domingo, 15 de novembro de 2015

Ricardo Janota (Académico de Viseu)

"FLASH INTERVIEW" A RICARDO JANOTA

Ups, mete gelo


Foto: Dani Monteiro



1. Antes de tudo, gostávamos de saber como começou a ser guarda-redes e o que o cativou na baliza?

Na realidade eu comecei como avançado, mas devido à minha falta de jeito com a pouca vontade de correr poucas vezes jogava. A minha ida para a baliza surge num torneio de Verão que se costumava realizar nos campos do Jamor, onde o guarda redes da minha equipa não pode ir. Um amigo do meu pai que já me tinha visto na brincadeira na baliza e achava que eu tinha jeito e então falou com o treinador. Como eu na frente dava pouco lá fui eu para a baliza. Até aos dias de hoje, felizmente. 
O que mais me cativou e ainda cativa é o facto de os guarda redes serem diferentes em tudo, desde a maneira de equipar até ao treino.

2. O Ricardo fez praticamente toda a formação no Benfica até que em 2006 se desvinculou com os encarnados. Sentiu alguma mágoa da forma que saiu da Luz?

Em 2006 eu era para continuar no Benfica, mas o fim da equipa B precipitou a minha saída, pois eu não tinha contrato profissional e o clube já contava no seu plantel com 5 guarda redes. Claro que me custou porque o sonho estava ali tão perto, mas tentei encarar da forma mais natural possível. Foi uma experiência extraordinária representar um clube daquela dimensão, aprendi com os melhores e muito do que sou hoje devo aquele clube e às pessoas com quem trabalhei, por isso mágoa não guardo nenhuma, só um grande orgulho e satisfação.

3. A sua estreia no futebol sénior acabou por ser no Estrela Vendas Novas, clube que militava a II Série D. Sente que ter saído do Benfica para um clube amador foi o passo certo na sua carreira ou terá sido um passo atrás?

Quando se sai de um clube como o Benfica, quer queiramos quer não damos sempre um passo atrás, a não ser que ingressemos num clube de igual ou maior dimensão que o Benfica, o que é muito difícil. É preciso ver que em 2006 ainda não tínhamos entrado nos "anos da crise" e os clube não apostavam tanto nos jovens como hoje em dia e também a 2ªB (hoje CNS) na altura era muito mais competitiva do que é hoje . Quando saí do Benfica o meu objectivo era jogar o mais possível, para que no final da época pudesse estar presente no mundial de sub-20. O Estrela de Vendas Novas foi a equipa que mais interesse demonstrou por mim e por isso aceitei e no final da época consegui o meu objectivo.

4. Esta época regressou ao Académico de Viseu, depois de em 2014 ter trocado “Os Viriatos” pelo Oriental. Quais foram as razões do seu regresso a Viseu?

O meu regresso a Viseu deve se ao facto de o treinador (Ricardo Chéu) pelo qual eu já tinha sido treinado na minha primeira passagem pelo o clube querer contar comigo, do projecto que me apresentaram, do facto de eu gostar muito da cidade e também do carinho que os adeptos têm por mim.

5. Até hoje a sua carreira foi sempre desenrolada em Portugal. Nunca lhe surgiu a ideia de se aventurar a jogar numa liga estrangeira?

Sim, isso é uma realidade e para ser honesto gostava de experimentar uma liga estrangeira mas até hoje ainda não me surgiu uma proposta suficientemente tentadora para que pudesse ir a aventura. 

6. O Ricardo é dos poucos jogadores profissionais sem agente. Qual é a razão desta decisão?

A minha carreira é muito importante para mim, tudo aquilo que consegui foi com o meu trabalho e só entrego a minha carreira a alguém em quem confie plenamente e que me ajude. Não me interessa ter um agente só porque fica bem. Apesar de agora ser representado pela GIC.

7. Tendo uma formação notável ao serviço do Benfica e das seleções jovens portuguesas e sendo um dos bons valores da II Liga Portuguesa. Pensa que falta muito para dar o salto para I Liga?

Aí está uma pergunta que não consigo responder, a única coisa que posso dizer que no que depende de mim tenho a minha consciência tranquila, pois tenho feito de tudo para chegar à 1.ª Liga, agora também sei que é uma situação que não depende única e exclusivamente de mim. Mas volto a dizer que trabalho todos os dias para isso e sei que mais tarde ou mais cedo irei conseguir .

8. Que diferenças nota nos métodos atuais de treino de guarda-redes em comparação de quando começou a sua carreira como futebolista?

