"FLASH INTERVIEW" A PEDRINHO
Ups, mete gelo
1.
Quando começou a dar os primeiros passos no futebol era extremo direito. Como se
deu a sua adaptação a terrenos mais defensivos? E dessas posições, lateral ou
extremo, onde prefere jogar?
A minha adaptação deu-se num famoso jogo para
a Taça de Portugal contra o Benfica ao serviço do Varzim, onde fui adaptado
pelo treinador Diamantino Miranda, o jogo correu muito bem pois vencemos por
2-1. A partir desse momento passei a jogar a defesa direito. Gostava de jogar a
extremo pois é uma posição onde há mais liberdade ofensiva e estamos mais
próximos de marcar golos, apesar disso neste momento gosto mais de jogar a
lateral, pois além de tocar mais vezes na bola, o lateral está quase sempre de
frente para o jogo sendo mais fácil encontrar colegas livres ou progredir.
2. O
seu clube de formação, o Varzim, subiu à 2.ª Liga tendo feito uma campanha
notável e marcando todo o país pelo apoio incondicional dos seus adeptos. Como
se sente ao saber que o Varzim voltou aos campeonatos profissionais? E em
França conseguiu acompanhar a promoção?
Penso que o Varzim é
um clube que faz falta aos campeonatos profissionais, obviamente como ex-atleta
do clube acompanho os resultados e fiquei bastante feliz pela promoção.
3. Ao fim de 4 épocas em França decidiu voltar a jogar na nossa Liga
Portuguesa. O que o fez regressar a Portugal?
Depois de quatro anos fora do país, decidi em
conjunto com a minha família que queríamos regressar a Portugal e em seguida
surgiu a proposta do Rio Ave, que possui uma estrutura e organização excelentes
e continua a evoluir no sentido de dar todas as condições aos jogadores, penso
que os resultados das últimas épocas mostram o quanto o clube cresceu e
cimentou a sua posição na liga. Sinto que estou num clube ambicioso e em
crescimento.
4. Em que aspetos
pensa que evoluiu com esta aventura no estrangeiro?
A experiência no estrangeiro,
fez-me crescer a todos os níveis, tendo contacto com outra cultura e outra
maneira de trabalhar, fez-me evoluir muito a nível pessoal mais propriamente no
seio familiar onde tivemos algumas dificuldade no início, dado que era outra
língua, outros hábitos e não tínhamos amizades fazendo com que passássemos
muito tempo juntos o que por si também se tornou benéfico. No entanto, posso
agora dizer que fizemos algumas amizades que perduram!
5. Quando
esteve ao serviço do Lorient foi colega do jovem em ascensão Raphäel Guerreiro.
Sente que o esquerdino luso-francês tem um futuro promissor pela frente?
Fui colega do Raphäel
e que ele tem um enorme potencial é um facto, já tinha previsto antecipadamente
a sua estreia pela seleção A e continuo a dizer que ele vai chegar a um clube
de topo, agora resta saber quando. Penso que para a posição de defesa esquerdo
a seleção está bem servida.
6.
Acha que o futebol português evoluiu desde que o Pedrinho trocou a Liga
Portuguesa pela Liga Francesa?
Penso que sim e,
veja-se nos últimos anos as finais da Liga Europa tiveram muitas presenças de
clubes portugueses, mostra que se tem trabalhado bem em Portugal, então se
tivermos em conta os orçamentos dos clubes portugueses eu diria que aqui se fazem
autênticos milagres.
7. Quando
partiu para a França estava a tirar um curso na Universidade de Coimbra. Podia
revelar quais são os seus objetivos académicos e se já conseguiu acabar o
curso?
Infelizmente ainda não consegui terminar o
meu curso devido a esta interrupção, penso terminar nos próximos anos, ainda
não sei o que vou fazer quando terminar a carreira de futebolista, mas certo é
querer terminar o curso antes disso, mesmo que não exerça.
8. No dia 21de fevereiro voltará ao estádio Cidade de Coimbra EFAPEL. Anseia
por este regresso a Coimbra?
Claro que sim, vivi
anos fantásticos em Coimbra, é um clube místico que deixa saudades. Estive em
Coimbra há bem pouco tempo (jogo amigável) e anseio por voltar, agora já com
os adeptos da briosa nas bancadas pois sempre fui muito acarinhado.
9.
Neste momento qual é o seu maior desejo como futebolista?
Neste momento estou
focado em ajudar o Rio Ave a ganhar jogos e atingir os seus objetivos, nunca
fui jogador de colocar os interesses pessoais à frente dos coletivos.
10. Por
último, gostávamos de saber como surgiu a alcunha “Pedrinho” e porque é que a
tem mantido?
A alcunha Pedrinho surgiu nas camadas jovens
do Varzim, quando entrei para a formação era muito baixinho e haviam outros
miúdos com o mesmo nome que eu... Assim para diferenciar fiquei Pedrinho, a
partir daí foi difícil de "descolar" e como já era conhecido por esse
nome resolvi manter.
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