facilmente moraliza o grupo de trabalho mesmo após as adversidades. Características que fazem dele, assim como a restante equipa técnica, um dos responsáveis pela nossa excelente época.

6. Com 26 anos, ainda não jogou nenhuma vez no 1º escalão português. Continua a sonhar que é possível jogar num clube de primeira divisão?

Tenho a plena convicção que ainda é perfeitamente possível estrear-me na Primeira Liga Portuguesa.

7. Alguma vez pensou em jogar no estrangeiro?

Quando as oportunidades de trabalhar ao mais alto nível no nosso país são cada vez mais diminutas, acaba por surgir, naturalmente a possibilidade de o encontrar no estrangeiro. Será sempre uma opção.

8. Muitas vezes vêm-se pessoas a compara-lo com o Ukra e com o Daniel Candeias, sente-se um jogador idêntico a estes dois?

É para mim um motivo de orgulho ser comparado a jogadores como o Ukra e o Candeias com imensa qualidade. Para além disso são jogadores da minha geração com quem já tive a oportunidade de trabalhar e conviver. Sinto que todos nós somos diferentes mas que possamos ter algumas características em comum, consequência de sermos todos extremos talvez.

9. Nesta época defrontou o Benfica na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Você foi a figura principal do Sporting da Covilhã, ao fazer um golo aos 9 minutos e ainda assistiu Erivelto aos 43 minutos. Como se sentiu no final do jogo sabendo que conseguiu fazer uma bela exibição frente a um grande português?

O jogo desta época com o Benfica a contar para a Taça de Portugal foi, sem dúvida, um marco na minha carreira, não só pela exibição que consegui arrancar mas também por tudo aquilo que representou para mim. No final do jogo foi um sentimento agridoce, isto porque estivemos perto de conseguir ganhar o jogo e passar a eliminatória mas obviamente que me senti muito bem pela boa exibição.

10. Como reagiu ao ouvir os elogios de Rui Costa no final do jogo contra o Benfica?

Fiquei bastante surpreendido, e posso confirmar, ouvir os elogios de Rui Costa, uma das principais referências do nosso futebol, é verdadeiramente gratificante.




"FLASH INTERVIEW" A RICARDO BATISTA


Ups, mete gelo





1. Quando e como é que descobriu que queria ser guarda-redes?

Ao princípio quando era mais miúdo, jogava a guarda-redes porque naquele tempo os mais novos lá no bairro é que iam para a baliza. Eu não gostava de ser guarda-redes mas os meus colegas diziam que eu tinha jeito e no futuro poderia ser um bom guarda-redes. Tanto insistiram e incentivaram que aos 7 ou 8 anos já era guarda-redes.

2. Tem alguém como referência no futebol? Para si quem é o melhor guarda-redes de todos os tempos?

Sem dúvida o Van der Saar. Desde miúdo que ele foi uma referência para mim, e felizmente tive a sorte e o privilégio de trabalhar com ele. 

3. Ao longo dos anos nunca tem mantido o mesmo número da camisola. Existe alguma razão para esta rotação de escolha nos números?

Em certos clubes, a escolha era tomada pelos roupeiros e também quando era mais novo não tinha “estatuto” de escolha. Esta época escolhi o número 33 porque é a idade de Cristo.

4. Consegue descrever o que é para si ser guarda-redes? 

É uma pergunta difícil. Ser guarda-redes é uma coisa que nasce connosco. Não é uma posição fácil, temos de ter carinho pelo que fazemos. 
Resumindo numa palavra ser guarda-redes é ser corajoso!

5. Qual foi a sensação de jogar no primeiro escalão do futebol inglês? 

Foi uma sensação extraordinária derivada à competitividade do campeonato e aos adeptos que são fantásticos. É sem dúvida um sonho de qualquer jovem. 
Também foi uma experiência fantástica porque apanhei vários jogadores de alto nível como o Andy Cole, Luís Boa Morte, Radzinski, Henry, entre outros.

6. Passado cerca de 10 anos voltou ao Vitória de Setúbal, clube onde foi júnior. Qual é a sensação de voltar ao seu clube de berço passado tanto tempo? 

É difícil descrever a sensação, mas sem dúvida que é um sentimento especial. Foi no Vitória de Setúbal que fui “criado”, sai daqui e fui para o Fulham, e não tive a oportunidade de jogar nos séniores no campeonato, apenas em torneios.
E como adepto do Vitória de Setúbal voltar a este enorme clube foi um sonho! Está a ser uma sensação única!

7. Foi internacional das camadas mais jovens de Portugal. Aos 28 anos, ainda sonha com a Seleção principal? 

Sim, tenho sempre esse sonho. Acredito que ao trabalhar todos os dias e se as coisas correrem bem no clube isso possa acontecer. Tudo nesta vida é possível! 

8. Qual foi o avançado que mais dores de cabeça lhe deu? 

Já apanhei vários avançados de grande qualidade. Lima, Cardozo, Drogba são alguns que tive oportunidade de defrontar… Talvez o Lima ou o Cardozo foram os que mais golos me marcaram. 

9. Pratica ou praticou algum desporto para além do futebol?

Ping pong, fui campeão em desporto escolar.