Para mim as diferenças que noto no treino tem haver com a substituição da quantidade pela qualidade, ou seja, hoje em dia já não levamos tanta "tareia" como antigamente. fazemos menos repetições mas onde nos exigem mais perfeccionismo na realização do exercício. Outra diferença tem a ver com o jogo de pés, hoje em dia o guarda redes cada vez mais faz parte do processo ofensivo da equipa o que implica ter qualidade no seu jogo de pés logo há uma maior incidência no treino sobre esse aspecto.
  
9. Apesar de uma carreira de sucesso ao serviço do Barcelona, Víctor Valdés afirmou que "não voltaria a ser guarda-redes". Como interpretou as palavras do internacional espanhol?

É opinião de um guarda redes de renome mundial que já ganhou tudo o que havia para ganhar e que temos que respeitar. Quanto a mim o que posso dizer é que cada vez tenho mais a certeza que apesar de tudo o que já passei, se nascesse novamente voltaria a ser sem dúvida guarda redes, é uma paixão.

10. O Ricardo estudou Gestão na Universidade Lusófona. Depois de pendurar as luvas pensa exercer alguma atividade na área da Gestão?

Gosto muito de tudo o que tem a ver com área de gestão e economia mas a minha grande paixão é mesmo a baliza e se tudo correr como eu quero quando pendurar as luvas irei me dedicar ao treino de Guarda Redes


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Diogo Melo (União Penacova)


Ups, mete gelo



  — com Diogo Melo.

Ficha do jogador: https://www.facebook.com/upsmetegelo/videos/425819354293764/


1. A sua aventura no futebol começou em Vila Real ao serviço do Abambres, pouco mais tarde foi para Diogo Cão e depois assinou pelo Sporting. Como surgiu esta oportunidade de jogar nos leões?

Tudo começou com um convite do SL Benfica, quando jogava no Abambres, para ir fazer captações no estádio sintético ao lado do estádio da Luz. Após esse treino, fui abordado por um olheiro do Sporting para ir treinar a Alcochete na semana a seguir. O treino correu me de feição e acabei por assinar nesse mesmo dia um papel que me vinculava ao Sporting para a 1ª época de iniciado, sendo que como era de longe e ainda demasiado novo para integrar a Academia apenas fazia torneios por eles, e continuava a jogar na Diogo Cão perto da família. Lembro-me de na viagem para casa nem conseguir dormir com a ansiedade poder voltar a Alcochete.

2. O Diogo tinha apenas 13 anos quando se mudou para Lisboa. Foi muito difícil deixar para trás a família e os amigos de infância?

O primeiro ano no Sporting de facto foram tempos difíceis, não só porque saí de uma cidade pequena onde todos se conhecem, como a diferença de realidades era completamente diferente. Lembro-me muitas vezes de falar com o meu colega de quarto sobre a saudade que nós tínhamos dos pais e dos nossos amigos, e de chorarmos juntos. Aliás nós eramos como irmãos, um suporte um para o outro. Também tive a sorte de ter uns país fantásticos e um irmão fantástico que não falharam um fim de semana, e faziam 800 km (viagem de ida e volta) para me apoiar. Não é fácil sair de casa tão cedo, ainda por cima num mundo como o do futebol, onde a competitividade é tudo, e onde há um desgaste psicológico enorme. Se nós fazíamos um mau jogo, no jogo a seguir já estaria outro jogador com muita qualidade para jogar. Claro que, à parte desta pressão, havia momentos muito bons também. Lembro-me num jantar de natal com todos os jogadores do Sporting, e ficar ao lado do Derlei a falar de situações que lhe tinham acontecido na sua carreira. Foi um momento muito engraçado. E jogar e viver com jogadores como Bruma, Iuri, Tobias e o Mané é sempre bom de recordar. Noutro dia quando estávamos em viagem para os Açores para a Taça de Portugal, eles estavam a ir para estágio de seleção, e foi um momento que me marcou porque já não os via há muito tempo, e foi bom para falar um pouco. Fico de facto muito feliz por eles estarem a conseguir tirar frutos de todo o trabalho e sacrifício que tiveram.

3. Mais tarde, depois de passar pelo SC Braga, Boavista e até Académica, o Diogo aventurou-se por Inglaterra: West Bromwich, West Ham e Bournemouth, foram os clubes onde treinou em Inglaterra. Pode descrever esta experiência inglesa e revelar o que se passou para não continuar no Reino Unido? 

