sábado, 25 de julho de 2015

Carlos Canedo (Águias de Moradal)

"FLASH INTERVIEW" A CARLOS CANEDO


Ups, mete gelo




— com Carlos Canedo

Ficha do Jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/393293257546374/?type=1&theater



1. Quais considera serem as suas principais características dentro de campo?

- Bem, considero-me um líder dentro do campo, um jogador agressivo, veloz. E a cima de tudo com grande espírito de entrega e de sacrifício. Nunca viro a cara à luta e para mim o jogo só acaba quando a árbitro apita, até lá, acredito que possa acontecer sempre algo de novo no jogo.

2. Como descreve a sua época ao serviço do Fulham?

- Não gosto de abordar muito esse assunto, pois foi uma face complicada na minha carreira. O Estrela da Amadora tinha acabado, foram 8 anos a representar essas cores e nessa altura, quando o clube acabou, estive para desistir do futebol. Mas entretanto apareceu uma pessoa na minha vida, o Mister Nuno Ferreira, que actualmente será o treinador do futebol feminino do CAC, que já me conhecia por ser observador do Sport Lisboa e Benfica e na altura abordou-me para assinar pelo Benfica.
Após isso, o Mister Nuno ligou-me para representar o Tenente Valdez já com a promessa de poder ingressar a Inglaterra, ainda não se sabia era o clube. Ao fim de 6 meses de falarmos e convivermos esse mesmo tempo no clube, surgiu a oportunidade de ir para Inglaterra para o Fulham. Foi difícil, pois ainda era muito novo e fui sozinho, sem família ou amigos para que me pode-se sentir em casa e de certa forma me aconselharem e ser um apoio incondicional nessa face. Sem dúvida que foi uma experiência marcante na minha carreira/vida. Não a posso considerar positiva, porque de certo modo falhei com quem apostou em mim. 

3. Teve a oportunidade de treinar ao lado de Ludovic Giuly, no MDA Chasselay. Como é que surgiu esta oportunidade e como a descreve?

- Sim tive a oportunidade de treinar ao lado de uma estrela do Futebol, que já representou grandes clubes a nível mundial, como por exemplo o Barcelona, Mónaco entre outros.
Esta oportunidade surgiu, por intermédio de um familiar da minha mulher que é empresário industrial em França. Contactei-o ainda faltava um mês para acabar o campeonato na Pró-Nacional e enviei-lhe os meus dados, sempre o básico, o C.V e um vídeo. 
Então ele foi ao MDA, mostrou os meus dados e as pessoas ficaram interessadas e foi dai que surgiu a oportunidade de voar até França e ficar um mês a experiência. Senti naquela altura que iria ser a minha última oportunidade de poder vingar no mundo da bola, mas há leis que nós não podemos controlar.
Foi indiscutivelmente uma oportunidade única, boa, incrível e bastante positiva. Desde o primeiro treino, o treinador Tosic e o director desportivo, pai do Ludovic Giuly, mostraram interesse em ficarem comigo no clube para a próxima época, mas nunca esquecendo que se avizinhava um processo de negociações complicado. Não sou nem serei o primeiro nem ultimo nesta situação, ao ser preso pelos direitos de formação. Tirando tudo isso, deixei uma porta aberta e quiçá no futuro próximo, já sendo um jogador livre desses direitos voltar.

4. Quais foram as maiores dificuldades que já enfrentou durante o início da sua carreira futebolística?

- Não me posso queixar muito a esse ponto, sempre fui bem acompanhado pelos meus pais. Comecei com 7 anos no Sporting Clube de Portugal, ainda treinávamos no Sporting da Torre na altura. Cheguei até Infantil, onde já treinávamos no Pina-Manique e ai, já foi mais complicado, pois não me consegui afirmar e acabei nessa altura por ser dispensado. 
Ao longo da minha carreira tive a oportunidade de conhecer vários jogadores e várias histórias, comparadas com a minha, posso afirmar ser sempre bem acompanhado a nível familiar.
A maior dificuldade que senti foi este ano, pois por vezes damos grandes tiros no escuro, fiz durante 6 meses 4 vezes por semana 120km para me deslocar a Torres Vedras. Foi extremamente cansativo, desgastante e doloroso, mas nunca falhei um treino e não há ninguém que me possa apontar o dedo.
Esta situação assim foi por falta de apoio por parte de quem dizia me querer ajudar, nada haver com o clube. A esses, Coutada, só tenho a agradecer, já que entrei neste assunto, queria individualizar a claque dos Zebras da Coutada por todo o carinho e apoio prestada a mim desde o início. Eles sim são a força deste clube.
Desde que voltei de França, sensivelmente há 1 mês, procurei clube, tendo algumas sondagens, mas nada daquilo que eu ambicionava para esta época.
Um agradecimento a todas as pessoas que me tentaram ajudar ao longo deste período em que me sentia as cegas.