10. Quer deixar alguma mensagem para os jovens guarda-redes?

Se gostam de ser guarda-redes não desistam! É preciso muita força porque esta posição é ingrata e difícil. Nos jogos só pode jogar um por isso trabalhem imenso e ajudem-se uns aos outros, só assim é que podem tornar-se mais fortes. Boa sorte para todos! 




"FLASH INTERVIEW" A HUGO VENTOSA

Ups, mete gelo



1. Sempre sonhou ser defesa ou tentou mais posições?

Fiz a minha formação toda ou quase toda a defesa central, no entanto fiz outras posições como por exemplo defesa direito e médio defensivo, nem todos os jogadores podem ser avançados e extremos pois não têm essas características. Tive de me adaptar a uma posição de acordo com as minhas características, mas jogo onde o treinador precisar de mim.

2. Como defesa qual foi o avançado que lhe deu mais trabalho?

Esta pergunta é um pouco difícil pois não tenho uma resposta concreta, no futebol não jogamos sozinhos e a partir do momento que temos uma oposição é sempre difícil, apenas temos de estar concentrados para dar e fazer o nosso melhor. Posso acrescentar que já apanhei pela frente grandes atletas e alguns muito conhecidos como por exemplo o Hulk ou o Cristian Rodriguez ambos ex. jogadores do Porto.

3. Tem algum jogador como referência?

Tenho dois jogadores como referência, se for em termos de posição a minha referência é o Dani Alves, em termos de trabalho, dedicação a minha referência é sem dúvida o Cristiano Ronaldo devido ao que as pessoas falam e comentam.

4. Foi júnior no Estrela da Amadora durante duas épocas (2006/07 e 2007/08), como reagiu ao ver o seu antigo clube a ser extinto em 2011?

É complicado pois a minha passagem pelo Estrela foi um pouco marcante, aprendi muito e evolui muito, visto que eu era júnior e treinava sempre com os seniores, era um clube pelo qual tinha um carinho muito grande. Mas no futebol infelizmente acontecem coisas destas.

5. Quais são as principais dificuldades de jogar na II Liga Portuguesa?

Na Segunda Liga temos de estar atentos, concentrados e desconfiar sempre, pois nesta Liga qualquer erro, qualquer falha está lá dentro existe uma enorme eficácia, temos de errar o menos possível para defender a nossa baliza.

6. Como tem sido trabalhar com Abel Xavier? Visto que jogaram na mesma posição, tem aprendido muito com o seu treinador?

Trabalhar com o Mister Abel Xavier tem sido muito bom, visto que ele já esteve do nosso lado, sabe perfeitamente o que é ser jogador e sabe o que nos precisamos. Com o Mister Abel Xavier tenho melhorado alguns aspetos táticos e posicionais, tenho também melhorado em termos de decisão e velocidade de execução.

7. Que expectativas tem para esta época?

Para esta época quero rapidamente assegurar a manutenção e tentar fazer o melhor para pudermos ficar o mais perto possível dos lugares cimeiros, em termos "pessoais" quero fazer o maior número de jogos e ajudar o Farense com os seus objetivos.

8. Quem é o seu maior apoio no futebol?

No futebol os meus maiores apoios são os meus pais, o meu irmão, a minha namorada e o meu agente Bruno Carvalho que está sempre do meu lado. No final quero vos agradecer por me darem a possibilidade de fazer esta entrevista, espero que tenham muito sucesso. Um agradecimento muito grande à minha família, a Team of Future, aos incansáveis adeptos do Farense e à minha namorada.

9. Qual é o seu clube de coração?

O meu clube de coração é o Sporting. Passo a explicar, quando era miúdo era do Benfica pois o meu pai era benfiquista e incutia esse espírito em mim, mas fui muito cedo para o Sporting e vivi de perto aquele clube, rapidamente mudei.

10.  O que menos gosta no futebol?


O que menos gosto no futebol é de perder sem dúvida, acho que ninguém gosta.




Ups, mete gelo


1. Sempre sonhou em ser jornalista desportivo?

Sim. Ser jornalista foi um sonho concretizado. Já lá vão quase 24 anos de uma grande aventura. Faço o que gosto e todos os dias me sinto um privilegiado. Especializei-me em desporto porque é uma área que adoro, principalmente futebol.

2. Nos tempos que correm as pessoas ainda gostam de ouvir relatos na rádio. E a verdade é que o futebol vivido através da rádio é diferente, as pessoas vibram mais. O que há de mágico nesta relação entre a rádio e o futebol? 

A rádio não morre e o relato na rádio é sempre mais intenso e descritivo do que a narração em televisão. A magia é essa, mas só quando não existem exageros no entusiasmo. Não se deve substituir a realidade e exatidão do jogo por cantorias ou histerismo. Continua a haver gente que vê o jogo na tv e prefere ouvir o relato na rádio, embora existam, hoje em dia, excelentes narradores, nomeadamente na Sport TV.

3. Até agora quais foram os estádios que o fascinaram? E qual gostava de conhecer?

Ter estado em La Bombonera, Maracanã e Old Trafford foi marcante para mim. O ambiente do Estádio do Boca Juniors é inigualável. Já estive em vários Estádios de futebol na Argentina e Brasil e adoro a forma como os sul-americanos vivem a modalidade, apesar de alguns excessos.

Na Europa, já conheci grandes estádios. Faltam-me o Santiago Bernabéu, Camp Nou e Anfield Road para fechar o ciclo de grandes Estádios do velho continente.