O primeiro convite surge quando estava no Boavista. Após uma exibição contra o Rio Ave, recebi um convite do West Bromwich Albion para me deslocar a Birmingham uma semana. Fui sozinho na altura, estava a nevar imenso, como nunca tinha visto. Lembro-me até de pensar no primeiro dia que não ia treinar por causa da neve, mas para surpresa minha eles tinham um campo sintético enorme coberto, Inglaterra é outro nível! Lembro-me nessa mesma semana sentar-me ao lado de jogadores como o Lukaku ao almoço. Em Inglaterra não existe afastamento praticamente nenhum entre a formação e o futebol sénior, e por isso mesmo a passagem para o futebol profissional é mais fácil lá. A semana correu me muito bem também e na altura o meu empresário falou-me do interesse do West Ham e que estes poderiam oferecer condições melhores. Acabei por rejeitar ficar mais uma semana no West Brom e desloquei-me imediatamente a Londres. O West Ham tinha umas condições excecionais, jogar em Inglaterra é o sonho de qualquer jogador. Após 1 semana em Londres, ficou decidido que voltaria no ano a seguir e assinava. Lembro-me de ligar a um grande amigo de madrugada a contar-lhe a novidade, foi um momento muito emotivo. Quando cheguei a Portugal, tardava em saber datas e conclusões do processo. Infelizmente vim a saber no futuro que não voltei a Londres, por problemas de comissões entre o Clube e agente, sendo que também rompi o contrato que me ligava a esse agente. No meu segundo ano de júnior o Bournemouth contactou-me, sendo que eu fui referenciado pelo diretor de futebol do West Ham e desloquei-me na pré-época para lá, já para integrar a equipa sénior. Foi uma boa experiência, e cheguei a realizar alguns jogos amigáveis por eles. Os custos de direitos de formação eram altíssimos (rondavam os 355.000 euros) e foi um dos fatores que proporcionaram não assinar o contrato com as condições que queria.

4. Depois do excelente trajeto de formação que realizou, porquê é que escolheu o Pampilhosa, clube que milita a CNS, para iniciar a sua carreira de sénior?

De facto não escolhi. Na altura quando cheguei de Inglaterra, os planteis já estavam todos fechados, e como não houve acordo com o clube inglês eu sabia que não podia deixar os estudos. Como me tinha candidatado para Economia em Coimbra, surgiu a possibilidade de ir treinar ao Pampilhosa. Após uma primeira semana difícil de treinos, acabei por fazer um jogo amigável e marcar 2 golos, assinando assim pelo Pampilhosa.

5. No Pampilhosa foi treinado pelo técnico Fernando Niza, o segundo treinador mais velho no ativo em Portugal. Como descreve o mister Niza e que ensinamentos recebeu deste treinador?

Mister? (risos) Se ele ouvisse isto já o estava a corrigir (risos). Ele próprio diz que é o mestre do futebol. É um treinador que joga muito com o psicológico dos jogadores, e tem que se ter um psicológico muito forte para aguentar certas situações. Lembro-me de alguns episódios muito engraçados dele. Uma altura íamos jogar contra o Mortágua, e ele gravou uma palestra antes do jogo, da equipa toda a cantar que o Pampilhosa ia ganhar, mesmo antes do jogo começar. A verdade é que nós ganhamos e o vídeo foi viral. No geral foi uma época para reforçar o meu fator psicológico, sendo que o estilo de jogo do Pampilhosa não se adequava muito às minhas características e o próprio mestre sabia disso.

6. Depois da época ao serviço do Pampilhosa mudou-se para o União Penacova. O que o cativou a mudar para uma equipa da divisão inferior à CNS?  

Surgiram algumas propostas do campeonato nacional de seniores. Certamente que o fator diferenciador, foi a conversa que tive com o meu colega Jocy e com o treinador antes da minha escolha. O Mister Cláudio, é um treinador jovem que sabe o que quer, e a verdade é que tudo que ele falou comigo nesse dia está a acontecer. Nós não trabalhamos como uma equipa de distrital, prova disso foi o que fizemos na Taça de Portugal e a personalidade que temos dentro de campo. E tenho que dizer que fiquei muito espantado com as pessoas que seguem este clube. O nosso campo está sempre cheio, e as pessoas de Penacova sentem realmente o clube, isso é algo que não se vê em todo o lado. Por muito que estejas numa divisão inferior sentes que tens que dar o teu contributo por aquelas pessoas todas que definitivamente merecem e fazem tudo para os jogadores se sentirem bem. Além disto o grupo de trabalho é fantástico e com muita qualidade, e o futebol praticado e filosofias do treinador, vão completamente ao encontro do meu futebol, prova disso é o bom início de época que estou a ter, e aquilo que tenho aprendido neste clube.