5. Enquanto não conseguiu arranjar clube, como se preparava a nível físico para não perder a forma?

- Sou um atleta que amo a 100% aquilo que faço, portanto para mim o treino não é só dentro das 4 linhas, passa também por uma preparação física fora delas.
Faço todos os dias ginásio, e de vez em quando a famosa "peladinha", com os amigos.

6. Acabou de assinar pelo Águias de Moradal, quais são os principais objetivos a nível pessoal e coletivo para a próxima época?

- É verdade, acabei de assinar pelo Águias de Moradal, estou muito feliz, pois era o meu objectivo estar no CNS este ano e consegui-o, mas quero frisar que não foi sozinho. Aqui não posso mesmo esquecer de agradecer ao meu companheiro João Oliveira, David Masside, Wilson Teixeira e não menos ou mais importante que os outros Sandro Geovetti pela orientação que me deu e pelo tempo que perdeu com a minha situação.
Os objectivos a nível pessoal é poder ajudar o clube, seja dentro ou fora de campo, é poder-me afirmar no Campeonato Nacional de Séniores.
Já a nível colectivo, é praticamente o mesmo. deixarmos o Águias de Moradal nesta divisão.

7. O que acha que falta para dar o “salto” para um campeonato superior?

- Isso é uma questão relativamente difícil, porque não basta querer ou ter qualidade, isso infelizmente já não é tudo.
Mas tirando isso, falta-me estar neste campeonato, onde actualmente irei jogar, fazer uma época regular e depois esperar que a sorte me brinde com um campeonato superior, seja em Portugal ou noutro país.

8. O Carlos tem agente? Qual é a sua opinião sobre este tema?

- Preferia não responder a esta questão. Peço desculpa. Mas, penso que um bom agente, que faça um bom trabalho e que ande neste ramo pelo gosto de ajudar e não ganhar dinheiro faz sempre falta. É tudo!

9. Foi treinado no Bobadelense por Wilson Teixeira, cara bem conhecida da televisão portuguesa. O que nos pode contar sobre este jovem treinador?

- Sim, treinei no AD. Bobadelense sobre as ordens do Wilson Teixeira, nessa altura treinador do clube. Temos uma relação muito mais que Treinador - Jogador. Somos amigos e não me posso esquecer que foi ele que me lançou novamente para o futebol.
É um treinador que é vítima da fama que ganhou num programa televisivo, onde só se baseiam nos aspectos maus e se esquecem de valorizar os aspectos bons que cada um de nós tem.
É um treinador que já merece oportunidade de vingar neste mundo e se esquecerem o rótulo de Wilson Teixera - Casa dos Segredos e olharem para o Wilson Teixeira pelas muitas qualidades que tem como treinador.

10. Sendo a mais recente contratação do Águias de Moradal, quer deixar alguma mensagem para todos os apoiantes e elementos do clube?

- Sim, posso deixar uma mensagem, nada de mais, pois como disse sou a mais recente contratação do clube. Não conheço a realidade do mesmo, mas para estar nesta divisão é porque merece e sem dúvida que os seus adeptos tem a sua quota-parte nesta subida de divisão.
Espero que continuem a apoiar a equipa e nada mais.
Da minha parte prometo trabalho e dedicação ao clube, venho para ajudar.

- Agradeço ao UPS, METE GELO, pela oportunidade de me dar a conhecer a minha realidade e também pela disponibilidade que tiveram em me ajudar na divulgação do meu trabalho.
Obrigado!

Carlos Canedo.

A equipa Ups, mete gelo

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