4. O que menos gosta no futebol?

O que menos gosto no futebol são os interesses que se movem em redor da modalidade. O futebol é puro, o jogador é puro, os dirigentes e alguns árbitros não o são.

5. Como descreve o futebol português?

O futebol português é da segunda divisão da Europa. E se olharmos para a presença de público, então estamos pior ainda, comparando com outras Ligas. A maioria das equipas da Primeira Liga Portuguesa são muito fracas. O nível tem baixado de ano para ano. A forma como os grandes clubes são beneficiados em prejuízo dos pequenos é o grande problema do futebol português. Não proteger quem tem mais dificuldades é quase criminoso. Os “grandes” são levados ao colo.

6. A FIFA proibiu a participação de investidores em direitos económicos de atletas. Que consequências esta medida pode trazer para o campeonato português?
É uma medida correcta que tenta combater os tais interesses extra-futebol que eu falava.

7. Para si qual é a surpresa e a desilusão desta edição da Liga Nos 2014/15? 

Não vejo grandes surpresas na edição deste ano na Liga NOS. Talvez o bom campeonato protagonizado pelo Belenenses seja a maior. De resto, tudo normal, infelizmente.
Um campeonato onde os candidatos ao título são sempre os mesmos. Onde os candidatos à Europa são sempre os mesmos. A Liga Portuguesa é demasiado previsível e pouco competitiva.

8. Benfica, Porto ou Sporting. Quem reúne mais condições para ser campeão esta época? 

Não tenho dúvidas de que o Benfica vai ser campeão.

9. O que faltou à seleção portuguesa para ir mais além no Mundial 2014 no Brasil?

Faltou alguma ambição e sorte, porque os principais jogadores da selecção portuguesa estavam extremamente desgastados por uma época longa e intensa. A liderança era boa, o ambiente também.

10. Para si qual é o melhor onze português de sempre?

Vítor Baía, João Pinto, Humberto Coelho, Ricardo Carvalho. Paulo Sousa, Rui Costa, João Vieira Pinto, Eusébio, Cristiano Ronaldo, Figo e Manuel Fernandes.





Ups, mete gelo





1. De onde vem a alcunha "Tarantini"? 

Tarantini foi-me dado pelo meu treinador Virgílio Martins enquanto treinador da equipa Júnior do Sporting  clube da Covilhã e adjunto de João cavaleiro na equipa principal.  Ele dizia que era muito parecido com Alberto Tarantini, defesa esquerdo da seleção argentina campeão do mundo em 1978. De fato foi uma alcunha, no meio de tantas outras que já tinha antes e durante a universidade, que perdura até hoje e acho que nunca mais vai sair. Hoje em dia apenas os meus pais e irmãs me chamam Ricardo.

2. Por norma, aqueles que despontam cedo no futebol ao mais alto nível, acabam por abdicar dos estudos, como foi possível conciliar uma Licenciatura com futebol profissional? 

Não foi nada fácil. Consegui porque tinha uma enorme vontade. É necessário trabalhar seguir ser bom nas duas coisas. A partir do meu segundo ano de Universidade, tive que abdicar de muita coisa. Não é fácil um miúdo com 18 anos, a viver pela primeira vez longe dos pais e ter o poder de escolher que possa ter tido as melhores opções, entre quais a opção de sair à noite ou ir às aulas. A vontade juntamente com os valores que os meus pais me passaram tornaram a escolha dos caminhos de um modo mais fácil.   

3. Qual foi a derrota que mais te marcou? 

A final da Taça de Portugal vai ficar marcada para o resto da minha vida. É inesquecível chegar a uma final da TP por um clube “pequeno” como o Rio Ave, mas depois de lá estar toda a gente só pensa em vencer e isso esteve muito perto.


4. E vitória? Qual é a vitória que nunca irás esquecer? 

A vitória que deu a passagem à fase de grupos da Liga Europa contra o Elsfborg. Penso que foi um jogo que qualquer português que estivesse a ver não ficou indiferente ao que se passou. O golo do Esmael ao minuto 92 tirou do sofá qualquer um independentemente do seu clube do coração. 

5. Acompanha a carreira do seu ex-treinador Nuno Espírito Santo? 

Obviamente que sim. Não só exclusivamente do NES mas também do Rui Silva, Ian Cathro, António Dias e Luís Pinto. Do modo como encaram o trabalho o futuro deles é grandioso.

6. Fez toda a carreira em Portugal, nunca se sentiu tentado em jogar no estrangeiro? 

Já tive, pelo menos uma vez, tentado em ir jogar no estrangeiro, no entanto as coisas não se proporcionaram naquela altura. Talvez este ano seja a altura ideal para rumar a outro desafio. Sinto que fiz o máximo por este clube.


7. Que camisola sonhava vestir quando era criança ? 

Se sonhava, deixei de sonhar quando compreendi o que é o futebol profissional e os clubes, principalmente os grandes.

8. Quais são as suas expectativas para o Rio Ave, nesta época? 

Ganhar a Taça de Portugal e conseguir assegurar uma nova presença na Liga Europa. No campeonato ficar nos 8 primeiros lugares.