7. O Diogo como referimos anteriormente já representou grandes clubes e para além disso já foi referenciado pelo Udinese. O que acha que falta para voltar aos palcos principais do futebol?

Sinceramente não penso muito nisso. Neste momento o meu foco é desfrutar do futebol, algo que tinha perdido um pouco por alguns acontecimentos que não conseguia controlar. No futebol temos que pensar dia a dia, e neste momento é isso que eu faço. Estou feliz e sinto o meu trabalho a ser reconhecido, isso é o mais importante. O que tiver que acontecer, acontecerá certamente.

8. No passado dia 18 de Outubro, o “Gavinhos” recebeu o Rio Ave em jogo a contar para a Taça de Portugal. O Diogo foi um dos  jogadores mais influentes da equipa da casa, como se sentiu ao jogar contra uma das melhores equipas de Portugal?

Foi um momento muito especial. Jogar com um campo cheio, e no meio do jogo ouvires o teu nome a ser entoado é qualquer coisa de especial. Para mim o mais importante nem foi o destaque individual que me deram após o jogo, mas sim o gosto que me deu jogar aquele jogo. Foi bom também ver colegas antigos, como é o caso do Nélson Monte e o Rafa, que acabou por não jogar.

9. Por norma, aqueles que despontam cedo no futebol, acabam por abdicar dos estudos. Como está a ser possível conciliar uma Licenciatura com o Futebol?

Desde o primeiro momento que sai de casa para me dedicar ao futebol, que os meus pais me disseram que a prioridade seria ter boas notas, e que no dia que não as tivesse sairia do futebol. E hoje agradeço imenso terem-me incutido essa postura e atitude, pois a faculdade é algo que eu necessitava. Desde os meus 13 anos, que eu não conseguia ter um tempo para mim, ou não conseguia reunir um grupo de amigos por mais de 2 anos porque estava constantemente a mudar de cidade, ou porque o futebol me privava de imensas coisas. Quando falo com os meus colegas que viveram comigo na academia e que não seguiram o futebol, eles próprios dizem o mesmo. É muito bom saberes que te podes divertir e tens tempo para ti, e para estares com os amigos. Além disso a faculdade trouxe-me um núcleo de amigos muito unidos, e fez me pensar de maneira diferente. E como é obvio sendo estudante da Universidade Coimbra, vejo Coimbra como uma cidade muito especial para mim e que certamente irei ter muitas saudades desta cidade e destes tempos.

10. Para terminar gostaria de lhe perguntar qual o clube e o jogador que o mais marcou na sua carreira e quais as suas expectativas para o futuro.  

O clube que me marcou mais na minha carreira foi o SC Braga. Desde o primeiro momento que lá estive até ao último foi especial. Em primeiro adorava viver em Braga, uma das cidades mais jovens e bonitas de Portugal, e depois em Braga sentia-me completamente em casa. Além de ter tido treinadores que me marcaram imenso, como foi o caso do Mister José Carvalho Araújo e o Mister Ricardo Cerqueira, também consegui retirar grandes amizades de lá. Na altura que fui para o SC Braga, o clube estava a crescer imenso! Quanto ao jogador que mais me marcou, foi sem dúvida alguma o Iuri Medeiros. O Iuri tinha e tem um talento enorme, sempre pensei e tenho ainda a esperança que ele venha a vincar o estatuto de craque, pois ele sem duvida é. As expectativas para o meu futuro, passa por pensar num dia de cada vez e ver o que o futuro me reserva.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Análise à 10.ª Jornada

10.ª Jornada:





