"FLASH INTERVIEW" A RICARDO JANOTA
Ups, mete gelo
Foto: Dani Monteiro
— com Ricardo Janota.
Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/426758207533212/?type=1
1. Antes
de tudo, gostávamos de saber como começou a ser guarda-redes e o que o cativou
na baliza?
Na realidade eu comecei como avançado, mas devido à minha falta de
jeito com a pouca vontade de correr poucas vezes jogava. A minha ida para a baliza
surge num torneio de Verão que se costumava realizar nos campos do Jamor, onde
o guarda redes da minha equipa não pode ir. Um amigo do meu pai que já me tinha
visto na brincadeira na baliza e achava que eu tinha jeito e então falou com o
treinador. Como eu na frente dava pouco lá fui eu para a baliza. Até aos
dias de hoje, felizmente.
O que mais me cativou e ainda cativa é o facto de os
guarda redes serem diferentes em tudo, desde a maneira de equipar até ao
treino.
2. O
Ricardo fez praticamente toda a formação no Benfica até que em 2006 se
desvinculou com os encarnados. Sentiu alguma mágoa da forma que saiu da Luz?
Em 2006 eu era para continuar no Benfica, mas o fim da
equipa B precipitou a minha saída, pois eu não tinha contrato profissional e o clube
já contava no seu plantel com 5 guarda redes. Claro que me custou porque o
sonho estava ali tão perto, mas tentei encarar da forma mais natural possível. Foi uma experiência extraordinária representar um clube daquela dimensão,
aprendi com os melhores e muito do que sou hoje devo aquele clube e às pessoas
com quem trabalhei, por isso mágoa não guardo nenhuma, só um grande orgulho e
satisfação.
3. A sua estreia no futebol sénior acabou por ser no Estrela Vendas Novas,
clube que militava a II Série D. Sente que ter saído do Benfica para um clube
amador foi o passo certo na sua carreira ou terá sido um passo atrás?
Quando se sai de um clube como o Benfica, quer queiramos
quer não damos sempre um passo atrás, a não ser que ingressemos num clube de
igual ou maior dimensão que o Benfica, o que é muito difícil. É preciso ver que
em 2006 ainda não tínhamos entrado nos "anos da crise" e os clube não
apostavam tanto nos jovens como hoje em dia e também a 2ªB (hoje CNS) na altura
era muito mais competitiva do que é hoje . Quando saí do Benfica o meu
objectivo era jogar o mais possível, para que no final da época pudesse estar
presente no mundial de sub-20. O Estrela de Vendas Novas foi a equipa que mais
interesse demonstrou por mim e por isso aceitei e no final da época
consegui o meu objectivo.
4. Esta
época regressou ao Académico de Viseu, depois de em 2014 ter trocado “Os
Viriatos” pelo Oriental. Quais foram as razões do seu regresso a Viseu?
O meu regresso a Viseu deve se ao facto de o
treinador (Ricardo Chéu) pelo qual eu já tinha sido treinado na minha primeira
passagem pelo o clube querer contar comigo, do projecto que me apresentaram, do
facto de eu gostar muito da cidade e também do carinho que os adeptos têm por
mim.
5. Até
hoje a sua carreira foi sempre desenrolada em Portugal. Nunca lhe surgiu a
ideia de se aventurar a jogar numa liga estrangeira?
Sim, isso é uma realidade e para ser honesto gostava de
experimentar uma liga estrangeira mas até hoje ainda não me surgiu uma proposta
suficientemente tentadora para que pudesse ir a aventura.
6. O
Ricardo é dos poucos jogadores profissionais sem agente. Qual é a razão desta
decisão?
A minha carreira é muito importante para mim, tudo aquilo que
consegui foi com o meu trabalho e só entrego a minha carreira a alguém em quem
confie plenamente e que me ajude. Não me interessa ter um agente só porque
fica bem. Apesar de agora ser representado pela GIC.
7. Tendo
uma formação notável ao serviço do Benfica e das seleções jovens portuguesas e
sendo um dos bons valores da II Liga Portuguesa. Pensa que falta muito para dar
o salto para I Liga?