9. Como capitão do Rio Ave, como é lidar com os jogadores mais jovens do clube? 

Irei responder a esta pergunta em dois pontos:
1º a relação com os jogadores que vão treinar com a equipa sénior - O futebol mudou muito desde a altura em que, como eles, entrei pela primeira vez num balneário de equipa profissional. Olho para trás e lembro-me da importância que o respeito e o trabalho têm em conseguir ganhar o espaço num grupo. Hoje em dia alguns valores foram-se perdendo, dai que inicialmente tento conhecer um pouco de cada um (atitudes que vão tendo,…), e ajudar aqueles que parecem merecer. Não tenho qualquer interesse em tornar fácil a relação, eles tem de a merecer.
2º a relação com os mais novos, que jogam na formação do clube -  O crescimento do Rio Ave, fez com que os mais novos olhem para nós e se revejam no futuro, situação que há uns anos não acontecia. Sinto que sou um “role model”, quer para eles quer para os pais. 

10. Algum conselho para os jovens que querem conciliar o estudo com o desporto?

O maior conselho que posso dar vem do coração, vem da vontade que cada um quer dar à sua vida. Já disse em muitas entrevistas que o futebol poderá tornar-se numa ilusão, acho que toda a gente tem o direito de sonhar em chegar lá em cima, mas ao mesmo tempo que construa um plano B na sua vida, que ocupe o demasiado tempo livre que tem em fazer outras coisas úteis, como por exemplo estudar. Conciliar o estudo com o desporto não é só planear o futuro, é criar bases também no crescimento como pessoa e úteis em quem quer ser jogador profissional de futebol, tais como: método, escolha, persistência, trabalho, compromisso,…  




"FLASH INTERVIEW" A BRUNO MIGUEL










1. Foi no Sanjoanense que deu os primeiros passos como futebolista. Ainda se lembra da estreia como sénior?




Sim, foi na Sanjoanense que dei os primeiros passos como futebolista, tendo iniciado com 9 anos de idade. curiosamente ainda me lembro desse 1º treino, pois fui preparado com equipamento de guarda redes porque era a posição que mais gostava , no entanto antes de me equipar eu e a minha mãe tivemos uma mini reunião com o responsável da formação em que me diz que sou um pouco baixo para guarda redes . Num espaço de minutos mudo de opinião e deixo o equipamento de GR no saco e equipo-me normal. Nesse mesmo treino que servia de captação para mim eu faço dois golos . No final desse mesmo treino o responsável pela formação pede para falar com a minha mãe para eu ser inscrito. E foi assim que tudo começou. A minha estreia foi em Viseu em 2001, sendo lançado pelo técnico Henrique Nunes já no decorrer da 2 parte.






2. Muitos falam que o Varzim é uma família. Você teve a oportunidade de lá jogar, o que o mais marcou neste clube?



Varzim é e será sempre um histórico no futebol Português. O Varzim foi um clube que me marcou imenso por diversas razões. Posso afirmar que aquele clube tem uma mística especial. as pessoas da cidade vivem intensamente o Varzim mesmo com as dificuldades que o clube tem passado, os adeptos são uma grande força que escondem algumas fragilidades financeiras na qual tem passado nos últimos anos incluindo os meus dois anos que lá passei e fui muito feliz. Desde já aproveito esta oportunidade que me deram para desejar boa sorte ao Varzim e que consigam a subida de divisão.



3. Esteve 4 épocas no União de Leiria. O que sentiu ao ver a sua antiga equipa a ser despromovida por problemas financeiros? Quando jogou em Leiria teve algum tipo de problema?



Infelizmente isso aconteceu e pelas piores razões. Fui acompanhando A UNIÃO DE LEIRIA e desde cedo o efeito bola de neve fez se notar e o inevitável aconteceu mesmo . Não tive qualquer problema em Leiria.



4. Em 2003/2004 esteve no Porto B, chegou a privar com o presidente Pinto da Costa? Como o caracteriza? 



Sim . Foi uma conversa curta na qual me desejou boa sorte. Considero PINTO DA COSTA um presidente Especial, porque é uma pessoa inteligente , ambicioso e determinado.



5. Na época 2013/14 foi expulso contra o Slovan Liberec num espaço de 20 minutos. Como é que viveu o resto do jogo?



É verdade. Sou um jogador que raramente é expulso, mas nesse jogo aconteceu o que deixei a equipa fragilidade e ficando de fora a ver senti-me triste.



6. 8 jogos 4 golos, enorme marca para um defesa. Considera-se um defesa goleador? Como se caracteriza?



Esta época tenho jogado menos no entanto tenho tido a sorte de fazer alguns golos quando fui chamado. Não me considero um defesa goleador mas sem duvida ir a área contraria em lances de bola parado dá-me um certo gozo . Gosto de ser um jogador agressivo dentro dos limites gosto de fazer passes longos e devido a minha estatura tenho facilidade no jogo aéreo.



7. É pouco normal ver um defesa a bisar a baliza num jogo. Mas contra o Nacional, na jornada 4 desta época, você marcou dois golos e foi o herói da partida ao dar a vitória ao Estoril. Qual é a sensação de ser o homem do jogo?



Na minha opinião penso que todos temos o direito de errar:) Esta época já aconteceu por 2 vezes , mas esta ultima vez não valeu de nada pois perdemos por 3:2 e fomos eliminados da taça da liga. Agora contra o Nacional foi bem diferente porque foi a nossa 1 vitoria e o meu 1 jogo da temporada. Quando se marca e se ganha com um golo nosso seria hipócrita em não dizer que o sentimento é mais especial.