Rui Silva: "Uma excelente exibição em que o guarda-redes do CD Nacional negou por várias vezes o golo ao Vitória SC e manteve a equipa sem sofrer golos, ganhando o jogo por 1-0." João Aurélio: "Muito seguro no lado direito da defesa, o capitão do CD Nacional a travar muitos ataques do Vitória SC e a participar na jogada do golo de Tiquinho Soares, tendo sido ele a fazer o cruzamento." Marcelo Oliveira: "Ajudou o Moreirense FC a conseguir uma impressionante vitória contra o Paços de Ferreira, 1ª vitória na Liga NOS nesta época. Bloqueou muitos ataques de Diogo Jota e Bruno Moreira que tinham estado em grande forma ultimamente." Raúl Silva: "Apesar de ter sofrido 2 golos, o Marítimo conseguiu ganhar ao Rio Ave, equipa sensação do campeonato, e o central entrou na lista dos goleadores deste jogo ao rematar para o fundo das redes de Cássio após passe de Ghazaryan." Miguel Layún: "O melhor da jornada, marcou um golaço à entrada de área de primeira e fez uma grande assistência para o cabeceamento de Aboubakar. Além disso, o lateral esquerdo do FC Porto fez mais ataques perigosos e cruzamentos perigosos, lances que acabaram por não ser concretizados por uma boa exibição de Lukas Raeder, guarda-redes formado no Bayern Munich." Danilo Pereira: " A controlar o jogo do FC Porto e a parar todas as tentativas de contra-ataque do Vitoria FC, equipa que estava a ter dos melhores ataques do campeonato." Battaglia: "Foi determinante na vitória do Moreirense e marcou um golaço de fora de área, além de ter controlado completamente o jogo da equipa de Moreira de Cónegos." Gonçalo Guedes: "O extremo em ascensão foi crucial para a vitória do Benfica por 2-0 sobre o Boavista. Marcou um golaço após passe de Gaitán e mostrou a razão pela qual foi chamado à seleção principal portuguesa." Gerso: "Cada vez melhor o extremo do GD Estoril, mais uma vez a fazer uma grande exibição e a culminá-la com uma preciosa assistência para Léo Bonatini após uma grande arrancada na esquerda." Moussa Marega: "Perto de ser o melhor da jornada, Marega foi espectacular na vitória contra o Rio Ave por 3-2. Fez 2 assistências e muitos ataques que não foram concretizados por falta de sorte na finalização de Dyego Sousa e por uma boa exibição, tanto de Cássio, como de Marcelo." Slimani: "Deu a vitória ao Sporting CP no minuto 90 e fez o seu 7º golo no campeonato."

sábado, 31 de outubro de 2015

André Leão (Valladolid)

"FLASH INTERVIEW" A ANDRÉ LEÃO

Ups, mete gelo




  — com André Leão.

Ficha do jogador: Em actualização



.    1. O André é natural de Freamunde e foi lá que começou a dar os primeiros passos no mundo do futebol. Anos mais tarde viria a representar o grande rival Paços de Ferreira durante 5 épocas. Sente que essa rivalidade nunca afetou as suas escolhas?

Sim , sem dúvida, é verdade que sou de Freamunde com muito orgulho, mas como profissional que sou, sabia que o Paços de Ferreira era um clube estável e perfeito para o meu regresso a Portugal, e assim foi! 

2. A passada temporada foi a sua estreia na Liga Adelante. Como descreve a sua época, a nível pessoal, ao serviço do Valladolid?


Posso dizer que correu bem, foi pena não conseguirmos subir, mas fui dos jogadores mais utilizados.


3. O Valladolid na época anterior lutou pela promoção, ficando 5.º lugar da tabela. O que faltou para conseguirem a tão desejada ascensão à Primeira Liga?

Faltou fazermos um golo em Las Palmas! Porque empatamos 1-1 em casa e 0-0 fora , por isso ainda mais difícil é não ter subido não tendo perdido nenhum jogo.

4. Apesar de a temporada ainda estar no começo, o Valladolid já procedeu a uma troca de treinadores. Quais foram as suas primeiras impressões com o novo técnico, Miguel Ángel Portugal?

Parece me um treinador com larga experiência, que nos está a tentar devolver toda a confiança que necessitamos, espero sinceramente que consiga.

5. Quais são as principais diferenças entre a Liga Adelante e a Primeira Liga Portuguesa?

A maior diferença é a competitividade de todos os clubes, não há uma diferença tão grande de qualidade entre os primeiros e os últimos. Em termos de futebol jogado não é muito diferente. 

6. O André é colega de equipa do jovem guarda-redes Kepa Arrizabalaga, que já foi destaque na nossa rubrica jovens promessas. Confirma que o guardião espanhol tem um futuro promissor pela frente?


Sem dúvida que vai ser um guarda redes de nível mundial, está a fazer um início de época espectacular e tem condições para ser um enorme guarda redes. Para além de ser uma excelente pessoa.

7. Infelizmente os jogadores de futebol, por vezes, têm de parar de competir devido a lesões. Consegue-nos explicar como é o dia-a-dia de um jogador em recuperação de lesão, visto que já teve de ultrapassar algumas?

Eu tive de ultrapassar uma lesão muito grave num joelho, mas o nosso pensamento é voltar a fazer o que gostamos o mais rápido possível apesar da ansiedade de querer ajudar todos os dias os nossos companheiros! Sendo o apoio deles, da nossa família (principalmente família) e amigos o mais importante na nossa recuperação.