Aí está uma pergunta que não consigo responder, a única
coisa que posso dizer que no que depende de mim tenho a minha consciência
tranquila, pois tenho feito de tudo para chegar à 1.ª Liga, agora também sei que
é uma situação que não depende única e exclusivamente de mim. Mas volto a
dizer que trabalho todos os dias para isso e sei que mais tarde ou mais cedo
irei conseguir .
8. Que
diferenças nota nos métodos atuais de treino de guarda-redes em comparação de
quando começou a sua carreira como futebolista?
Para mim as diferenças que noto no treino tem haver com a substituição da quantidade pela qualidade, ou seja, hoje em dia já não levamos
tanta "tareia" como antigamente. fazemos menos repetições mas onde nos
exigem mais perfeccionismo na realização do exercício. Outra diferença tem a
ver com o jogo de pés, hoje em dia o guarda redes cada vez mais faz parte do
processo ofensivo da equipa o que implica ter qualidade no seu jogo de pés logo
há uma maior incidência no treino sobre esse aspecto.
9. Apesar de uma carreira de sucesso ao serviço do
Barcelona, Víctor Valdés afirmou que "não voltaria a ser
guarda-redes". Como interpretou as palavras do internacional espanhol?
É opinião de um guarda redes de renome mundial que já ganhou
tudo o que havia para ganhar e que temos que respeitar. Quanto a mim o que
posso dizer é que cada vez tenho mais a certeza que apesar de tudo o que já
passei, se nascesse novamente voltaria a ser sem dúvida guarda redes, é uma
paixão.
10. O
Ricardo estudou Gestão na Universidade Lusófona. Depois de pendurar as luvas
pensa exercer alguma atividade na área da Gestão?
Gosto muito de tudo o que tem a ver com área de gestão e economia mas a minha grande paixão é mesmo a baliza e se tudo correr como eu
quero quando pendurar as luvas irei me dedicar ao treino de Guarda Redes
Foto: Dani Monteiro
— com Ricardo Janota.
Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/426758207533212/?type=1
Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/vl.354542828062150/426758207533212/?type=1
1. Antes
de tudo, gostávamos de saber como começou a ser guarda-redes e o que o cativou
na baliza?
Na realidade eu comecei como avançado, mas devido à minha falta de
jeito com a pouca vontade de correr poucas vezes jogava. A minha ida para a baliza
surge num torneio de Verão que se costumava realizar nos campos do Jamor, onde
o guarda redes da minha equipa não pode ir. Um amigo do meu pai que já me tinha
visto na brincadeira na baliza e achava que eu tinha jeito e então falou com o
treinador. Como eu na frente dava pouco lá fui eu para a baliza. Até aos
dias de hoje, felizmente.
O que mais me cativou e ainda cativa é o facto de os
guarda redes serem diferentes em tudo, desde a maneira de equipar até ao
treino.
2. O
Ricardo fez praticamente toda a formação no Benfica até que em 2006 se
desvinculou com os encarnados. Sentiu alguma mágoa da forma que saiu da Luz?
Em 2006 eu era para continuar no Benfica, mas o fim da
equipa B precipitou a minha saída, pois eu não tinha contrato profissional e o clube
já contava no seu plantel com 5 guarda redes. Claro que me custou porque o
sonho estava ali tão perto, mas tentei encarar da forma mais natural possível. Foi uma experiência extraordinária representar um clube daquela dimensão,
aprendi com os melhores e muito do que sou hoje devo aquele clube e às pessoas
com quem trabalhei, por isso mágoa não guardo nenhuma, só um grande orgulho e
satisfação.
3. A sua estreia no futebol sénior acabou por ser no Estrela Vendas Novas, clube que militava a II Série D. Sente que ter saído do Benfica para um clube amador foi o passo certo na sua carreira ou terá sido um passo atrás?
3. A sua estreia no futebol sénior acabou por ser no Estrela Vendas Novas, clube que militava a II Série D. Sente que ter saído do Benfica para um clube amador foi o passo certo na sua carreira ou terá sido um passo atrás?