8. Acha que temos jovens defesas com qualidade suficiente para chegar ao topo Mundial?



Sou defensor de apostar na formação e infelizmente os clubes só o estão a fazer quase por obrigação devido aos problemas financeiros, porque nós não valorizamos o que é nosso. Mas não vou adiantar mais a esse respeito pois é bastante complexo e posso dizer coisas que muitos não gostem de ler. Devido a essa situação penso que vão surgir novas promessas anualmente. Já temos alguns bons exemplos mas iram surgir mais , assim lhes sejam dada essa oportunidade de jogar!



9. Para além de Portugal, também jogou na Roménia. Há alguma liga que gostava de experimentar antes de finalizar a carreira?



Muito sinceramente o meu sonho de um dia jogar em Inglaterra vai cair por terra, mas estou feliz aqui ,onde sou bem tratado, acarinhado e respeitado por todos , desde os meus colegas ,administração e adeptos . E quando assim é não há dinheiro que pague isso.



10. Até agora quem lhe deu mais prazer de fazer dupla na defesa?



Não poderei responder a essa pergunta pois destacar um nome seria injusto , a vários bons jogadores e profissionais com quem joguei e jogo atualmente. 



















1. Como é ser sobrinho de Carlos Alhinho?


Infelizmente não tive oportunidade de conhecer pessoalmente o meu tio Carlos Alhinho, por isso até hoje o facto de ser seu sobrinho não influenciou assim tanto. Mas agora em Portugal e ao jogar na Segunda liga abordam-me várias vezes devido a esse assunto.

2. Qual é o seu clube de coração?

Essa é fácil responder …. Benfica.

3. Com 23 anos, foi fácil aceitar o projecto do Sliema Wanderers (Malta)?

Todos os jogadores ambicionam mais nas suas carreiras, e sair de Portugal para representar o Sliema Wanderes (Malta) foi um passo enorme, um passo difícil de dar e só graças ao apoio incondicional dos meus pais e dos meus irmãos arrisquei.
Mas não, nunca é fácil sair da nossa zona de conforto.

4. Quais foram as dificuldades de adaptação em Malta?

Inglês my friend, english … o facto de não saber falar inglês prejudicou-me bastante na minha adaptação. Sem dúvida que a grande dificuldade foi a Língua.

5. Como é que o povo Maltês vive o futebol?

Uma surpresa para mim ao início e digo isto porque Malta é uma ilha com apenas cerca de meio milhão de habitantes. Os Malteses são fanáticos por futebol, não só pelo futebol maltês, mas também pelo futebol Inglês e Italiano. Embora o pais seja muito pequeno, diria mesmo que vivem o futebol como os ingleses.

6. Qual foi a sensação de jogar no clube do país onde nasceu?

Voltar a Angola, ás minhas origens, foi sempre um objetivo e um desejo, o futebol deu-me essa possibilidade, foi o realizar de um sonho confesso.

7. Porquê voltar ao futebol português? 


As coisas em Angola não correram como eu esperava, estava a prejudicar não só a minha carreira, como também a minha vida pessoal de forma que voltar para Portugal foi uma escapatória.
Recebi um proposta para jogar na segunda liga, um contrato que me dava a estabilidade que não tive em dois anos em Angola, e uma oportunidade de poder evoluir e dar um passo em frente na carreira... Estou feliz com a minha decisão.

8. Esta época na Jornada 13 defrontou o Tondela e marcou os dois golos da sua equipa mas apesar desse feito perderam por 4-2. Como se vive o final do jogo ao saber que marcou os dois golos da sua equipa mas mesmo assim não conseguiu ganhar o jogo? 

O jogo contra o Tondela foi sem dúvida um dos jogos mais marcantes desta época, fiz dois golos importantes que nos deram a igualdade do marcador por duas vezes, mas na segunda parte mesmo estando por cima do jogo, acabámos por sofrer mais dois, o que nos levou à derrota e a uma pequena tristeza, pois mesmo tendo marcado dois golos não foi suficiente para ganhar os 3 pontos.

9. Qual foi o jogador que lhe deu mais prazer de jogar na mesma equipa?

Joguei com vários, muitos com um curriculum invejável, como Bruno Aguiar, Carlos Saleiro, entre outros que já jogaram no campeonato inglês, mas sem dúvida que o jogador que me deu mais prazer jogar na mesma equipa está a ser o Tiago Mota, número 7 do S.O.L.

10. Se tivesse de escolher entre a seleção portuguesa e a angolana qual escolhia?

Representar a seleção Portuguesa é mais vantajoso e dá uma visibilidade e um estatuto maior que a Seleção Angolana ainda não pode dar. Mas sendo realista, e devido ao facto de já ter 26 anos, sei que trabalhando bem e com sorte a seleção Angolana é um sonho que pode ser alcançado.























1. Poulson é um nome pouco habitual em Portugal, sabe qual é a origem do seu apelido?


Boa tarde , antes demais agradeço a oportunidade para partilhar um pouco da minha vida futebolista com vocês ! Sim é verdade é um nome pouco habitual . herdei o nome de o meu tetra-avô que era Holandês !