8. Já alguma vez pensou que profissão seguiria se não fosse futebolista profissional?

Seguramente alguma coisa ligada ao desporto ou crianças. Eu estudei desporto e tenho muito jeito para lidar com crianças e normalmente elas costumam gostar bastante de mim.

9. No Paços Ferreira foi treinado pelo técnico Rui Vitória, que atualmente orienta o Benfica. Acha que o Rui tem qualidades suficientes para singrar no clube encarnado?

Sem dúvida que tem qualidade para treinar qualquer um dos grandes. É uma pessoa que sabe levar os jogadores para o lado dele e que respeita todos os jogadores por igual, tenham eles 18 ou 30 anos. É um excelente treinador, um dos melhores com quem trabalhei.

10. Para finalizar, poderia revelar o que mais gosta e menos gosta no futebol?

O melhor é a emoção com que se vive cada jogo, o jogar e dar tudo em prol de uma equipa. O pior é a inveja que se gera, todo o jogo sujo que se vê, e o tanto exagero de negócios que existe.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Análise à 8.ª Jornada

8.ª Jornada:




Marafona: "Excelente exibição do guarda-redes do Paços de Ferreira a negar o golo por várias vezes aos avançados do Marítimo, inclusive, uma defesa espectacular a um pontapé de bicicleta aos 77 minutos. Com o selecionador Fernando Santos a observar o jogo, o guarda-redes conseguiu dar bem nas vistas para ter um lugar na próxima convocatória." Lionn: "Uma boa exibição do lateral direito do Rio Ave culminada com uma excelente assistência para o golo de Guedes aos 87 minutos." Diego Carlos: "Para além de várias intercepções, o central do Estoril marcou um golaço de livre direto." Zainadine: "Foi um patrão da defesa e impediu o Boavista de marcar em várias ocasiões, além de anular Uchebo." Jefferson: "Uma exibição segura defensivamente e boa ofensivamente, assistiu Slimani para o 2-0." Fábio Pacheco: "O trinco do Vitória de Setúbal esteve muito bem, marcou o 2º golo da equipa e fez muito boas intercepções aos ataques do Moreirense." Adrien Silva: "Controlou completamente o meio-campo do Sporting CP e fez uma boa assistência para o 1º golo que foi marcado por Téo Gutiérrez." Barnes Osei: "Foi a estrela do jogo entre o Paços de Ferreira e o Marítimo, marcou o 1º golo e fez a assistência para o 2º, para além de vários outros ataques que não foram concretizados." André Horta: "Uma excelente visão de jogo e capacidade de passe do jovem André Horta. O irmão de Ricardo Horta que joga, neste momento, no Málaga, criou várias oportunidades para o Vitória FC e fez a assistência para o 2º golo marcado por Fábio Pacheco." Diogo Jota: "Outro jovem a mostrar toda a sua qualidade no jogo contra o Marítimo. Marcou o 2º golo para a equipa da cidade do móvel e fez a assistência para o 1º que foi marcado por Osei." Slimani: "Boa qualidade de finalização deste ponta-de-lança que marcou o 2º golo do Sporting CP."

domingo, 25 de outubro de 2015

Rui Silva (Santa Clara)

"FLASH INTERVIEW" A RUI SILVA

Ups, mete gelo






1.    A maioria dos laterais de hoje em dia surgiram devido a uma adaptação. No seu caso isto também aconteceu ou é a sua posição natural?

Comecei a minha formação no Lourosa como médio centro, depois quando fui para o F. C. Porto, passado algum tempo pediram-me para jogar a lateral direito, eu aceitei, e a partir daí fixei-me nessa posição, por isso de certa forma pode-se dizer que é uma adaptação, embora já veja a posição como a minha posição natural. Contudo quer na formação do F. C. Porto quer agora no Santa Clara já joguei noutras posições. No F. C. Porto primeiramente como médio, mas também quando necessário a lateral esquerdo. Nesta época, no Santa Clara, já fiz também um jogo a lateral esquerdo. Apesar de ser lateral direito, é importante saber que os treinadores confiam em mim também noutras posições, e sentir que tento corresponder sempre com o que me é pedido. 
  
2. O Rui fez praticamente toda a formação ao serviço do FC Porto até que se desvinculou com os “dragões” e assinou pela Santa Clara. Porque é que decidiu mudar-se para os Açores?

Acima de tudo porque gosto de desafios. No final da minha formação, surgiram vários convites, alguns deles do estrangeiro, contudo eu sentia que primeiro deveria dar os primeiros passos como profissional no meu país. As pessoas do Santa Clara apresentaram-me um projecto interessante e senti que era um clube que me daria todas as condições para continuar a evoluir como jogador e num contexto competitivo muito interessante e exigente como é a 2ª Liga.

