Ups, mete gelo
— com João Traquina.Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/332094250332942/?type=1&theater
1. Fez praticamente toda a formação como futebolista na
Académica de Coimbra. Na transição de júnior para sénior foi emprestado ao
Tourizense, e nas 3 épocas seguintes foi novamente emprestado ao Tourizense e
também ao Estoril. Sente-se revoltado por na altura não muitas oportunidades na
equipa principal da Briosa?
Revoltado não. É
verdade que a Académica de Coimbra é o principal clube da minha formação e, não
só por isso, a Briosa ocupa um lugar especial no meu coração, tendo isso em conta
e olhando para o que foi o meu percurso até aqui é natural que surja um
sentimento de frustração e alguma tristeza por não ter conseguido vingar num
clube que representa muito para mim.
2. Relativamente
à última pergunta, quais foram as principais dificuldades que teve ao ser
consecutivamente emprestado?
Não tive dificuldades de maior durante os períodos em que
tive cedido por empréstimo a clubes como o Tourizense e Estoril, felizmente
para mim, tive em ambos, a oportunidade de trabalhar com excelentes
profissionais sempre com ambientes muito bons, proporcionando-me a
possibilidade de evoluir futebolísticamente. A única dificuldade que tive, por
assim dizer, foi a passagem para o futebol sénior. É de facto o principal fator
a que um jovem jogador tem de se adaptar rapidamente para ter sucesso.
3. Em várias épocas jogou na CNS, um jogador neste patamar
consegue ter rendimento suficiente para viver só do futebol?
Acredito
que à alguns anos atrás seria perfeitamente concebível viver do futebol no
terceiro escalão do nosso país, atualmente, é extremamente difícil na minha
opinião. Não é novidade para ninguém que a crise que atravessa o nosso país
afetou, e de que maneira, a maioria dos clubes em Portugal.
4. Quais são as
expectativas coletivas e individuais para este fim de época? Acha que o
Sporting Clube da Covilhã tem argumentos para subir à Primeira Liga Portuguesa?
Obviamente que as expectativas, relativamente
à subida, são bastante altas. Apesar de nós acreditarmos sempre que era
possível, ninguém apontava o SC Covilhã à subida, agora nesta reta final
encontramos-nos na luta, e com toda a legitimidade, acreditamos que é possível
alcançar esse feito. Individualmente o meu único pensamento de momento é fazer
de tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a equipa e o clube a alcançar
os objetivos.
5. Como caracteriza
o seu treinador Francisco Chaló?
O técnico Francisco Chaló, na minha opinião,
é um treinador muito competente e profissional, um aficionado pelo treino com
bons métodos de trabalho, persistente, exigente, acessível e compreensivo,
facilmente moraliza o grupo de trabalho mesmo após as adversidades. Características
que fazem dele, assim como a restante equipa técnica, um dos responsáveis pela
nossa excelente época.
6. Com 26 anos,
ainda não jogou nenhuma vez no 1º escalão português. Continua a sonhar que é
possível jogar num clube de primeira divisão?
Tenho a plena convicção que ainda é
perfeitamente possível estrear-me na Primeira Liga Portuguesa.
7. Alguma vez
pensou em jogar no estrangeiro?
Quando as oportunidades de trabalhar ao mais
alto nível no nosso país são cada vez mais diminutas, acaba por surgir,
naturalmente a possibilidade de o encontrar no estrangeiro. Será sempre uma
opção.
8. Muitas vezes
vêm-se pessoas a compara-lo com o Ukra e com o Daniel Candeias, sente-se um
jogador idêntico a estes dois?
É para mim um motivo de orgulho ser comparado a jogadores como o Ukra
e o Candeias com imensa qualidade. Para além disso são jogadores da minha
geração com quem já tive a oportunidade de trabalhar e conviver. Sinto que
todos nós somos diferentes mas que possamos ter algumas características em
comum, consequência de sermos todos extremos talvez.
9. Nesta época defrontou o Benfica na 3ª eliminatória da Taça
de Portugal. Você foi a figura principal do Sporting da Covilhã, ao fazer um
golo aos 9 minutos e ainda assistiu Erivelto aos 43 minutos. Como se sentiu no
final do jogo sabendo que conseguiu fazer uma bela exibição frente a um grande
português?
O jogo desta época com o Benfica a contar
para a Taça de Portugal foi, sem dúvida, um marco na minha carreira, não só
pela exibição que consegui arrancar mas também por tudo aquilo que representou
para mim. No final do jogo foi um sentimento agridoce, isto porque estivemos
perto de conseguir ganhar o jogo e passar a eliminatória mas obviamente que me
senti muito bem pela boa exibição.
10. Como reagiu ao
ouvir os elogios de Rui Costa no final do jogo contra o Benfica?
Fiquei
bastante surpreendido, e posso confirmar, ouvir os elogios de Rui Costa, uma
das principais referências do nosso futebol, é verdadeiramente gratificante.
Sem comentários:
Enviar um comentário