2. Fez formação nos escalões mais jovens do Boavista, como recorda os tempos de formação nos “axadrezados”? 

Passei a minha adolescência no Bessa , foram bons tempos , conheci o meu núcleo duro de amigos , e adquiri uma mentalidade vencedora , porque éramos melhores e jogávamos sempre para ganhar , guardo mágoa de nunca ter sido campeão nacional , faltou sempre um bocadinho .

3. Na temporada 2011/12 representou o Varzim, marcou 10 golos, perdeu apenas 2 vezes para a Liga e conquistou o título de campeão. Foi a sua época de sonho? 

Foi o meu melhor ano como profissional , tive a oportunidade de representar um dos melhores clubes portugueses , éramos uma família , foi um bocadinho complicado pela questão financeira , mas só quem joga no Varzim sabe o significado que tem vestir aquela camisola . Hoje posso dizer que me assumo como um Varzinista .

4. É natural de Paredes, como foi jogar no clube da sua terra? 

Foi a minha terceira época como sénior , foi o cumprir de um sonho de menino , curiosamente foi onde comecei a jogar como avançado , éramos uma equipa de miúdos da terra , mas com muita qualidade , não subimos de divisão por 1 ponto ! Mas redescobri a alegria de jogar futebol que tinha perdido na época anterior.

5. No Desportivo das Aves foi colega de Quim, como foi jogar ao lado de um dos grandes guarda-redes do futebol português? 

Foi mais um dos grandes jogadores com quem tive a oportunidade de privar , é um grande profissional mas acima de tudo é uma excelente pessoa ! É das coisas que ficam para um dia poder contar aos meus netos .

6. O que mais gostava no Paulo Fonseca? E o que menos gostava?

Ao mister P.F. só tenho apontar coisas boas , foi o grande responsável da minha ida para Paços , com ele comecei a ver o jogo de forma diferente , posso dizer que aprendi como um avançado se deve movimentar , cresci muito e só lhe posso agradecer por tudo que fez por mim . Não joguei muito e até poderia guardar alguma mágoa , mas a realidade é que se hoje sou melhor jogador devo em grande parte ao mister Fonseca. É um dos melhores treinadores portugueses e as estatísticas falam por si .

7. Na época 2013/14 estava emprestado pelo Paços de Ferreira ao Desportivo das Aves.
Curiosamente defrontou e derrotou os "castores" nos Oitavos-de-Final da Taça de Portugal. Qual foi a sensação de ser o herói do jogo marcando 2 golos à sua antiga equipa?


Foi um jogo especial não posso negar , os golos surgiram naturalmente , fiz o meu melhor , estava a defender as cores do aves e a minha função era fazer golos . Não deixei de festejar porque acho que todos os golos devem ser comemorados , o futebol é alegria , divertimento . Devemos sempre desfrutar ao máximo , porque o tempo passa a correr.

8. Como referimos na pergunta anterior foi o herói do jogo contra o Paços de Ferreira. Na altura Henrique Calisto era treinador dos “castores” e no final da partida afirmou: “Jaime Poulson é um jogador fraco“. Como é que se sentiu ao ouvir estas declarações? 

São coisas do futebol , sempre me disseram que ía ter que 'engolir muitos sapos' , fui eu que escolhi esta profissão e tenho que estar preparado para ouvir tudo , o bom e o mau ... Depois só me cabe a mim filtrar o que se diz ! Mas a verdade é que tinha acabado de fazer 2 golos e tinha ajudado a minha equipa a cumprir o objetivo , portanto não quis alimentar polémicas , preferi desfrutar do momento . Acabei por regressar o mister Calisto , não sei quem está a treinar nesta altura . No entanto não o conhecendo , desejo-lhe toda a sorte do mundo .

9. Quais são as principais dificuldades de jogar em Angola? A temperatura e humidade influenciam muito?

A principal dificuldade são mesmo a temperatura e a humidade , vim para um clube onde os adeptos são muito exigentes , espero estar altura das expetativas .

10. Como descreve o futebol angolano? Existem muitas diferenças do futebol português?

O futebol Angolano é um festa , os estádios estão sempre cheios , é um futebol muito técnico , não há o rigor tático do futebol português , as equipas jogam todas para ganhar . O jogador cá tem muito mais liberdade para se exprimir dentro de campo . Acho que toda a gente deveria acompanhar pela TPA . Um abraço e mais uma vez obrigado pela oportunidade .






















1. Sempre jogou a médio ou chegou a experimentar mais posições? 

Eu comecei a jogar como médio centro ainda muito jovem, mas com 11 anos cresci bastante fisicamente então colocaram me mais á frente no terreno, já na formação do porto. Quase sempre num sistema de dois ponta de lança, com um miúdo muito rápido chamado Wilson Eduardo, que hoje brilha em palcos importantes. Depois cheguei a jogar como extremo quando jogávamos num sistema de 4.3.3, porque não era muito intenso no meio nas tarefas defensivas. Fui variando sempre até no futebol sénior. Neste momento jogo a avançado num sistema de 4.4.2, e é sem dúvida a posição que me sinto melhor.