3. Como tem sido a sua adaptação aos Açores e o que gosta mais na ilha de São Miguel?

A adaptação tem sido excelente. É um sítio muito calmo, muito bonito, com uma natureza incrível, e as pessoas receberam-me muito bem. As pessoas aqui na ilha são muito calmas. Aliás, todo o ambiente é muito tranquilo.

4. Como recorda esses tempos ao serviço dos “azuis e brancos” e qual foi para si o seu melhor momento no clube?

Guardo boas memórias sem dúvida, tive a oportunidade de crescer muito como homem e jogador, e fazer grandes amizades. Contudo agora só penso no futuro, e em continuar a evoluir cada vez mais, a cada treino, a cada jogo. Se tivesse que destacar um grande momento ao serviço do F. C. Porto, elegeria sem dúvida o título de campeão nacional de juniores. Foi uma sensação fantástica.
  
5. Sendo esta sua primeira época como sénior, que diferenças tem notado entre os campeonatos de formação e a II Liga?

A maior diferença que tenho sentido entre uma competição e  outra é a intensidade de jogo.  É um futebol mais físico, com muita entrega, muita agressividade. No meu caso, é um tipo de futebol que vejo como desafiante e no qual sinto que me tenho conseguido adaptar bem.
É um campeonato muito exigente, com equipas muito experientes. 

6. Até a altura já realizou cerca de 500 minutos com sénior. Quais são as suas verdadeiras expetativas para esta temporada na Santa Clara?

Qualquer jogador o que quer é jogar e eu não sou diferente. O meu objectivo passa por fazer o máximo possível de minutos para assim poder evoluir cada vez mais como jogador e atingir outros patamares.
Quero poder dar o meu contributo à equipa, e ajudar a que o Santa Clara consiga fazer um grande campeonato.
  
7. No passado dia 15 de Agosto o Rui defrontou nos Açores o FC Porto. Quando se defronta antigos colegas de equipa existem algumas picardias ou sentimentos especiais?

Existe sempre aquela picardia saudável quando se joga contra ex-colegas. Mas o futebol é assim, um dia tanto podemos ser colegas de equipa como noutro dia adversários, faz parte.
Eu limito-me a ser profissional, a fazer o meu trabalho o melhor que posso. Mas é óbvio que há sempre um sentimento especial. Felizmente representei durante muitos anos um grande clube em Portugal, mas não pretendo ficar por aqui. Sou ambicioso e vou dar tudo para chegar o mais alto possível na minha carreira. Trabalho todos os dias para isso.
                                    
8. Tanto o Rui como o seu antigo colega do FC Porto Rúben Neves são naturais de Lourosa. Como tem visto a evolução do “novo” capitão do FC Porto?

É verdade. Somos os dois naturais de Lourosa, e ambos representamos o Lusitânia Lourosa. Fizemos muitas vezes a viagem juntos de Lourosa para o Porto.
O Ruben sempre foi um grande jogador. Eu sou mais velho que ele um ano, mas o Ruben quer no Porto quer na selecção sempre jogou num escalão acima da sua idade.
Eu já na altura sentia que o Ruben se viria a tornar um excelente jogador, mas conseguir com a idade dele o que ele está a conseguir não é para qualquer um. Estou muito feliz por ele, e espero que ele seja capitão do F. C. Porto por muitos anos. Ele sem dúvida que merece. 

9. O que tem de especial a cidade Santa Maria da Feira para todos os anos surgirem novos diamantes por lapidar naturais dessa cidade?

Se calhar a cultura e educação que temos desde pequeninos. A necessidade de vencer, o desejo de ter êxito na vida e uma cultura de trabalho e responsabilidade. 

10. Sente que ao jogar na II Liga tem oportunidades suficientes para voltar a ser chamado à seleção nacional?

Não escondo que ao optar por prosseguir a minha carreira, em Portugal na II liga, foi também em parte a pensar na selecção nacional. Sou internacional sub-17, sub-18 e na época passada cheguei a integrar os trabalhos da selecção de sub-19. Tenho consciência de que se fizer bem o meu trabalho no Santa Clara como até aqui, as opções de ser chamado aumentam. Sinto que tenho estado bem nos jogos que fiz até ao momento, e vou continuar a trabalhar para fazer cada vez mais e melhor. Depois caberá ao seleccionador nacional, fazer as suas escolhas. Sei que estão atentos ao meu trabalho, por isso o que tenho que fazer é continuar a evoluir de jogo para jogo.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ricardo Ferreira (Portimonense)