Quando se sai de um clube como o Benfica, quer queiramos
quer não damos sempre um passo atrás, a não ser que ingressemos num clube de
igual ou maior dimensão que o Benfica, o que é muito difícil. É preciso ver que
em 2006 ainda não tínhamos entrado nos "anos da crise" e os clube não
apostavam tanto nos jovens como hoje em dia e também a 2ªB (hoje CNS) na altura
era muito mais competitiva do que é hoje . Quando saí do Benfica o meu
objectivo era jogar o mais possível, para que no final da época pudesse estar
presente no mundial de sub-20. O Estrela de Vendas Novas foi a equipa que mais
interesse demonstrou por mim e por isso aceitei e no final da época
consegui o meu objectivo.
4. Esta
época regressou ao Académico de Viseu, depois de em 2014 ter trocado “Os
Viriatos” pelo Oriental. Quais foram as razões do seu regresso a Viseu?
O meu regresso a Viseu deve se ao facto de o
treinador (Ricardo Chéu) pelo qual eu já tinha sido treinado na minha primeira
passagem pelo o clube querer contar comigo, do projecto que me apresentaram, do
facto de eu gostar muito da cidade e também do carinho que os adeptos têm por
mim.
5. Até
hoje a sua carreira foi sempre desenrolada em Portugal. Nunca lhe surgiu a
ideia de se aventurar a jogar numa liga estrangeira?
Sim, isso é uma realidade e para ser honesto gostava de
experimentar uma liga estrangeira mas até hoje ainda não me surgiu uma proposta
suficientemente tentadora para que pudesse ir a aventura.
6. O
Ricardo é dos poucos jogadores profissionais sem agente. Qual é a razão desta
decisão?
A minha carreira é muito importante para mim, tudo aquilo que
consegui foi com o meu trabalho e só entrego a minha carreira a alguém em quem
confie plenamente e que me ajude. Não me interessa ter um agente só porque
fica bem. Apesar de agora ser representado pela GIC.
7. Tendo
uma formação notável ao serviço do Benfica e das seleções jovens portuguesas e
sendo um dos bons valores da II Liga Portuguesa. Pensa que falta muito para dar
o salto para I Liga?
Aí está uma pergunta que não consigo responder, a única
coisa que posso dizer que no que depende de mim tenho a minha consciência
tranquila, pois tenho feito de tudo para chegar à 1.ª Liga, agora também sei que
é uma situação que não depende única e exclusivamente de mim. Mas volto a
dizer que trabalho todos os dias para isso e sei que mais tarde ou mais cedo
irei conseguir .
8. Que
diferenças nota nos métodos atuais de treino de guarda-redes em comparação de
quando começou a sua carreira como futebolista?
Para mim as diferenças que noto no treino tem haver com a substituição da quantidade pela qualidade, ou seja, hoje em dia já não levamos
tanta "tareia" como antigamente. fazemos menos repetições mas onde nos
exigem mais perfeccionismo na realização do exercício. Outra diferença tem a
ver com o jogo de pés, hoje em dia o guarda redes cada vez mais faz parte do
processo ofensivo da equipa o que implica ter qualidade no seu jogo de pés logo
há uma maior incidência no treino sobre esse aspecto.
9. Apesar de uma carreira de sucesso ao serviço do
Barcelona, Víctor Valdés afirmou que "não voltaria a ser
guarda-redes". Como interpretou as palavras do internacional espanhol?
É opinião de um guarda redes de renome mundial que já ganhou
tudo o que havia para ganhar e que temos que respeitar. Quanto a mim o que
posso dizer é que cada vez tenho mais a certeza que apesar de tudo o que já
passei, se nascesse novamente voltaria a ser sem dúvida guarda redes, é uma
paixão.
10. O
Ricardo estudou Gestão na Universidade Lusófona. Depois de pendurar as luvas
pensa exercer alguma atividade na área da Gestão?
Gosto muito de tudo o que tem a ver com área de gestão e economia mas a minha grande paixão é mesmo a baliza e se tudo correr como eu
quero quando pendurar as luvas irei me dedicar ao treino de Guarda Redes