sexta-feira, 20 de março de 2015

Entrevista a Ricardo Batista (Vitória de Setúbal)




Ups, mete gelo





1. Quando e como é que descobriu que queria ser guarda-redes?

Ao princípio quando era mais miúdo, jogava a guarda-redes porque naquele tempo os mais novos lá no bairro é que iam para a baliza. Eu não gostava de ser guarda-redes mas os meus colegas diziam que eu tinha jeito e no futuro poderia ser um bom guarda-redes. Tanto insistiram e incentivaram que aos 7 ou 8 anos já era guarda-redes.

2. Tem alguém como referência no futebol? Para si quem é o melhor guarda-redes de todos os tempos?

Sem dúvida o Van der Saar. Desde miúdo que ele foi uma referência para mim, e felizmente tive a sorte e o privilégio de trabalhar com ele. 

3. Ao longo dos anos nunca tem mantido o mesmo número da camisola. Existe alguma razão para esta rotação de escolha nos números?

Em certos clubes, a escolha era tomada pelos roupeiros e também quando era mais novo não tinha “estatuto” de escolha. Esta época escolhi o número 33 porque é a idade de Cristo.

4. Consegue descrever o que é para si ser guarda-redes? 

É uma pergunta difícil. Ser guarda-redes é uma coisa que nasce connosco. Não é uma posição fácil, temos de ter carinho pelo que fazemos. 
Resumindo numa palavra ser guarda-redes é ser corajoso!

5. Qual foi a sensação de jogar no primeiro escalão do futebol inglês? 

Foi uma sensação extraordinária derivada à competitividade do campeonato e aos adeptos que são fantásticos. É sem dúvida um sonho de qualquer jovem. 
Também foi uma experiência fantástica porque apanhei vários jogadores de alto nível como o Andy Cole, Luís Boa Morte, Radzinski, Henry, entre outros.

6. Passado cerca de 10 anos voltou ao Vitória de Setúbal, clube onde foi júnior. Qual é a sensação de voltar ao seu clube de berço passado tanto tempo? 

É difícil descrever a sensação, mas sem dúvida que é um sentimento especial. Foi no Vitória de Setúbal que fui “criado”, sai daqui e fui para o Fulham, e não tive a oportunidade de jogar nos séniores no campeonato, apenas em torneios.
E como adepto do Vitória de Setúbal voltar a este enorme clube foi um sonho! Está a ser uma sensação única!

7. Foi internacional das camadas mais jovens de Portugal. Aos 28 anos, ainda sonha com a Seleção principal? 

Sim, tenho sempre esse sonho. Acredito que ao trabalhar todos os dias e se as coisas correrem bem no clube isso possa acontecer. Tudo nesta vida é possível! 

8. Qual foi o avançado que mais dores de cabeça lhe deu? 

Já apanhei vários avançados de grande qualidade. Lima, Cardozo, Drogba são alguns que tive oportunidade de defrontar… Talvez o Lima ou o Cardozo foram os que mais golos me marcaram. 

9. Pratica ou praticou algum desporto para além do futebol?

Ping pong, fui campeão em desporto escolar.

10. Quer deixar alguma mensagem para os jovens guarda-redes?

Se gostam de ser guarda-redes não desistam! É preciso muita força porque esta posição é ingrata e difícil. Nos jogos só pode jogar um por isso trabalhem imenso e ajudem-se uns aos outros, só assim é que podem tornar-se mais fortes. Boa sorte para todos! 



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