"FLASH INTERVIEW" A RICARDO FERREIRA


1. Com que idade o Ricardo começou a ser guarda-redes e o que o atraiu na baliza?


Quando tinha idade de escolinha tanto treinava na frente como outras vezes na baliza, não sabia ao certo o que queria ser, mas sem dúvida que já sentia alguma paixão pela baliza. Entretanto por volta dos meus 10 anos participei num torneio em Espanha com equipas como Barcelona e Real Madrid e optei pela baliza até hoje. No meio da minha formação, nos juvenis fiz um torneio em França onde joguei a médio atrás do Nelson Oliveira.



2. Como se define enquanto guarda-redes?


Seria mais correcto serem os outros a avaliarem, até porque cada um vê o futebol à sua maneira. Todos os dias entrego-me nos treinos e sempre que o meu mister especifico tenta aperfeiçoar-me em algum aspecto concreto sou o primeiro a entregar-me de corpo e alma a esse aperfeiçoamento.

3. Concorda que para ser guarda-redes é preciso ter uma boa dose de loucura?

Sim, de loucura, de coragem, capacidade de sofrimento, entre outros aspectos.


4. Normalmente os guarda-redes escolhem entre o número 1 ou 12 para usarem na camisola mas o Ricardo só usou por duas vezes o nr. 12 nas suas épocas como profissional.  Existem razões para ter escolhido o 33, 37 e 47 ao longo da sua carreira?



Sim, sempre gostei do 37 desde que vi o Manuel Fernandes com ele no Benfica, daí ter escolhido no meu primeiro ano no SC Braga. Na minha primeira época no Marítimo queria o 37 novamente mas estava ocupado tendo optado pelo 47, voltando nas duas épocas seguintes para o 37. Já no Portimonense optei pelo 33 pois é a junção de duas datas especiais para mim.

5. No seu primeiro ano de sénior partilhou o balneário com guarda-redes de renome como o Paulo Santos e o atual guarda-redes do Estoril, Pawel Kieszek. Qual foi a sensação ao vivenciar experiências com estes dois guardiões?

Foi bastante enriquecedor para mim pois muitas das técnicas que hoje tenho aprendi com eles sem dúvida. Todos eles me ajudaram muito, não esquecendo do Dani Mallo.

6. Boas exibições ao serviço da equipa B do Marítimo levaram o treinador Pedro Martins a convoca-lo por várias vezes para equipa principal dos Leões da Madeira. Depois de em 2 épocas realizar 15 jogos pela equipa principal do Marítimo e 32 jogos pela equipa B, decidiu mudar-se para Portimão. Sente que depois de jogar na equipa principal Maritimista foi o passo certo rumar ao Portimonense que está na II Liga?

Foi sem dúvida, vim para um local onde acreditam em mim, onde me sinto em casa e acima de tudo onde sinto que posso fazer o meu trabalho, poder lutar pela titularidade para depois demonstra o meu valor nos jogos.

7. Nas divisões portuguesas surgem sempre novos talentos e diamantes por lapidar. Consegue eleger alguns colegas da II Liga para os adeptos terem olho nesta temporada?

Há sem dúvida muita qualidade na Segunda Liga, acima de tudo e acima de todas as individualidades tem de estar um grande grupo e com grande entrega, nós no Portimonense temos um plantel muito forte e equilibrado tornando se assim difícil escolher um ou outro pois todos juntos sim é que somos fortes.

8. Sente que a imprensa e os adeptos tem mudado a mentalidade sobre os guarda-redes e dado o devido respeito?

Penso que sim, mas, contudo sinto ainda que a critica ao guarda redes é uma constante, penso que por vezes as pessoas se esquecem que mais do que os adeptos ou quem quer que seja, o própria guarda redes quando erra ou aborda mal um lance é o ultimo a desejar isso para ele próprio, depois não se podem esquecer que só erra quem lá está e muitos dos golos nascem de erros que acontecem muito antes lá na frente.

9. Qual é a sua opinião em relação aos preços praticados em Portugal sobre os materiais desportivos de guarda-redes?

Felizmente sou patrocinado pela HO, mas houve uma fase em que tinha de comprar o material e realmente não é o preço mais acessível devido ao desgaste do mesmo.



10. Por terminar, o que acha que se pode fazer para cativar mais jovens a escolherem a posição de guarda-redes?



Podemos muitas vezes ser as bestas, mas somos outras tantas ou mais os bestiais e não há melhor sentimento do que esse.