2. O número 72 é pouco usual no mundo do futebol, há alguma razão na escolha deste número para a sua camisola? 


Bem, tenho preferência apenas por 3 números e como cheguei já numa fase avançada da época já estavam todos ocupados, e decidi optar por estes dois pela relação que tem com outra coisa que gosto bastante, que é o poker, 7/2 (pior mão do poker) e eu acreditava e continuo a acreditar num opimo ano contra todas as odds.

3. Qual é a diferença entre a formação italiana (Internazionale) e a portuguesa (Porto e Benfica)? 

Os campeonatos lá na formação são mais equilibrados, quem é de Florença quer jogar na Fiorentina, da Sicilia no Catania, em Turim nem todos querem jogar na Juve como também querem jogar no Torino. Aqui em Portugal isso não acontece, os jogadores que se vão destacando dos clubes mais pequenos são sugados pelos clubes grandes, deixando o campeonato monopolizado a três/quatro equipas. Parabéns ao Braga que este ano fez o impensável nos juniores. Mas voltando á questão, aqui é mais fácil jogar e ser superior jogando numa dessas formações, lá não acontece isso, existe mais competitividade, menos resultados desnivelados, é uma formação mais próxima do que acontece no futebol sénior. Não acho que os jogadores italianos sejam melhores que os portugueses na formação, muito pelo contrário, o melhor do mundo é português e a formação em Portugal é sem duvida das mais fortes do mundo se fizermos uma relação de qualidade/população portuguesa. O jogador português é mais técnico, irreverente, lá os aspetos principais recaem na tática e no físico se quisermos generalizar.

4. Como foi trabalhar com Mario Balotelli como colega de equipa? Algum momento cómico que nos possa contar? 

Tenho alguns, era o meu colega de quarto logo, não poderia deixar de ter alguns. Mas relembro sobretudo a desarrumação dele. Quando eu passava uma semana fora e chegava ao quarto parecia que tinha havido uma tempestade ali dentro, e normalmente utilizava a minha cama para deixar a roupa que ia usando nas semanas que não estava! Relembro me de um episódio num jogo em que foi substituído porque estava em risco de exclusão e a jornada seguinte era muito importante, mas mesmo assim do próprio banco conseguiu levar um cartão amarelo, parecia de propósito.

5. O que levou a ir para a Moldávia tão jovem? 

Tive um problema no Atlético na altura, a minha imagem em Portugal não era a melhor e tive a possibilidade de ir jogar para um clube que disputava as competições europeias e lutava para ser campeão nacional, sem contar o especto financeiro claro, que era sem duvida mais interessante do que a realidade que hoje em dia se vive principalmente na segunda liga.

6. Qual é o momento mais marcante que recorda no Sheriff? 

Ter sido campeão, sem dúvida.

7. Depois de uma formação espantosa, uma difícil afirmação a nível sénior com uma qualidade inquestionável, mais tarde os problemas familiares que o fizeram retomar para perto da família, quais são as expectativas para o futuro? 

Espero continuar a ser uma peça importante no Felgueiras e jogar o máximo de tempo possível também para ganhar confiança. Esperar que os esforços que tenho feito nos escalões inferiores possam ser recompensados no futuro, apesar do que muita gente acha, tenho apenas 24 anos. Ter jogado sempre à exceção deste ano nos campeonatos profissionais, ter jogado numa supertaça portuguesa, uma subida de divisão e um campeonato nacional na Moldávia devem ser levados com um bom currículo nesta idade, mas parece que as pessoas teimam em dar mais valor ao que eu não fui do que aquilo que realmente sou. E neste momento o que sinto é que posso ser um jogador importante no Felgueiras, para o ano logo se verá.

8. Qual é a sensação de subir à primeira divisão com Penafiel? 

Foi uma sensação fantástica, das melhores que tive até hoje. Tínhamos um grupo fantástico, eramos muito mais que uma equipa, eramos sem dúvida a equipa mais solidária e amiga que integrei. Todos remavam para o mesmo lado e apesar de várias adversidades conseguimos atingir algo que ninguém esperava que acontecesse.

9. Quais são as maiores dificuldades de jogar no Campeonato Nacional de Seniores?

Alguns campos mal tratados, sem dúvida é a parte pior do CNS, apesar da segunda liga também ter alguns casos semelhantes, não são tão frequentes.

10. Existe alguma coisa que se arrependa de ter feito como jogador? 

Algumas... Se calhar muitas! Mas posso até dar um exemplo prático: na construção da nossa própria casa, só depois de acabarmos o trabalho é que percebemos o que podíamos ter feito diferente. Na altura pensamos que estamos a fazer é o correto e acabamos por perceber mais tarde que devíamos ter ido por um caminho diferente. Falo no sentido de decisões que se mostraram mal tomadas, depois claro que me arrependo de alguns erros de mau comportamento. Mas é um arrependimento natural, nada que não me faça dormir à noite. Sinto que fiz mais coisas boas até agora que más, sinto-me insatisfeito como qualquer futebolista ou desportista







"FLASH INTERVIEW" A JORGE "SILAS"


 — com Jorge Silas.
Ficha do Jogador:
- Parte 1: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/308400156035685/?type=1&theater
- Parte 2: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/308734349335599/?type=1&theater




1. De onde vem a alcunha Silas? 

O nome "Silas" vem de um futebolista brasileiro que atuava no Sporting C. P. na década de 80...talvez nas temporadas de 1987-88; 88-89...nessa altura também jogava nos infantis do Sporting e o tom de pele e em certa parte o jeito parecido de jogar, dando primazia à técnica...acabaram por fazer com que me parecesse a Paulo Silas...que na altura era um grande craque...! Foi uma brincadeira de rua que acabou por ficar.

2. Passado mais de 15 anos, como é voltar ao seu clube de berço?

Na realidade passaram 16 anos, mas eu nunca deixei de acompanhar o Atlético, porque é o clube onde cresci, onde já tinha jogado 9 temporadas e por ser perto da minha casa , visitava sempre que podia...mas regressar a casa é sempre uma sensação agradável...nunca me senti tão bem em mais nenhum clube como me sinto no atlético ...porque CASA É CASA!

3. Ainda se lembra da estreia como sénior?

A minha estreia como sénior num jogo oficial foi na temporada 1996-97 num União de Montemor vs Atlético que ficou 1-1...lembro-me bem que estava no banco e o Mister António Carraça me disse que ía entrar para o lugar do Lima, que era na minha opinião o nosso melhor jogador...foi um orgulho imenso ser opção a um futebolista como ele ...seguramente que os adeptos do Atlético se lembram bem do Lima...porque foi um dos melhores canhotos que passaram pelo Atlético.

4. Que diferenças vê no futebol quando você subiu a sénior perante o futebol de hoje para os jovens que subirão a seniores? 

Acho que hoje em dia os jovens têm tudo muito mais simples e fácil para chegarem às primeiras equipas, primeiro porque a qualidade e a competitividade baixou em relação ao meu tempo de jovem, antes havia jogadores nas divisões inferiores que hoje me dia facilmente seriam figuras nas equipas da 1ª liga...havia também mais dificuldade para os jovens serem aceites no próprio grupo, pois havia um código de conduta muito rígido pelos mais velhos onde os mais jovens nem direito à opinião tinham, nesse aspeto hoje em dia é tudo muito mais democrático. Depois também sinto que há uma procura constante de se procurar uma nova "estrela", muitas vezes de maneira precoce, sem se dar tempo para que o futebolista amadureça e siga o processo evolutivo que deve de seguir...

5. Como foi vestir a camisola da seleção portuguesa?

A camisola da seleção é o auge de qualquer Futebolista...acima disso não há nada...é um orgulho que só se consegue entender depois de se experimentar...é um bocado como ser Pai...pode se imaginar, mas só depois de passarmos pela experiência é que conseguimos perceber que é um orgulho para toda a vida.

6. Se lhe pedisse para descrever o futebol português, como o definiria? 

O Futebol Português precisa de uma profunda reflexão: joga-se demasiado para o resultado sem que nos importe o "produto"...não conseguimos perceber que o importante é o "produto"...como em todos os mercados é preciso não só vender bem o produto, como o produto tem que ter qualidade por si só....em Portugal a maioria dos clubes, presidentes , treinadores e mesmo jogadores só pensam em ganhar a todo o custo , sem pensar em que é importante antes de mais criar ilusão nas pessoas...e as ilusão só se cria com um futebol de qualidade...só assim se vão conseguir atrair pessoas aos estádios ou até mesmo a ficarem em casa a ver na tv...o Produto é o mais importante e há muito pouca gente que já se apercebeu disso...o que é uma pena.

7. Todos sabemos que foi treinado por José Mourinho e Jorge Jesus. Qual foi o treinador que o mais marcou?

Todos os treinadores que tive me marcaram...sem exceção...mas naturalmente que há alguns com quem trabalhamos mais tempo e que nos podem deixar mais ensinamentos...mas Mourinho e Jesus são realmente nomes incontornáveis na minha carreia...mas também o são os muitos treinadores que tive nas camadas jovens que não só me ajudaram na formação futebolística como na formação pessoal...assim que não consigo distinguir nenhum.

8. Quais foram as dificuldades de jogar em clubes estrangeiros? 

As dificuldades que senti nos clubes estrangeiros acabaram por ser boas para mim, sobretudo em Espanha onde o nível de exigência para os estrangeiros é muito grande...senti que tinha que estar sempre ao meu melhor nível e isso fez de mim um futebolista muito competitivo e acompanhou-me sempre durante a minha carreira...acho que isso me ajudou a ultrapassar tudo o resto.

9. Muitos portugueses têm ido para o Chipre nos últimos anos. Quais são as razões? 

A ida de Portugueses para o Chipre deveu-se em parte porque muitos futebolistas portugueses sentirem que não tinham oportunidades no seu País, outra das razões eram os salários mais altos que se pagavam lá desde há uns 10 anos para cá...mas hoje em dia isso está a mudar. Já não se vê tantos portugueses a irem para o Chipre...porque a crise também chegou lá e já não se paga como se pagava e também porque começam a surgir mais oportunidades para os futebolistas portugueses no nosso País...também porque os clubes passam por dificuldades financeiras e tiveram que se virar para o mercado interno, alguma parte positiva esta crise tinha que ter.

10. O que você fará quando parar de jogar futebol? Será treinador?

Ainda não pensei a fundo no que poderei fazer no futuro, mas é muito provável que siga ligado ao Futebol...afinal tenho estado a minha vida toda neste meio, conheço muita gente e na realidade acho muito difícil pensar na minha vida longe deste desporto que tanto me apaixona .


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